Prevalence of functional limitations in portuguese older adults and its association with high-protein foods: an EpiDoC database analysis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Clara Salvador
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/113764
Resumo: RESUMO: Introdução: O dramático aumento da esperança de vida é uma das maiores conquistas das sociedades modernas. No entanto, muitos desses últimos anos podem ser passados com incapacidade física e má qualidade de vida. A reduzida ingestão proteica associa-se à perda de massa muscular e de força nos idosos. Contudo, a evidência científica sobre a associação entre a ingestão proteica e limitação funcional em idosos é limitada. Assim, os objetivos deste estudo são: 1) determinar a prevalência de limitações funcionais na população idosa a viver na comunidade em Portugal; 2) estabelecer a associação entre a ingestão de alimentos com alto teor proteico e as limitações funcionais nesta população. Métodos: Para responder aos objetivos foi utilizado um estudo transversal em 2393 indivíduos ( 65 anos) da segunda onda de avaliação da coorte EpiDoC, um estudo de base populacional representativo da população portuguesa. Os participantes responderam a um questionário estruturado durante uma entrevista por telefone. Foram recolhidos dados sociodemográficos, de saúde, de estilos de vida, de ingestão alimentar, dados antropométricos e função física. A limitação funcional foi definida como uma pontuação superior a 0 no Health Assessment Questionnaire (HAQ). Utilizou-se regressão logística binária e regressão linear para avaliar a associação entre os alimentos com alto teor proteico e a prevalência de limitações funcionais. Resultados: A prevalência de limitação funcional entre os idosos portugueses foi de 81,0% (n = 2236). A prevalência aumentou com o grupo etário (76,9% para os indivíduos entre os 65 e os 75 anos vs. 93,1% nos indivíduos com mais de 85 anos) e foi mais elevada em indivíduos do sexo feminino (87,1%) e na região dos Açores (85,3%). Não houve associação entre o consumo de alimentos com alto teor proteico (carne, peixe e produtos lácteos) e as limitações funcionais [por exemplo, comer carne todos os dias vs. comer carne raramente ou nunca, em relação à presença de limitações funcionais (OR 0,75; IC a 95%: 0,32-1,78)]. Apesar deste resultado, verificou-se que a idade, o sexo, o índice de massa corporal, a multimorbilidade, a toma de medicação e o estado de saúde percebido estavam significativamente associados (p < 0,05) à existência de limitação funcional [por exemplo, índice de massa corporal (OR 1,08; IC a 95%: 1,03-1,12)], conforme já reportado na literatura científica. Conclusão: Existe uma elevada prevalência de limitações funcionais nos idosos portugueses e as intervenções nutricionais que previnam o seu desenvolvimento são de extrema importância. Não foi identificada associação entre o consumo de alimentos com alto teor proteico e a prevalência de limitações funcionais em idosos portugueses. Estes resultados carecem de replicação noutros estudos em diferentes contextos.
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spelling Prevalence of functional limitations in portuguese older adults and its association with high-protein foods: an EpiDoC database analysisAtividades da Vida Diária (AVD)EnvelhecimentoLimitações FuncionaisPortugalProteínaActivities of Daily Living (ADL)AgingFunctional LimitationsPortugalProteinCiências MédicasRESUMO: Introdução: O dramático aumento da esperança de vida é uma das maiores conquistas das sociedades modernas. No entanto, muitos desses últimos anos podem ser passados com incapacidade física e má qualidade de vida. A reduzida ingestão proteica associa-se à perda de massa muscular e de força nos idosos. Contudo, a evidência científica sobre a associação entre a ingestão proteica e limitação funcional em idosos é limitada. Assim, os objetivos deste estudo são: 1) determinar a prevalência de limitações funcionais na população idosa a viver na comunidade em Portugal; 2) estabelecer a associação entre a ingestão de alimentos com alto teor proteico e as limitações funcionais nesta população. Métodos: Para responder aos objetivos foi utilizado um estudo transversal em 2393 indivíduos ( 65 anos) da segunda onda de avaliação da coorte EpiDoC, um estudo de base populacional representativo da população portuguesa. Os participantes responderam a um questionário estruturado durante uma entrevista por telefone. Foram recolhidos dados sociodemográficos, de saúde, de estilos de vida, de ingestão alimentar, dados antropométricos e função física. A limitação funcional foi definida como uma pontuação superior