Avaliação da composição corporal em adultos com Síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Domingos Lopes da
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Santos,José Augusto Rodrigues dos, Martins,Carla Ferreira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132006000300001
Resumo: A obesidade e o excesso de peso são factores de risco para o surgimento prematuro de doenças cardiovasculares. Na população deficiente mental com síndrome de Down constata-se uma prevalência de obesidade superior à população em geral. Este estudo procurou caracterizar uma amostra de indivíduos da população portuguesa portadora de Síndrome de Down, quanto à composição corporal, segundo o género e a idade. A amostra foi constituída por 104 indivíduos com síndrome de Down com idades compreendidas entre os 18 e 47 anos. Os sujeitos foram divididos em 4 grupos por género e faixa etária: G1: 30 mulheres com idade ≤ 29 anos; G2: 20 mulheres com idade ≥30 anos; G3: 34 homens com idade ≤ 29 anos; G4: 20 homens com idade ≥30 anos. As medições antropométricas incidiram sobre o peso, a estatura e as pregas de adiposidade subcutânea bicipital, tricipital, subescapular, abdominal, suprailíaca, crural e geminal. Pelo índice de massa corporal, a prevalência de excesso de peso e de obesidade foi de 68,5% nos homens e de 82,3% nas mulheres. Não foram encontradas diferenças significativas relativamente ao IMC entre as diferentes faixas etárias e géneros. Segundo o IMC, 54,3% dos indivíduos foram classificados como obesos (62,7% das mulheres e 46,3% dos homens). O grupo das mulheres mais velhas (30-47 anos) foi o que apresentou uma maior prevalência de obesidade (75%). Apenas o grupo dos homens mais jovens (18-29 anos) apresentou uma prevalência de obesidade inferior a 50%. As mulheres de ambos os grupos etários apresentaram valores médios de gordura corporal significativamente mais elevados do que os homens. Verificou-se ainda que os homens eram corporalmente mais densos e possuíam maior quantidade de tecido isento de gordura, particularmente os mais jovens. Com base nos valores percentuais de gordura corporal, os homens foram classificados no nível «moderadamente alto», enquanto que as mulheres no nível «alto», o que eleva o risco de surgimento prematuro de doenças associadas à formação exagerada de tecido adiposo.
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