Autoemprego no feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Proença, Catarina Colaço Mocho
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/15599
Resumo: O presente projeto procurou compreender quais as motivações e os constrangimentos por que passaram treze mulheres autoempregadas, aquando da criação do seu próprio negócio. Também analisámos se conheciam e fizeram uso das políticas de emprego preconizadas pelo Estado. Esta análise foi realizada em simultâneo com o estudo e exposição de temáticas intrínsecas ao tema da inserção das mulheres no mercado de trabalho, como o efeito de género, a discriminação e segregação laboral. Neste sentido foram realizadas entrevistas semidiretivas, sendo que a construção do guião e a análise do discurso das entrevistadas foi subdivido em três grupos, o contexto de cada mulher, a fase da tomada de decisão e a concretização do próprio negócio, de forma a ser possível compreender as experiências no seu todo. Deste modo, compreendemos as trajetórias profissionais; a contribuição do percurso escolar e das redes sociais para a concretização do próprio negócio, bem como as questões relacionadas com as políticas de apoio à criação do próprio negócio. Concluímos que embora as mulheres detenham contextos diferentes, no que diz respeito às trajetórias profissionais, existem muitos pontos comuns no que se refere às motivações para a concretização do próprio emprego, que advém ou da instabilidade resultado de situações de desemprego e precariedade laboral, ou de constrangimentos associados ao trabalho por conta de outrem. Destaca-se a importância das redes sociais, atribuindo em particular centralidade à dimensão familiar durante todo o processo, que permitiu a sua continuidade através de ajuda psicológica e financeira. Verifica-se a existência de procedimentos burocráticos e morosos, o que dificulta o processo, nomeadamente às mulheres que fizeram uso das políticas de apoio ao autoemprego. No que diz respeito à divulgação das medidas, as mulheres entrevistadas consideram existir uma fraca divulgação, referindo, inclusive a dificuldade de transmissão de informações concretas por parte das instituições envolvidas na concretização das medidas. Deste modo, as entrevistadas, independentemente das habilitações escolares, conhecem as políticas de forma muito geral, facto que dificultou o acesso às mesmas.
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Neste sentido foram realizadas entrevistas semidiretivas, sendo que a construção do guião e a análise do discurso das entrevistadas foi subdivido em três grupos, o contexto de cada mulher, a fase da tomada de decisão e a concretização do próprio negócio, de forma a ser possível compreender as experiências no seu todo. Deste modo, compreendemos as trajetórias profissionais; a contribuição do percurso escolar e das redes sociais para a concretização do próprio negócio, bem como as questões relacionadas com as políticas de apoio à criação do próprio negócio. Concluímos que embora as mulheres detenham contextos diferentes, no que diz respeito às trajetórias profissionais, existem muitos pontos comuns no que se refere às motivações para a concretização do próprio emprego, que advém ou da instabilidade resultado de situações de desemprego e precariedade laboral, ou de constrangimentos associados ao trabalho por conta de outrem. Destaca-se a importância das redes sociais, atribuindo em particular centralidade à dimensão familiar durante todo o processo, que permitiu a sua continuidade através de ajuda psicológica e financeira. Verifica-se a existência de procedimentos burocráticos e morosos, o que dificulta o processo, nomeadamente às mulheres que fizeram uso das políticas de apoio ao autoemprego. No que diz respeito à divulgação das medidas, as mulheres entrevistadas consideram existir uma fraca divulgação, referindo, inclusive a dificuldade de transmissão de informações concretas por parte das instituições envolvidas na concretização das medidas. Deste modo, as entrevistadas, independentemente das habilitações escolares, conhecem as políticas de forma muito geral, facto que dificultou o acesso às mesmas.This project sought to understand the motivations and constraints of thirteen self-employed women when they set up their own business. We also analyzed whether they knew and made use of the employment policies advocated by the State. This analysis was carried out simultaneously with the study and exposition of the themes intrinsic to the issue of the insertion of women in the labor market, such as the effect of gender, discrimination and labor segregation. In this sense, semi-directional interviews were carried out, with the construction of the script and the analysis of the interviewees' discourse being subdivided into three groups: the context of each woman, the decision-making phase and the execution of the business itself, in order to be possible understand the experiences as a whole. In this way, we understand the professional trajectories; the contribution of school and social networks to the realization of their own business, as well as issues related to policies to support the creation of their own business. We conclude that although women have different contexts, about professional trajectories, there are many common points regarding the motivations for achieving one's own job, which results from the instability resulting from situations of unemployment and job insecurity, or from constraints associated with working for others. The importance of social networks is highlighted, attributing in particular centrality to the family dimension during the whole process, which allowed its continuity through psychological and financial help. There are bureaucratic and time-consuming procedures, which hampers the process, especially for women who have used policies to support self-employment. Regarding the disclosure of the measures, the women interviewed consider that there is a weak disclosure, noting the difficulty of transmitting concrete information by the institutions involved in the implementation of the measures. Thus, interviewees, regardless of their educational qualifications, are aware of policies in a very general way, which has made access difficult.2018-04-13T11:43:48Z2017-12-06T00:00:00Z2017-12-062017-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/15599TID:201782367porProença, Catarina Colaço Mochoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:58:27Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/15599Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:30:26.473221Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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