Aplicação de um teste de sobrevivência no meio aquático em crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Elsa Manuela dos Santos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/6643
Resumo: O afogamento é a terceira principal causa de morte em todo o mundo (World Health Organization, 2010). Um estudo realizado por Brenner et al. (2009), concluiu que a participação em aulas de natação pode reduzir até 88% o risco de afogamento em crianças de 1 a 4 anos de idade. Contudo, não existem estudos que testem as competências adquiridas nas aulas de natação em crianças que caiam à água acidentalmente. Neste sentido, propusemo-nos realizar um teste que avaliasse a capacidade de sobrevivência de uma criança quando sujeita a uma queda acidental na água. Para que fosse viável a encenação de um acidente no meio aquático foi explicado, aos pais dos participantes, verbalmente e por escrito todos os procedimentos, assim como assinados os termos de consentimento. Depois avaliamos a prontidão aquática dos participantes (Stallman, Junge e Blixt, 2008), para testar as suas capacidades e só posteriormente, os alunos que demonstraram uma prontidão aquática relevante é que foram submetidos a um Teste de Sobrevivência (TS) no meio aquático. Este teste consistiu num passeio de barco, numa piscina desconhecida para o aluno, mas na presença do professor habitual, para evitar experiências traumáticas. Num momento inesperado para aluno o barco volta-se ‘acidentalmente’. Foi registado em vídeo o decorrer da aplicação do teste, vídeo esse que foi posteriormente observado e avaliado por 6 especialistas na área da natação infantil. Dividimos os observadores em dois grupos, em que um dos grupos estipulou critérios de observação e o outro grupo não. Após a recolha da avaliação de todos os especialistas procedemos à aplicação do Índice de Fidelidade de Bellack (1966) para verificar o grau de concordância das observações intra e inter grupos. Em virtude dos resultados, concluímos com este estudo que o índice de fidelidade intra e inter-observadores é positivo, uma vez que se reflete numa percentagem superior a 85%, como são recomendados por Bellack. Através dos resultados obtidos na aplicação TS em comparação com o TPA comprovamos a teoria de Langendorfer (2011) sobre o comportamento de afogar ou nadar em caso de acidente no meio aquático. Ou seja, as condições do meio aquático, as características individuais da criança bem como o estado em que se encontra, ditam a qualidade da resposta motora da criança.
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Depois avaliamos a prontidão aquática dos participantes (Stallman, Junge e Blixt, 2008), para testar as suas capacidades e só posteriormente, os alunos que demonstraram uma prontidão aquática relevante é que foram submetidos a um Teste de Sobrevivência (TS) no meio aquático. Este teste consistiu num passeio de barco, numa piscina desconhecida para o aluno, mas na presença do professor habitual, para evitar experiências traumáticas. Num momento inesperado para aluno o barco volta-se ‘acidentalmente’. Foi registado em vídeo o decorrer da aplicação do teste, vídeo esse que foi posteriormente observado e avaliado por 6 especialistas na área da natação infantil. Dividimos os observadores em dois grupos, em que um dos grupos estipulou critérios de observação e o outro grupo não. Após a recolha da avaliação de todos os especialistas procedemos à aplicação do Índice de Fidelidade de Bellack (1966) para verificar o grau de concordância das observações intra e inter grupos. Em virtude dos resultados, concluímos com este estudo que o índice de fidelidade intra e inter-observadores é positivo, uma vez que se reflete numa percentagem superior a 85%, como são recomendados por Bellack. Através dos resultados obtidos na aplicação TS em comparação com o TPA comprovamos a teoria de Langendorfer (2011) sobre o comportamento de afogar ou nadar em caso de acidente no meio aquático. Ou seja, as condições do meio aquático, as características individuais da criança bem como o estado em que se encontra, ditam a qualidade da resposta motora da criança.Drowning is the third main cause of death worldwide (world Health Organization, 2010). A study done by Brenner et al. (2009), reached to the conclusion that taking part in swimming classes could reduce at least 88% the risk of children’s drowning between the age of 1 and 4 years old. However we can’t say for sure, we can’t confirm that the skills acquired by children in swimming classes avoid them to fall to the water accidentally. So, we decided to pu tinto pactrice a test that could evaluate children ability to survive when falling by accident into the water. To make possible an accindent simulation in the acquatic environment, it was explained to the children’s parents all the procedures and they had to sign a parental permission form. After that, we evaluate the participants acquatic promptitude (Stallman, Junge and Blixt, 2008) to choose the ones who are able to participate in a survival test. The test consisted on a boat ride in na unknown swimming pool but with the presence of the usual teacher, to avoid traumatic experiences. During the boat ride, the boat suddenly and ‘’a acidentally’’ sinks. It was recorded in vídeo which was, at a later moment, observed and evaluated by 6 children’s swim experts. We divided the observers into two groups. One of the groups had to define some criterious and the others didn’t. after gathering the evaluation of the process by all the experts, we aplly Beallack’s Fidelity Index (1966) to test/ measure the reached conclusions between the groups. After studying the results, we concluded that the Fidelity Index between the observers is positive because it reflects more than 85%, as it was recomended by Bellack. Trough the TS application results and comparing with the TPA, we reached the conclusion that the Lagendorfer Theory about the drawning behaviour or the way of swimming in case of accident in the acquatic environment is right. In other words, the acquatic conditions, all the children’s individual features, as well as their state of mind at a specific moment, are essential to the quality of their response towards any probable accident in the water.2016-10-18T13:13:41Z2016-10-18T00:00:00Z2016-10-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/6643porCardoso, Elsa Manuela dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:57:33Zoai:repositorio.utad.pt:10348/6643Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:06:41.148418Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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