Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/15584 |
Resumo: | Os óxidos de enxofre (SOx) são conhecidos por constituírem uma importante fonte de poluição atmosférica, sendo precursores da formação de nevoeiro ácido e chuvas ácidas. Esta categoria de poluentes afeta também a saúde humana, estando associada ao aumento de doenças respiratórias, de morbidez e de mortalidade. Por estes motivos, a União Europeia e muitos países têm aprovado regulamentação cada vez mais restrita para as emissões atmosféricas dos referidos compostos. Dependendo do tipo de combustível e de instalação de combustão, o controlo das emissões de SOx pode ser feito numa das três etapas: na pré-combustão, na combustão (chama) e na pós-combustão. Sendo que a maioria das tecnologias de controlo destas emissões têm aplicação na etapa pós-combustão, i.e. no tratamento de gases de combustão. O método mais usado para remover SOx dos gases de combustão é através da sua adsorção por óxidos metálicos. Este tipo de processo de dessulfurização possui duas vias: a seca e a húmida. Apesar do relativo baixo custo de operação e da elevada eficiência, qualquer uma destas vias convencionais apresenta desvantagens (elevados consumo de água com o consequente elevado volume de efluentes líquidos a tratar, elevada produção de gesso como subproduto, etc.). Este facto tem motivado a comunidade científica, desde há quase duas décadas, a investigar métodos alternativos que ultrapassem as desvantagens dos convencionais. Neste contexto, este trabalho surge com o principal objetivo de desenvolver sorventes, à base de cinzas volantes da queima de biomassa, com vista à remoção de SO2 de efluentes gasosos. Deste modo, valoriza-se também um resíduo sólido com crescente produção em Portugal. Na componente experimental do trabalho foram usados duas variedades de cinzas volantes de biomassa (“B” e “C”) para a preparação de sorventes com água e várias razões mássicas de hidróxido de cálcio. De todos os sorventes foram preparados grânulos tendo em vista uma posterior aplicação industrial e facilidade de manuseamento. Os sorventes foram caracterizados em termos do teor em metais alcalino e alcalino-terrosos (sendo o metal mais abundante o cálcio), valor neutralizante, pH e composição mineralógica por difração de raios-X (DRX). Os sorventes em pó e em grânulos foram testados em ensaios de dessulfurização, num reator contínuo de leito fixo, de um efluente gasoso sintético, à temperatura ambiente com uma mistura de 1000ppm SO2 e árgon. Destes ensaios selecionou-se o sorvente que apresentou maior capacidade de remoção de SO2, um à base de cinza “C”. Com este sorvente foram realizados mais ensaios com vista a avaliar o efeito da temperatura (150º C, 220º C e 300º C) e da concentração de SO2 (500ppm e 1000ppm) na eficiência de remoção do SO2. Conclui-se que a temperatura tem um efeito negativo dos 25º C para os 150º C (como era expectável, porque os processos de adsorção são exotérmicos); no entanto dos 150º C para os 220º C dá-se um ligeiro aumento e desta para os 300º C um aumento ainda maior, e o da concentração de SO2 é positivo, i.e. com o aumento da concentração de SO2 no gás há um favorecimento da cinética de adsorção.Este sorvente com melhor desempenho na remoção de SO2 foi analisado por DRX antes e depois de ter sido testado no reator de leito fixo, onde os elementos quartzo (syn-SiO2), calcite (syn-CaCO3) e portlandite (syn-Ca(OH)2) se enalteceram por estarem presentes em quantidades superiores nas 2 amostras. Também se determinou o pH e valor neutralizante de todos os sorventes depois dos ensaios de dessulfurização, registando-se uma diminuição de ambos os parâmetros relativamente aos valores iniciais. Porém, qualquer um destes parâmetros revelou-se inadequado para a monitorização (de forma indireta) do grau de dessulfurização conseguido num ensaio. |
id |
