O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Sara Gabriela Oliveira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11067/3143
Resumo: Dissertação de mestrado em Arquitectura.
id RCAP_b61072c58d27f8f9abbdb8fee756bcf1
oai_identifier_str oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/3143
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológicaArquitecturaSentidosTeoria da arquitecturaArquitectura sensorialFenomenologiaDissertação de mestrado em Arquitectura.Exame público realizado em 06 de Fevereiro de 2014.A arquitectura tem o poder de significar e transformar a nossa existência no mundo. Para que tal significação se concretize, necessita ser experienciada de um modo pleno, o qual não pressupõe mais que um encontro entre ela com o nosso ser, com o nosso corpo e com a nossa consciência. É o espaço onde nos podemos perceber, ainda que de um modo efémero, como um todo. No entanto, é sabido que vivemos num mundo actual que tem vindo a ser dominado pela desordem, pela inquietação e pelo frenesim resultante de uma sociedade tecnológica e mecanizada.Tal facto, tem conduzido à alienação sobre a essência das coisas, das relações, das comunicações, das experiências.Todas elas têm vindo a converter-se em episódios efémeros e ambíguos, desatentos ou inconscientes, afastando toda e qualquer significação que delas possa nascer. Esta ambiguidade parece estender-se de igual modo à experiência da arquitectura e, neste contexto, parece urgente restabelecer a verdade da sua essência. A arquitectura é mais que um mero espaço construído. É o espaço do habitar, do viver, do experienciar. Envolve a nossa existência e o nosso corpo, permitindo o contacto directo com a natureza da sua matéria, das suas texturas, das suas cores, da luz que nela incide e da sombra que ela própria cria, da passagem do tempo que deixa revelar, do som que denuncia a sua presença. TaI contacto evoca os nossos sentidos, activa a nossa percepção e imaginação, provocando as mais intensas emoções. Somente ela tem a capacidade de os despertar simultaneamente, uma vez que exige que estejamos dentro dela para que o seu todo seja por nós absorvido. Interessa, assim, que a totalidade que a compõe seja abraçada, para que esta seja capaz de originar experiências carregadas de significado e de as guardar na eternidade da memória. A arquitectura deve assim, desdobrar-se não somente sobre as suas próprias regras mas também sobre as suas intrínsecas sensibilidades. Ela constitui o meio que nos posiciona e que nos abriga do mundo, mas também se abre para e sobre nós, oferecendo tudo o que tem, sem nada pedir em retorno.Architecture has the power to give meaning and transform our existence in the world. For such signification to be materialized, it needs to be experienced in a fully way, which don’t presuppose more than an encounter between it and our being, with our body and conscience. It’s the space where we can understand ourselves, even though in an ephemeral way,as a whole.However, it's known that we live in a world that has been dominated by disorder, restlessness and by the frenzy, resulted by a technological and mechanized society. Such fact has been conducting to a alienation about the essence of things, the relationships, the communications and the experiences. All of them have been converted into ephemeral and ambiguous episodes, uncared or inconscious, moving away each and every signification that would be able to rise from them. This ambiguity seems to be extended to architectural experiences and, in this context, seems urgent to resettle the truth of its essence. Architecture is more than a constructed space. It’s the space of dwelling, the space of living, the space of experience. It engages our existence and our body, allowing the direct contact with the nature of its matter, its textures, its colors, the light that fails upon it and the shadow it creates, the passage of time that reveals, its sounds that proves its presence. Such contact evokes our senses, triggers our perceptions and imagination causing the most intense emotions. Only architecture has the ability to awake them simultaneously, once it demands for we to be inside of it, to absorb its whole. It is of interest that the whole that it constitutes to be embraced, in order to generate meaningful experiences and to keep them in the eternity of the memory. Thus, arquitecture should unfold itself not only over its own rules but over its intrinsic sensibilities. It constitutes the mean that places and shelter us from the world but, at the same time, it opens up to us, and over us, offering all that it has without expecting anything in return.2017-04-05T15:57:06Z2017-04-052014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdftext/plain; charset=utf-8http://hdl.handle.net/11067/3143http://hdl.handle.net/11067/3143TID:201869594porPeixoto, Sara Gabriela Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-06-20T01:52:45Zoai:repositorio.ulusiada.pt:11067/3143Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-06-20T01:52:45Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
title O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
spellingShingle O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
Peixoto, Sara Gabriela Oliveira
Arquitectura
Sentidos
Teoria da arquitectura
Arquitectura sensorial
Fenomenologia
title_short O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
title_full O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
title_fullStr O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
title_full_unstemmed O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
title_sort O ser emocional : para uma arquitectura fenomenológica
author Peixoto, Sara Gabriela Oliveira
author_facet Peixoto, Sara Gabriela Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Peixoto, Sara Gabriela Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Arquitectura
Sentidos
Teoria da arquitectura
Arquitectura sensorial
Fenomenologia
topic Arquitectura
Sentidos
Teoria da arquitectura
Arquitectura sensorial
Fenomenologia
description Dissertação de mestrado em Arquitectura.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-01-01T00:00:00Z
2017-04-05T15:57:06Z
2017-04-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11067/3143
http://hdl.handle.net/11067/3143
TID:201869594
url http://hdl.handle.net/11067/3143
identifier_str_mv TID:201869594
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
text/plain; charset=utf-8
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv mluisa.alvim@gmail.com
_version_ 1817546098466619392