Transplante de microbiota fecal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/7347 |
Resumo: | O Transplante de Microbiota Fecal consiste na transferência de material fecal de um dador saudável para um recetor doente com o objetivo de restaurar uma microflora intestinal disbiótica, provocada pelo uso de antibióticos ou outras perturbações do microbioma. A principal indicação para a utilização do Transplante de Microbiota Fecal é a infeção recorrente por Clostridium difficile e foi demonstrada uma elevada eficácia na erradicação desta infeção e dos sintomas a ela associados. Existem outras patologias, gastrointestinais ou não, passíveis de serem tratadas através do Transplante de Microbiota Fecal. Contudo, é necessário comprovar o seu potencial terapêutico e realizar estudos aprofundados para confirmar a utilização deste método no tratamento dessas doenças. O Transplante de Microbiota Fecal pode ser administrado através do trato gastrointestinal superior (sonda nasogástrica, nasoduodenal, esofagogastroduodenoscopia ou cápsulas orais) ou do trato gastrointestinal inferior (colonoscopia, sigmoidoscopia ou enema de retenção). No entanto, deve-se ter em conta os riscos e benefícios de cada via de administração, bem como, e não menos importante, o estado de saúde do doente. Não existe ainda um consenso no que diz respeito à regulamentação legislativa do Transplante de Microbiota Fecal. No entanto, consideram-se duas possibilidades para o classificar: como um medicamento biológico ou como um tecido humano. Esta última incentiva e promove a pesquisa e garante a segurança do procedimento, uma vez que é exigida a todos os tecidos humanos destinados a serem transplantados a triagem completa das amostras e o controlo dos registos. Porém, a Food and Drug Administration considera o Transplante de Microbiota Fecal um produto biológico e classificou-o como um medicamento experimental. |
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Transplante de microbiota fecalTransplante de microbiota fecalMicrobioma intestinalMicrobiota intestinalClostridium difficileBacterioterapiaTransplante fecalDiretrizes para infeções por Clostridium difficileDoença Inflamatória intestinalVias de administração do transplante de microbiota fecalFormas farmacêuticas do transplante de microbiota fecalFecal Microbiota TransplantationGut microbiomeGut microbiotaClostridium difficileBacteriotherapyFecal transplantGuidelines for Clostridium difficile infectionsInflammatory bowel diseaseAdministration routes of fecal microbiota transplantationPharmaceutical forms of fecal microbiota transplantationDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina BásicaO Transplante de Microbiota Fecal consiste na transferência de material fecal de um dador saudável para um recetor doente com o objetivo de restaurar uma microflora intestinal disbiótica, provocada pelo uso de antibióticos ou outras perturbações do microbioma. A principal indicação para a utilização do Transplante de Microbiota Fecal é a infeção recorrente por Clostridium difficile e foi demonstrada uma elevada eficácia na erradicação desta infeção e dos sintomas a ela associados. Existem outras patologias, gastrointestinais ou não, passíveis de serem tratadas através do Transplante de Microbiota Fecal. Contudo, é necessário comprovar o seu potencial terapêutico e realizar estudos aprofundados para confirmar a utilização deste método no tratamento dessas doenças. O Transplante de Microbiota Fecal pode ser administrado através do trato gastrointestinal superior (sonda nasogástrica, nasoduodenal, esofagogastroduodenoscopia ou cápsulas orais) ou do trato gastrointestinal inferior (colonoscopia, sigmoidoscopia ou enema de retenção). No entanto, deve-se ter em conta os riscos e benefícios de cada via de administração, bem como, e não menos importante, o estado de saúde do doente. Não existe ainda um consenso no que diz respeito à regulamentação legislativa do Transplante de Microbiota Fecal. No entanto, consideram-se duas possibilidades para o classificar: como um medicamento biológico ou como um tecido humano. Esta última incentiva e promove a pesquisa e garante a segurança do procedimento, uma vez que é exigida a todos os tecidos humanos destinados a serem transplantados a triagem completa das amostras e o controlo dos registos. Porém, a Food and Drug Administration considera o Transplante de Microbiota Fecal um produto biológico e classificou-o como um medicamento experimental.Fecal Microbiota Transplantation consists of transferring fecal material from a healthy donor to a diseased recipient with the aim of restoring a dysbiotic intestinal microflora caused by the use of antibiotics or other disorders of the microbiome. The main indication for the use of Fecal Microbiota Transplantation is recurrent Clostridium difficile infection and a high efficacy has been demonstrated in the eradication of this infection and the associated symptoms. There are other pathologies, gastrointestinal or otherwise, that can be treated through Fecal Microbiota Transplantation. However, it is necessary to prove its therapeutic potential and carry out in-depth studies to confirm the use of this method in the treatment of these diseases. Fecal Microbiota Transplantation can be administered through the upper gastrointestinal tract (nasogastric tube, nasoduodenal, esophagogastroduodenoscopy or oral capsule) or lower gastrointestinsl tract (colonoscopy, sigmoidoscopy or retention enema). However, should be taken in consideration the risks and benefits of each route of administration as well as, nonetheless, the patient's state of health. There is still no consensus regarding the legislative regulation of Fecal Microbiota Transplantation, and there are two possibilities for classification: as a biological drug or as a human tissue. The latter encourages and promotes research and ensures the safety of the procedure, since all human tissues intended for transplantation are required for complete screening of samples as well as control of the records. Nonetheless, the Food and Drug Administration considers Fecal Microbiota Transplantation to be a biological product and has classified it as an experimental drug.Barata, PedroRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaCêrca, Inês Duarte Almeida2019-02-14T13:04:23Z2018-11-272018-11-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/7347TID:202666263porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-04-18T02:01:43Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/7347Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:44:16.153989Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O Transplante de Microbiota Fecal consiste na transferência de material fecal de um dador saudável para um recetor doente com o objetivo de restaurar uma microflora intestinal disbiótica, provocada pelo uso de antibióticos ou outras perturbações do microbioma. A principal indicação para a utilização do Transplante de Microbiota Fecal é a infeção recorrente por Clostridium difficile e foi demonstrada uma elevada eficácia na erradicação desta infeção e dos sintomas a ela associados. Existem outras patologias, gastrointestinais ou não, passíveis de serem tratadas através do Transplante de Microbiota Fecal. Contudo, é necessário comprovar o seu potencial terapêutico e realizar estudos aprofundados para confirmar a utilização deste método no tratamento dessas doenças. O Transplante de Microbiota Fecal pode ser administrado através do trato gastrointestinal superior (sonda nasogástrica, nasoduodenal, esofagogastroduodenoscopia ou cápsulas orais) ou do trato gastrointestinal inferior (colonoscopia, sigmoidoscopia ou enema de retenção). No entanto, deve-se ter em conta os riscos e benefícios de cada via de administração, bem como, e não menos importante, o estado de saúde do doente. Não existe ainda um consenso no que diz respeito à regulamentação legislativa do Transplante de Microbiota Fecal. No entanto, consideram-se duas possibilidades para o classificar: como um medicamento biológico ou como um tecido humano. Esta última incentiva e promove a pesquisa e garante a segurança do procedimento, uma vez que é exigida a todos os tecidos humanos destinados a serem transplantados a triagem completa das amostras e o controlo dos registos. Porém, a Food and Drug Administration considera o Transplante de Microbiota Fecal um produto biológico e classificou-o como um medicamento experimental. |
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