RCAP_b561cf1e58a34249e4573be03d83d8b4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ria.ua.pt:10773/15584 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassaEngenharia do ambienteBiomassa florestal - Cinzas residuaisCinzas volantesOs óxidos de enxofre (SOx) são conhecidos por constituírem uma importante fonte de poluição atmosférica, sendo precursores da formação de nevoeiro ácido e chuvas ácidas. Esta categoria de poluentes afeta também a saúde humana, estando associada ao aumento de doenças respiratórias, de morbidez e de mortalidade. Por estes motivos, a União Europeia e muitos países têm aprovado regulamentação cada vez mais restrita para as emissões atmosféricas dos referidos compostos. Dependendo do tipo de combustível e de instalação de combustão, o controlo das emissões de SOx pode ser feito numa das três etapas: na pré-combustão, na combustão (chama) e na pós-combustão. Sendo que a maioria das tecnologias de controlo destas emissões têm aplicação na etapa pós-combustão, i.e. no tratamento de gases de combustão. O método mais usado para remover SOx dos gases de combustão é através da sua adsorção por óxidos metálicos. Este tipo de processo de dessulfurização possui duas vias: a seca e a húmida. Apesar do relativo baixo custo de operação e da elevada eficiência, qualquer uma destas vias convencionais apresenta desvantagens (elevados consumo de água com o consequente elevado volume de efluentes líquidos a tratar, elevada produção de gesso como subproduto, etc.). Este facto tem motivado a comunidade científica, desde há quase duas décadas, a investigar métodos alternativos que ultrapassem as desvantagens dos convencionais. Neste contexto, este trabalho surge com o principal objetivo de desenvolver sorventes, à base de cinzas volantes da queima de biomassa, com vista à remoção de SO2 de efluentes gasosos. Deste modo, valoriza-se também um resíduo sólido com crescente produção em Portugal. Na componente experimental do trabalho foram usados duas variedades de cinzas volantes de biomassa (“B” e “C”) para a preparação de sorventes com água e várias razões mássicas de hidróxido de cálcio. De todos os sorventes foram preparados grânulos tendo em vista uma posterior aplicação industrial e facilidade de manuseamento. Os sorventes foram caracterizados em termos do teor em metais alcalino e alcalino-terrosos (sendo o metal mais abundante o cálcio), valor neutralizante, pH e composição mineralógica por difração de raios-X (DRX). Os sorventes em pó e em grânulos foram testados em ensaios de dessulfurização, num reator contínuo de leito fixo, de um efluente gasoso sintético, à temperatura ambiente com uma mistura de 1000ppm SO2 e árgon. Destes ensaios selecionou-se o sorvente que apresentou maior capacidade de remoção de SO2, um à base de cinza “C”. Com este sorvente foram realizados mais ensaios com vista a avaliar o efeito da temperatura (150º C, 220º C e 300º C) e da concentração de SO2 (500ppm e 1000ppm) na eficiência de remoção do SO2. Conclui-se que a temperatura tem um efeito negativo dos 25º C para os 150º C (como era expectável, porque os processos de adsorção são exotérmicos); no entanto dos 150º C para os 220º C dá-se um ligeiro aumento e desta para os 300º C um aumento ainda maior, e o da concentração de SO2 é positivo, i.e. com o aumento da concentração de SO2 no gás há um favorecimento da cinética de adsorção.Este sorvente com melhor desempenho na remoção de SO2 foi analisado por DRX antes e depois de ter sido testado no reator de leito fixo, onde os elementos quartzo (syn-SiO2), calcite (syn-CaCO3) e portlandite (syn-Ca(OH)2) se enalteceram por estarem presentes em quantidades superiores nas 2 amostras. Também se determinou o pH e valor neutralizante de todos os sorventes depois dos ensaios de dessulfurização, registando-se uma diminuição de ambos os parâmetros relativamente aos valores iniciais. Porém, qualquer um destes parâmetros revelou-se inadequado para a monitorização (de forma indireta) do grau de dessulfurização conseguido num ensaio.Sulfur oxides (SOx) are known to constitute a major source of air pollution, acid precursors to the formation of fog and acid rain. This category of pollutants also affects human health and is associated with increases in respiratory diseases, morbidity and mortality. For these reasons, the European Union and many countries have adopted regulations increasingly restricted for air emissions of these compounds. Depending on the type of fuel and combustion plant, the control of SOx emissions can be done in one of three stages: