Efeito do destreino no perfil energético e na condição física de nadadores jovens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Paulo A R
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10314/3997
Resumo: Entre épocas desportivas, os jovens nadadores ficam sujeitos a uma pausa de verão de várias semanas, em que por vezes se envolvem em sessões de natação não orientadas. No entanto, ainda não está claro se esse intervalo afeta o seu perfil energético e a sua condição física. O objetivo deste estudo foi analisar as mudanças na velocidade crítica e na velocidade instantânea máxima dos jovens nadadores após uma pausa no verão. Vinte e um jovens nadadores (13,38 ± 1,02 anos; M1:1,62,6 ± 9,97 cm, M2:1,64 ± 9,77 cm; M1:3,29 ± 0,85 ET, M2:3,52 ± 0,68 ET; M1:52,32 ± 8,80 kg, M2: 54,22 ± 9,57) realizaram vários testes máximos na água e em seco no final da época #1 (pré-teste) e dez semanas depois, no início da época #2 (pós-teste). Nenhum treino específico de natação foi realizado durante esse período. A velocidade crítica aeróbia (VCaer), como medida de capacidade aeróbia, foi calculada usando os tempos de 50m e 400m crol. A velocidade crítica anaeróbia (VCana), como medida da capacidade anaeróbia foi calculada com base em três distâncias seleccionando os tempos de 15m, 20m e 25m crol. A velocidade instantânea máxima (Vmax), como medida da potência anaeróbia foi recuperada do resultado dos 15m. A condição física foi avaliada através do teste de 100m pernas em posição ventral, lançamento de bola medicinal de 3kg e salto horizontal. As diferenças entre momentos foram analisadas com recurso à ANOVA de medidas repetidas (p ≤ 0,05) e análise simultânea de tamanhos de efeitos. Após as 10 semanas de destreino, a VCaer diminuiu de 1,21 ± 0,09 m/s no pré-teste para 1,15 ± 0,08 m/s no pós-teste (p <0,01, 2 = 0,10). A VCana permaneceu inalterada, sendo 1,42 ± 0,16 m/s no final da época e 1,41 ± 0,18 m/s no início da época seguinte (p =0,77). A Vmax também diminuiu de 1,68 ± 0,16 m/s no pré-teste para 1,58 ± 0,16 m/s no pós-teste (p <0,01, 2= 0,09). Nos 100m pernas verificou-se um aumento no tempo de execução de 116,64 ± 17,56 s para 122,99 ± 17,38 s (p <0,01, 2= 0,03). Enquanto no lançamento da bola de 3kg não se registaram alterações, no salto horizontal existiu uma perda de 157,26 ± 27,02 cm para 147,82 ± 32,99 cm (p = 0,04, 2= 0,03). Os resultados mostram que um período de treino de 10 semanas compromete o seu perfil energético e a sua condição física. Os efeitos prejudiciais a nível energético, são essencialmente visíveis na capacidade aeróbia do nadador. As perdas de condição física, são mais notórias na potência dos membros inferiores.
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