Relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher submetida a histerectomia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Terras, Patrícia Andreia Gonçalves Moço
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/5788
Resumo: Enquadramento: A investigação do impacto da histerectomia na vida sexual da mulher ainda não é conclusiva, havendo evidências que apontam para o facto da remoção do útero poder ter efeitos adversos no funcionamento sexual feminino, em decorrência das alterações anatómicas pélvicas e a consequentes alterações psicológicas. Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.
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Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.Abstract Background: Research into the impact of hysterectomy on women's sexual life is not yet conclusive, and evidence points to the fact that removal of the uterus may have adverse effects on female sexual functioning due to pelvic anatomical changes and consequent psychological changes. Objectives: To verify that sociodemographic and professional variables interfere in the couple's relationship in the context of sexuality in women with hysterectomy; to ascertain whether the sexual and reproductive health variables interfere with the couple's relationship in the context of sexuality in women with hysterectomy; identify which clinical variables interfere with the couple's relationship in the context of sexuality in women with hysterectomy; to investigate if the contextual variables to sexuality interfere in the couple's relationship in the context of sexuality in women with hysterectomy; to verify if there is a relationship between the quality of life and the relationship of the couple in the context of sexuality in women with hysterectomy. Methods: Quantitative, cross-sectional and descriptive-correlational study. The sample is nonrandom, consisting of 129 women, mean age 55.82 years (± 3.97 years) undergoing hysterectomy, attending the gynecology consultation of a hospital in the central area of the country.). As a data collection instrument we used a questionnaire that allowed us to characterize sociodemographic, socio-professional, sexual and reproductive health, clinical and sexuality contexts. Also included was the WHOQOL-BREF Scale (WHOQOL Group, 1998, Barros, 2002) and the Sexual Satisfaction Inventory - female version (GRISS: Rust & Golombok, 1986), translated and adapted to the Portuguese population by Sandra Vilarinho and Pedro Nobre. (2006). Results: It was found that 50.4% of women did not change their sexuality experience after hysterectomy, contrary to 49.6% who reported as a decrease in sexual interest (37.2%), a decrease in self-esteem (9.3%) and the presence of pain (2.3%). Overall, women show sexual satisfaction (mean= 40.45±7.81). Regarding the perception of women (considering feeling more or less feminine) after hysterectomy, most women considered that they remained the same (56.6%). Regarding quality of life, the highest average value corresponds to the domain of social relations (average = 69.25±9.70), followed by the environment domain (average = 67.78±12.31). The reason for hysterectomy, hospital surgical complications, and postoperative hysterectomy consultation were variables with statistically significant relevance. Women who show more sexual satisfaction are the reason for the hysterectomy was benign gynecological pathology (mean=37.53; t=-5.664; p=0.000), with no surgical complications in the hospital (OM=59.95) (UMW=944.500; p=0.004), as well as those who reported having a surveillance appointment after hysterectomy (OM=60.09; UMW=652,000; p=0.001). Regarding the relationship between sexual satisfaction and perception as a woman (consider feeling more or less feminine) after hysterectomy, women who manifest more sexual satisfaction are those who consider that their perception as a woman after hysterectomy has improved (OM=48.67) and those who reported getting worse are less satisfied sexually (OM=82.76; (X2=11.703; p=0.003). Predictors of sexual satisfaction are age, overall quality of life and dimensions of quality of life. It was found that the physical, psychological and environmental domains of quality of life establish an inverse relationship and age, overall quality of life and the domain of social relations have a direct relationship with sexual satisfaction, suggesting that older women, A better perception of their overall quality of life, a better perception of their quality of life in the domain of social relationships reveal greater sexual satisfaction due to the lack of a problematic relationship. Conclusions: The results are important for future professional practice in Maternal, Obstetric and Gynecological Nursing, serving as a basis for intervention in women before and after hysterectomy, which require humanized and holistic