pre-combustion, combustion (flame) and post-combustion. Most of these emissions control technologies have application in the post-combustion step, corresponding to the the flue gases treatment. The method most commonly used to remove SOx from the flue gas is through adsorption by metallic oxides. This type of desulfurization process has two routes: the dry and the wet. Despite of the relatively low cost of operation and high efficiency, any of these conventional routes have disadvantages (high water consumption with consequent high volume of wastewater to be treated, high production of gypsum as a byproduct, etc.). This has motivated the scientific community, for almost two decades, to investigate alternative methods to overcome the drawbacks of conventional. In this context, this work arises with the main goal to develop sorbents, based on fly ash from biomass combustion, for the removal of SO2 from gaseous effluents. By this wayone also recover a solid waste with growing production in Portugal. For the experimental work component it was used two types of fly ash from biomass ("B" and "C") for the preparation of sorbents in water and various weight ratios of calcium hydroxide. It was prepared granules from all sorbent with foreseeing a later industrial application and ease of handling. The sorbents were characterized in terms of the content of alkali and terrous-alkalin metals (being the calcium the most abundant metal) neutralizing value, pH and mineral composition by X-ray diffraction (XRD). The sorbent powder and granules were tested in desulfurization essays in a continuous fixed bed reactor, of a synthetic flue gas at room temperature with a mixture of 1000 ppm of SO2 and argon. From these trials was selected the sorbent that showed the highest SO2 removal performance, a "C" fly ash based. With this sorbent it was carried out more essays in order to assess the effect of temperature (150° C, 220° C and 300° C) and SO2 concentration (500ppm and 1000ppm) on the SO2 removal efficiency. It was conclude that temperature has a negative effect from 25° C to 150° C (as expected, because the adsorption processes are exothermic); however from 150º C to 220º C it happens a slight increase and to 300º C a bigger increase, and the SO2 concentration is positive, this is with increasing concentration of SO2 in the gas there is a favoring favoring kinetic adsorption. This sorbent with better performance in SO2 removal was analyzed by XRD before and after being tested in a fixed bed reactor, where the elements quartz (syn-SiO2), calcite (syn-CaCO3) and portlandite (syn-Ca(OH)2) were highlighted for being present in higher amounts in the two samples. It was also determined the pH and neutralizing value of all sorbents after the desulfurization tests, registering a decrease of both parameters compared to the initial values. However, any of these parameters were proved inadequate for monitoring (indirectly) the degree of desulfurization achieved in a test.Universidade de Aveiro2016-05-17T15:42:24Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/15584TID:201569639porGonçalves, Catarina Salvadorinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:28:52Zoai:ria.ua.pt:10773/15584Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:50:55.980313Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
title |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
spellingShingle |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa Gonçalves, Catarina Salvador Engenharia do ambiente Biomassa florestal - Cinzas residuais Cinzas volantes |
title_short |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
title_full |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
title_fullStr |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
title_full_unstemmed |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
title_sort |
Remoção de SO2 por cinzas volantes de biomassa |
author |
Gonçalves, Catarina Salvador |
author_facet |
Gonçalves, Catarina Salvador |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gonçalves, Catarina Salvador |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Engenharia do ambiente Biomassa florestal - Cinzas residuais Cinzas volantes |
