Variação da natremia como indicador de prognóstico no traumatismo crânioencefálico moderado ou grave

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Inês Cota
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/52190
Resumo: Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021
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spelling Variação da natremia como indicador de prognóstico no traumatismo crânioencefálico moderado ou graveTraumatismo crâneoencefálicoPrognósticoHomeostase de sódioDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2021Introdução As alterações da natremia estão associadas a maior mortalidade no traumatismo crâneoencefálico ( Recentemente, foi reportado que a variação do sódio, mesmo dentro dos limites normais, pode ter impacto na mortalidade, apesar do seu valor prognóstico ainda não esta compreendido. Métodos Estudo observacional retrospetivo que incluiu todos os doentes com TCE moderado a grave admitidos na unidade de cuidados intensivos ( num hospital universitário de referência, entre janeiro de 2017 e abril de 2019. Recolhemos os valores de sódio obtidos à s 24, 48 e 72 horas após admissão na UCI. Dados demográficos, de sobrevivência e recuperação funcional foram também documentados. Resultados: Oitenta e seis doentes apresentaram TCE moderado (ou grave) Na população estudada 55 tiveram monitorização da pressão intracraniana e 33 foram submetidos a craniectomia descompressiva Terapêutica farmacológica foi iniciada em 13% com manitol e em 1% dos doentes com tiopental. A mortalidade global 30 dias após TCE foi 27%. A natremia à admissão encontrava se entre 126 154 mmol/L, com média de 139 mmol/L. Verificou se que a maior variação de sódio ocorreu até à s 72 horas após a admissã o (1 mmol/L) nos doentes que morreram até 30 dias depois do TCE muito superior à dos que sobreviveram 3.1 mmol/L p=0.02). Esta diferença também foi verificada para a variação de sódio à s 24 horas (p= e à s 48 horas (p= após admissão. Numa regressão logística multivariada, a variação de sódio 72 horas após admissão continuou associada a aumento da mortalidade aos 30 dias, mesmo após ajuste para SAPS II, administração de tiopental ou manitol monitoriza çã o da press ã o intracraniana ou craniectomia descompressiva. Conclusão Em doentes com TCE moderado a grave admitidos em UCI, variações mínimas do sódio parecem ser um preditor independente de mortalidade. Acreditamos que a monitorização da variação do sódio pode afetar decisões relativamente ao tratamento do TCE grave, nomeadamente a abordagem da hipertensão intracraniana.Introduction: Dysregulation of sodium homeostasis is associated with a higher risk of mortality in traumatic brain injury (Recently it has been reported that sodium shifts, even within its normal range, can have an impact on mortality, even though its prognostic value is still misunderstood. We hypothesize that sodium shifts during the first few days after moderate or severe TBI might be associated with mortality in this population. Methods: Observational and retrospective study that included all patients with moderate to severe TBI admitted to a Neurocritical Intensive Care Unit ( in a large urban, referral university hospital, between January 2017 and April 2019. We collected values of sodium obtained at 24, 48 and 72 hours after ICU admission. Demographic data survival and functional outcome was also documented. Results: Eighty six patients were identified with moderate (to severe TBI. Among the studied population 55 had intracranial pressure monitoring and 33 were submitted to decompressive craniectomy Pharmacological treatment was initiated in 13% with thiopental and in 1% of patients with mannitol. Global mortality at day 30 after TBI was 27%. Sodium levels at admission were between 126 154 mmol/L, with a mean of 1 40 mmol/L. When we searched for sodium shifts, we found a higher sodium shift up to 72 hours after admission ( 1 mmol/L) in patients who died much higher than in those who survived 3. 1 mmol/L (p= This difference was also seen for sodium shifts at 24 (p= and 48 hours (p= after admission. In a multivariate logistic regression, sodium shifts at 72 hours were still associated with a mortality increase at 30 days af ter adjusting for SAPS II, administration of thiopental or mannitol, intracranial pressure monitoring or need for decompressive craniectomy. Conclusion: In patients with moderate to severe TBI admitted to a neurocritical ICU, minimal sodium shift seems to be an independent mortality predictor. We believe that monitoring sodium shifts may affect decisions concerning the treatment of severe TBI patients, namely in face of elevated intracranial pressure.Fernandes, Susana M.Gaibino, NunoRepositório da Universidade de LisboaMedeiros, Inês Cota2023-07-14T00:30:54Z2021-072021-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/52190TID:202903460porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:57:15Zoai:repositorio.ul.pt:10451/52190Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:18.061095Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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