care, without neglecting any of its dimensions, physical, psychological, sexual, social and family. Keywords: Hysterectomy, Sexuality, Couple Relationship.Nelas, Paula Alexandra Andrade BatistaDuarte, João CarvalhoRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuTerras, Patrícia Andreia Gonçalves Moço2019-11-04T11:31:55Z2019-10-312018-102019-10-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/5788TID:202295079porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T15:28:16Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/5788Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:43:59.425281Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Enquadramento: A investigação do impacto da histerectomia na vida sexual da mulher ainda não é conclusiva, havendo evidências que apontam para o facto da remoção do útero poder ter efeitos adversos no funcionamento sexual feminino, em decorrência das alterações anatómicas pélvicas e a consequentes alterações psicológicas. Objetivos: Verificar que variáveis sociodemográficas e profissionais interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis de saúde sexual e reprodutiva interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; identificar que variáveis clínicas interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; averiguar se as variáveis contextuais à sexualidade interferem no relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia; verificar se existe relação entre a qualidade de vida e o relacionamento do casal no âmbito da sexualidade na mulher com histerectomia. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. A amostra é não probabilística por conveniência, composta por de 129 mulheres, média de idade de 55,82 anos (±3,97 anos) submetidas a histerectomia, a frequentar a consulta de ginecologia de um hospital da zona centro do país. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica, socioprofissional, de saúde sexual e reprodutiva, clínica e contextos da sexualidade. Foi incluída ainda a Escala WHOQOL-BREF (Grupo WHOQOL, 1998, Barros, 2002) e o Inventário de Satisfação Sexual – versão feminina (GRISS: Rust & Golombok, 1986), traduzida e adaptada para a população portuguesa por Sandra Vilarinho e Pedro Nobre (2006). Resultados: Constata-se que 50,4% das mulheres não sofreu alteração da vivência da sexualidade após a histerectomia, contrariamente a 49,6% que referiram como motivos a diminuição do interesse sexual (37,2%), a diminuição da autoestima (9,3%) e a presença de dor (2,3%). Na globalidade, as mulheres revelam satisfação sexual (média=40,457.81). Quanto à perceção como mulheres (considerarem sentir-se mais ou menos femininas) após a histerectomia, a maioria das mulheres considera que permaneceu igual (56,6%). Em relação à qualidade de vida, o valor médio mais elevado corresponde ao domínio das relações sociais (média=69,259,70), seguindo-se o domínio ambiente (média=67,7812,31). O motivo da histerectomia, as complicações cirúrgicas no hospital e a consulta de vigilância após a histerectomia foram variáveis com relevância estatisticamente significativa. As mulheres que revelam mais satisfação sexual são as que o motivo da histerectomia foi a patologia ginecológica benigna (p= 0,000), sem complicações cirúrgicas no hospital (p=0,004), bem como as que referem ter consulta de vigilância após a histerectomia (p=0,001). Quanto à relação entre a satisfação sexual e a perceção como mulher (considerar sentir-se mais ou menos feminina) após a histerectomia, as mulheres que manifestam mais satisfação sexual são as que consideram que a sua perceção como mulher após a histerectomia melhorou (OM=48,67) e as que referem ter piorado revelam-se menos satisfeitas sexualmente (OM=82,76; (X2=11,703; p=0,003). As variáveis preditoras da satisfação sexual são a idade, a qualidade de vida global e as dimensões da qualidade de vida. Apurou-se que os domínios físico, psicológico e ambiente da qualidade de vida estabelecem uma relação inversa e a idade, a qualidade de vida global e o domínio das relações sociais uma relação direta com a satisfação sexual, sugerindo que as mulheres com mais idade, melhor perceção da qualidade de vida global, melhor perceção da qualidade de vida no domínio das relações sociais revelam maior satisfação sexual pela inexistência de um relacionamento problemático. Conclusões: Os resultados encontrados assumem-se como importantes para a futura prática profissional, no âmbito da Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecologia, servindo de base para a intervenção em mulheres antes e após a histerectomia, que requerem um cuidado humanizado e holístico, sem que se possa descurar qualquer uma das suas dimensões, física, psicológica, sexual, social e familiar. Palavras-chave: Histerectomia, Sexualidade, Relacionamento do casal.
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