topic |
Engenharia do ambiente Biomassa florestal - Cinzas residuais Cinzas volantes |
description |
Os óxidos de enxofre (SOx) são conhecidos por constituírem uma importante fonte de poluição atmosférica, sendo precursores da formação de nevoeiro ácido e chuvas ácidas. Esta categoria de poluentes afeta também a saúde humana, estando associada ao aumento de doenças respiratórias, de morbidez e de mortalidade. Por estes motivos, a União Europeia e muitos países têm aprovado regulamentação cada vez mais restrita para as emissões atmosféricas dos referidos compostos. Dependendo do tipo de combustível e de instalação de combustão, o controlo das emissões de SOx pode ser feito numa das três etapas: na pré-combustão, na combustão (chama) e na pós-combustão. Sendo que a maioria das tecnologias de controlo destas emissões têm aplicação na etapa pós-combustão, i.e. no tratamento de gases de combustão. O método mais usado para remover SOx dos gases de combustão é através da sua adsorção por óxidos metálicos. Este tipo de processo de dessulfurização possui duas vias: a seca e a húmida. Apesar do relativo baixo custo de operação e da elevada eficiência, qualquer uma destas vias convencionais apresenta desvantagens (elevados consumo de água com o consequente elevado volume de efluentes líquidos a tratar, elevada produção de gesso como subproduto, etc.). Este facto tem motivado a comunidade científica, desde há quase duas décadas, a investigar métodos alternativos que ultrapassem as desvantagens dos convencionais. Neste contexto, este trabalho surge com o principal objetivo de desenvolver sorventes, à base de cinzas volantes da queima de biomassa, com vista à remoção de SO2 de efluentes gasosos. Deste modo, valoriza-se também um resíduo sólido com crescente produção em Portugal. Na componente experimental do trabalho foram usados duas variedades de cinzas volantes de biomassa (“B” e “C”) para a preparação de sorventes com água e várias razões mássicas de hidróxido de cálcio. De todos os sorventes foram preparados grânulos tendo em vista uma posterior aplicação industrial e facilidade de manuseamento. Os sorventes foram caracterizados em termos do teor em metais alcalino e alcalino-terrosos (sendo o metal mais abundante o cálcio), valor neutralizante, pH e composição mineralógica por difração de raios-X (DRX). Os sorventes em pó e em grânulos foram testados em ensaios de dessulfurização, num reator contínuo de leito fixo, de um efluente gasoso sintético, à temperatura ambiente com uma mistura de 1000ppm SO2 e árgon. Destes ensaios selecionou-se o sorvente que apresentou maior capacidade de remoção de SO2, um à base de cinza “C”. Com este sorvente foram realizados mais ensaios com vista a avaliar o efeito da temperatura (150º C, 220º C e 300º C) e da concentração de SO2 (500ppm e 1000ppm) na eficiência de remoção do SO2. Conclui-se que a temperatura tem um efeito negativo dos 25º C para os 150º C (como era expectável, porque os processos de adsorção são exotérmicos); no entanto dos 150º C para os 220º C dá-se um ligeiro aumento e desta para os 300º C um aumento ainda maior, e o da concentração de SO2 é positivo, i.e. com o aumento da concentração de SO2 no gás há um favorecimento da cinética de adsorção.Este sorvente com melhor desempenho na remoção de SO2 foi analisado por DRX antes e depois de ter sido testado no reator de leito fixo, onde os elementos quartzo (syn-SiO2), calcite (syn-CaCO3) e portlandite (syn-Ca(OH)2) se enalteceram por estarem presentes em quantidades superiores nas 2 amostras. Também se determinou o pH e valor neutralizante de todos os sorventes depois dos ensaios de dessulfurização, registando-se uma diminuição de ambos os parâmetros relativamente aos valores iniciais. Porém, qualquer um destes parâmetros revelou-se inadequado para a monitorização (de forma indireta) do grau de dessulfurização conseguido num ensaio. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-01-01T00:00:00Z 2014 2016-05-17T15:42:24Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10773/15584 TID:201569639 |
url |
http://hdl.handle.net/10773/15584 |
identifier_str_mv |
TID:201569639 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137558869835776 |