a 0 no Health Assessment Questionnaire (HAQ). Utilizou-se regressão logística binária e regressão linear para avaliar a associação entre os alimentos com alto teor proteico e a prevalência de limitações funcionais. Resultados: A prevalência de limitação funcional entre os idosos portugueses foi de 81,0% (n = 2236). A prevalência aumentou com o grupo etário (76,9% para os indivíduos entre os 65 e os 75 anos vs. 93,1% nos indivíduos com mais de 85 anos) e foi mais elevada em indivíduos do sexo feminino (87,1%) e na região dos Açores (85,3%). Não houve associação entre o consumo de alimentos com alto teor proteico (carne, peixe e produtos lácteos) e as limitações funcionais [por exemplo, comer carne todos os dias vs. comer carne raramente ou nunca, em relação à presença de limitações funcionais (OR 0,75; IC a 95%: 0,32-1,78)]. Apesar deste resultado, verificou-se que a idade, o sexo, o índice de massa corporal, a multimorbilidade, a toma de medicação e o estado de saúde percebido estavam significativamente associados (p < 0,05) à existência de limitação funcional [por exemplo, índice de massa corporal (OR 1,08; IC a 95%: 1,03-1,12)], conforme já reportado na literatura científica. Conclusão: Existe uma elevada prevalência de limitações funcionais nos idosos portugueses e as intervenções nutricionais que previnam o seu desenvolvimento são de extrema importância. Não foi identificada associação entre o consumo de alimentos com alto teor proteico e a prevalência de limitações funcionais em idosos portugueses. Estes resultados carecem de replicação noutros estudos em diferentes contextos.ABSTRACT: Introduction: The dramatic increase in life expectancy ranks one of the greatest achievements of the modern societies. However, many of these later years may be spent with increasing disability and compromised quality. Reduced protein intake has been associated with loss of muscle mass and strength in older adults. However, evidence on the association between protein intake and functional limitations among older adults is limited. We aimed to: 1) determine the prevalence of functional limitations among community-dwelling Portuguese older adults and 2) establish the association between the consumption of high-protein foods and functional limitations among Portuguese older adults in these population. Methods: A cross-sectional analysis of 2393 adults( 65 years), of the second wave of follow-up of the EpiDoC cohort - a population-based study representative of the Portuguese population, was performed. Subjects completed a structured questionnaire during a telephone interview. Sociodemographic, health data, lifestyle behaviours, dietary intake, anthropometric data and physical function were collected. Functional limitation was defined as a score > 0 in the Health Assessment Questionnaire. Binary logistic regression and linear regression were used to assess the effect of high-protein foods on functional limitations. Results: Functional limitation prevalence among older adults was 81.0% (n = 2236), increased with age strata (76.9% for 65 – 75 years to 93.1% for > 85 years), and was highest in female individuals (87.1%) and in the Azores (85.3%). There was no association between the consumption of high-protein foods (meat, fish and dairy products) and functional limitation outcomes [e.g. the odds of having functional limitations (HAQ > 0) was similar for eating meat every day vs. eating meat rarely or never (OR 0.75; 95% CI: 0.32-1.78)]. Despite this result, we found that age, sex, body mass index, multimorbidity, medication use and perceived health status were significantly associated (p < 0.05) with functional limitation prevalence [e.g. body mass index (OR 1.08; 95% CI: 1.03-1.12)], as previously reported in scientific literature. Conclusion: Community-dwelling Portuguese older adults have a high prevalence of functional limitations, suggesting the urge to address this situation with nutritional interventions that prevent the development of functional limitations. There was no association between the consumption of high-protein foods and the prevalence of functional limitations in Portuguese older adults. These findings need to be replicated in other studies in different settings.Mendonça, NunoRodrigues, Ana FilipaRUNFerreira, Clara Salvador2021-03-12T19:30:13Z2021-03-052021-03-122021-03-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/113764TID:202672379porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:56:39Zoai:run.unl.pt:10362/113764Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:42:23.226859Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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