Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/2708 |
Resumo: | Valendo-se das suas longas investigações sobre e entre os Kuvale, povo pastor Herero do Sudoeste de Angola, o autor distingue três maneiras de «pensar» o político, «respondendo» por esta etnia. O homem comum Kuvale vê os conflitos violentos do período pós-colonial como normal, correspondendo de tal modo a uma longa tradição histórica que se tornou parte do seu modo de reprodução; é so quando toca este modo que a política se torna relevante. As autoridades tradicionais «pensarão» como o seu povo, mas o seu discurso é o encomendado pelo Estado. Finalmente, tanto os políticos como as pessoas/instituições preocupadas com o «desenvolvimento » pensam os Kuvale, e «respondem» por eles, em termos onde não entra nem o «pensar» nem a lógica de reprodução de uma população vista como objecto. |
id |
RCAP_b5ea5f86834a74d016697b39f9daadba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/2708 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale?PolíticaRepresentação socialKuvaleAngolaValendo-se das suas longas investigações sobre e entre os Kuvale, povo pastor Herero do Sudoeste de Angola, o autor distingue três maneiras de «pensar» o político, «respondendo» por esta etnia. O homem comum Kuvale vê os conflitos violentos do período pós-colonial como normal, correspondendo de tal modo a uma longa tradição histórica que se tornou parte do seu modo de reprodução; é so quando toca este modo que a política se torna relevante. As autoridades tradicionais «pensarão» como o seu povo, mas o seu discurso é o encomendado pelo Estado. Finalmente, tanto os políticos como as pessoas/instituições preocupadas com o «desenvolvimento » pensam os Kuvale, e «respondem» por eles, em termos onde não entra nem o «pensar» nem a lógica de reprodução de uma população vista como objecto.Drawing on his long standing research on and among the Kuvale, a Herero herder people in South-Western Angola, the author distinguishes three types of «thinking» on politics, bout those who «answer» for the Kuvale. The Kuvale commoner sees the violent post-colonial conflicts as normal and corresponding to such a degree to a long historical tradition that they have become part of their mode of reproduction; politics becomes relevant only when it affects this mode. The traditional authorities think like their people, but their discourse is the one demanded by the state. Finally, the politicians as well as persons/institutions concerned with «development » think of the Kuvale, and «answer» for them, in terms which have little to do with either the «thinking» or the reproduction logics of a population seen as object.Mettant à profit ses longues recherches sur et parmi les Kuvale, un peuple pasteur Herero du Sud-Ouest de l'Angola, l'auteur distingue trois manières de «penser» le politique. L'homme commun Kuvale voit les conflits de la période post-coloniale comme normaux et comme correspondant à tel degré à une longue tradition historique qu'ils sont devenus partie de leur mode de reproduction; la politique ne devient pertinente que dans la mesure où elle affecte ce mode. Les autorités traditionnelles «penseront» comme leur peuple, mais leur discours est celui que l'État leur demande. Finalement, tant les politiciens que les personnes/institutions préoccupées avec le «développement» pensent les Kuvale, et «répondent» pour eux, dans des termes qui ont peu à faire avec la « pensée » et la logique de reproduction d'une population vue comme objet.Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa2011-05-19T16:00:44Z2003-07-01T00:00:00Z2003-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/2708por1645-3794Carvalho, Ruyinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:24:12Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/2708Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:11:02.396929Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
title |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
spellingShingle |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? Carvalho, Ruy Política Representação social Kuvale Angola |
title_short |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
title_full |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
title_fullStr |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
title_full_unstemmed |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
title_sort |
Em quem pensa quem «responde» pelos Kuvale? |
author |
Carvalho, Ruy |
author_facet |
Carvalho, Ruy |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carvalho, Ruy |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Política Representação social Kuvale Angola |
topic |
Política Representação social Kuvale Angola |
description |
Valendo-se das suas longas investigações sobre e entre os Kuvale, povo pastor Herero do Sudoeste de Angola, o autor distingue três maneiras de «pensar» o político, «respondendo» por esta etnia. O homem comum Kuvale vê os conflitos violentos do período pós-colonial como normal, correspondendo de tal modo a uma longa tradição histórica que se tornou parte do seu modo de reprodução; é so quando toca este modo que a política se torna relevante. As autoridades tradicionais «pensarão» como o seu povo, mas o seu discurso é o encomendado pelo Estado. Finalmente, tanto os políticos como as pessoas/instituições preocupadas com o «desenvolvimento » pensam os Kuvale, e «respondem» por eles, em termos onde não entra nem o «pensar» nem a lógica de reprodução de uma população vista como objecto. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-07-01T00:00:00Z 2003-07 2011-05-19T16:00:44Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/2708 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/2708 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
1645-3794 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Africanos do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134664732966912 |