O perfil das Primeiras-Damas de Moçambique
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/20939 |
Resumo: | Nos últimos anos tem havido um interesse crescente para investigar o papel e a influência das primeiras-damas no quadro dos estudos sobre representação, género e política. As primeiras-damas fazem parte da elite política, são figuras com poder e influência política que não foram eleitas e não prestam contas pelo seu trabalho. No entanto, estudos oriundos das diferentes regiões do mundo indicam que existe uma ampla variação nos papéis que as primeiras-damas podem desempenhar: enquanto umas circunscrevem-se aos papéis tradicionais (mãe e esposa) outras têm uma marcada intervenção social e política. Este estudo procura contribuir para este debate a partir do contexto africano onde a política é habitualmente caracterizada pelo “big man rule”. Partindo da questão: “Qual o perfil das diferentes primeiras-damas moçambicanas?” e com base num acervo considerável de dados qualitativos, pretendeu-se descrever e identificar os perfis das primeiras-damas de Moçambique: Graça Machel (1975-1986), Marcelina Chissano (1986-2005), Maria da Luz Guebuza (2005-2015) e Isaura Nyusi (2015-presente). A análise comparativa revelou diferenças interessantes entre as primeiras-damas e ainda, que têm mais do que um perfil, sendo um mais dominante do que os outros. Assim, enquanto umas têm um perfil tendencialmente político, (Graça Machel e Maria Guebuza), outras encaixam-se sobretudo nos papéis femininos tradicionais – mãe e esposa (Marcelina Chissano e Isaura Nyusi). Esta investigação é pioneira no contexto moçambicano e contribui para posicionar o país no seio dos estudos comparativos sobre primeiras-damas e, na ampla literatura sobre género e política. |
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Nos últimos anos tem havido um interesse crescente para investigar o papel e a influência das primeiras-damas no quadro dos estudos sobre representação, género e política. As primeiras-damas fazem parte da elite política, são figuras com poder e influência política que não foram eleitas e não prestam contas pelo seu trabalho. No entanto, estudos oriundos das diferentes regiões do mundo indicam que existe uma ampla variação nos papéis que as primeiras-damas podem desempenhar: enquanto umas circunscrevem-se aos papéis tradicionais (mãe e esposa) outras têm uma marcada intervenção social e política. Este estudo procura contribuir para este debate a partir do contexto africano onde a política é habitualmente caracterizada pelo “big man rule”. Partindo da questão: “Qual o perfil das diferentes primeiras-damas moçambicanas?” e com base num acervo considerável de dados qualitativos, pretendeu-se descrever e identificar os perfis das primeiras-damas de Moçambique: Graça Machel (1975-1986), Marcelina Chissano (1986-2005), Maria da Luz Guebuza (2005-2015) e Isaura Nyusi (2015-presente). A análise comparativa revelou diferenças interessantes entre as primeiras-damas e ainda, que têm mais do que um perfil, sendo um mais dominante do que os outros. Assim, enquanto umas têm um perfil tendencialmente político, (Graça Machel e Maria Guebuza), outras encaixam-se sobretudo nos papéis femininos tradicionais – mãe e esposa (Marcelina Chissano e Isaura Nyusi). Esta investigação é pioneira no contexto moçambicano e contribui para posicionar o país no seio dos estudos comparativos sobre primeiras-damas e, na ampla literatura sobre género e política. |
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