Sequestro de Carbono no Solo: Mitigação das Alterações Climáticas em Ecossistemas Mediterrâneos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerqueira, Henrique Morgado
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/117658
Resumo: As Alterações Climáticas são uma realidade e a sua Mitigação uma necessidade urgente. Estima-se que metade a dois terços do carbono atmosférico de origem antropogénica pode ser armazenado nos solos agrícolas e degradados de todo o mundo; por outro lado, converter vegetação natural para solo agrícola pode significar um declínio no Teor de Carbono no Solo na ordem dos 60%. No entanto, esta conversão é necessária para alimentar uma população cada vez maior, num espaço que é sempre o mesmo. Em ecossistemas mediterrâneos é possível encontrar tanto a necessidade de, como o potencial para sequestrar carbono no solo, como medida de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas. O Teor de Carbono no Solo pode ser aumentado por mudança de práticas de gestão dos sistemas agrícolas e florestais, ou por mudança de tipologias de uso/ocupação do solo. Essa mudança nem sempre traz benefícios imediatos e os custos de implementação podem torná-la pouco apelativa; existe, contudo, a possibilidade de capitalizar fluxos de carbono com base no potencial ou no resultado da mudança de práticas/uso/ocupação, através de mercados regulados, voluntários ou iniciativas estatais. Na Serra de Serpa e Mértola - uma unidade de paisagem com a mesma origem morfoestrutural, solos delgados por natureza e degradados por gestão - foi desenhada uma metodologia para aferir ganhos e perdas de carbono por mudança de uso e ocupação do solo, com vista à criação de um cenário-base para iniciar uma discussão mais completa das interacções que criam o Território, com vista a uma gestão sustentável, resiliente e justa.
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