Dimensionamento de um reator de pirólise destinado aos resíduos de couro da indústria de calçado

• Autor(a) principal: Silva, João Filipe Santos
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/14029
• topic: Resíduos de couro; Pirólise; Reator de leito fixo; Reator “auger”; Leather waste; Pyrolysys; Fixed bed reactor; “auger” reactor; Energia e Biorrefinaria

A indústria do calçado é caracterizada pela grande variedade de materiais utilizados nos seus produtos, dos quais se destaca o couro, a borracha e os materiais têxteis, entre os materiais mais utilizados. No presente trabalho são apresentados, não só os impactes ambientais causados pela deposição de resíduos de couro em aterros, mas também as boas práticas na gestão de resíduos de calçado na indústria. A presente dissertação teve como principal objetivo o dimensionamento de uma instalação de pirólise, como alternativa sustentável ao aterro situado no conselho de Felgueiras. Foi realizado o dimensionamento de dois reatores: um reator de leito fixo e um reator “auger”. As duas instalações tiveram como base de dimensionamento a mesma quantidade de matéria prima diária, 24 toneladas diárias de residuos de couro provenientes da industria do calçado. Relativamente ao reator de leito fixo, estima-se a produção anual de 1820 toneladas de carbonizado, 1082 toneladas de bio-óleo e 3144 toneladas de fase gasosa. A esta fase gasosa e, eventualmente, o bio-óleo são aproveitados para ser usados como fonte de calor do reator. Este reator deve ter um diâmetro interno de 1,5 metros, altura de 3,0 metros e um volume útil de 5,5 m3. No que diz respeito ao reator “auger”, estima-se uma produção anual de 1988 toneladas de carbonizado, 2209 toneladas de bio-óleo e 1849 toneladas de fase gasosa, que é reaproveitada como fonte de calor. Este reator tem 0,5 metros de diâmetro e o seu comprimento é de 2,5 metros. De acordo com os dimensionamentos realizados, observou-se que ambas tecnologias são autosustentáveis sob o ponto de vista energético, isto é, apenas existe necessidade de fornecimento de energia ao sistema em fase de arranque, sendo que após o início da pirólise não é necessário fornecer energia térmica ao sistema.