Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Ana
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Correia, Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/67519
Resumo: De todas as fortalezas que marcaram a presença portuguesa no Médio Oriente, Mascate (1507-1650) destaca-se como um dos conjuntos de maior escala e relevância, desenvolvido graças à sua posição estratégica no panorama do Estado da Índia e devido às suas excelentes condições portuárias. Circunscrita pela praia e abrigada por uma cortina de picos montanhosos, a implantação da cidade de Mascate não requereu grande esforço defensivo até à chegada dos portugueses. Durante os anos 80 do século XVI, construíram-se duas poderosas fortificações – São João e Almirante, cujo desenho aparecia alternativa e plasticamente adaptado à topografia acidentada do local. Já em Seiscentos, a coroa portuguesa sentiu necessidade de dotar a cidade de um traçado amuralhado, acompanhado de fosso e pontuado por baluartes, que ainda hoje se pode ler, mesmo que parcialmente adulterado pelo crescimento urbano do final do século XX. Cruzando leituras cartográficas e relatos coevos com levantamentos actuais, interpretação iconográfica e análise morfológica, este artigo visa compreender a complementaridade e diálogo que as diversas estruturas militares foram articulando neste ponto da costa omanita em prol de uma visão macro-territorial de defesa de porto e cidade.
id RCAP_b6acd4bd74accb942cd7b4e12028cbaf
oai_identifier_str oai:run.unl.pt:10362/67519
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo portuguêspenínsula arábicamascatearquitectura militarterritóriocidadearabian peninsulamuscat militaryarchitecture territorycityDe todas as fortalezas que marcaram a presença portuguesa no Médio Oriente, Mascate (1507-1650) destaca-se como um dos conjuntos de maior escala e relevância, desenvolvido graças à sua posição estratégica no panorama do Estado da Índia e devido às suas excelentes condições portuárias. Circunscrita pela praia e abrigada por uma cortina de picos montanhosos, a implantação da cidade de Mascate não requereu grande esforço defensivo até à chegada dos portugueses. Durante os anos 80 do século XVI, construíram-se duas poderosas fortificações – São João e Almirante, cujo desenho aparecia alternativa e plasticamente adaptado à topografia acidentada do local. Já em Seiscentos, a coroa portuguesa sentiu necessidade de dotar a cidade de um traçado amuralhado, acompanhado de fosso e pontuado por baluartes, que ainda hoje se pode ler, mesmo que parcialmente adulterado pelo crescimento urbano do final do século XX. Cruzando leituras cartográficas e relatos coevos com levantamentos actuais, interpretação iconográfica e análise morfológica, este artigo visa compreender a complementaridade e diálogo que as diversas estruturas militares foram articulando neste ponto da costa omanita em prol de uma visão macro-territorial de defesa de porto e cidade.Among all of the fortresses that are the legacy of Portuguese presence in the Middle East, Muscat (1507-1650) is one of the biggest and most significant, due to its excellent harbouring conditions and strategic location within the Portuguese State of India. Edged by the beach and sheltered by a curtain of high peaks, only when the Portuguese arrived did the city require heavy defensive measures. During the 1580s, two powerful fortified strongholds – São João and Almirante – were erected, their layout apparently adapted to the challenging topography of the site. Later, in the seventeenth century, the crown felt the need to surround the city with walls punctuated by bastions and a moat. These structures are still discernible today, albeit partially changed by the late-twentieth century urban growth. Crossing cartographical readings with coeval reports and current surveys, combined with iconographic interpretation and morphological analysis, this paper seeks to understand the dialogue and complementarity established between all of the military structures along this stretch of the Omani coast, with a view to attaining a macro-territorial perspective of the defences of the harbour and the city.Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de História da ArteRUNLopes, AnaCorreia, Jorge2019-04-24T13:11:28Z20182018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/67519por1646-1762info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:31:55Zoai:run.unl.pt:10362/67519Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:34:38.017248Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
title Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
spellingShingle Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
Lopes, Ana
península arábica
mascate
arquitectura militar
território
cidade
arabian peninsula
muscat military
architecture territory
city
title_short Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
title_full Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
title_fullStr Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
title_full_unstemmed Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
title_sort Mascate, cidade ou território: para uma interpretação da sua defesa ao tempo português
author Lopes, Ana
author_facet Lopes, Ana
Correia, Jorge
author_role author
author2 Correia, Jorge
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv RUN
dc.contributor.author.fl_str_mv Lopes, Ana
Correia, Jorge
dc.subject.por.fl_str_mv península arábica
mascate
arquitectura militar
território
cidade
arabian peninsula
muscat military
architecture territory
city
topic península arábica
mascate
arquitectura militar
território
cidade
arabian peninsula
muscat military
architecture territory
city
description De todas as fortalezas que marcaram a presença portuguesa no Médio Oriente, Mascate (1507-1650) destaca-se como um dos conjuntos de maior escala e relevância, desenvolvido graças à sua posição estratégica no panorama do Estado da Índia e devido às suas excelentes condições portuárias. Circunscrita pela praia e abrigada por uma cortina de picos montanhosos, a implantação da cidade de Mascate não requereu grande esforço defensivo até à chegada dos portugueses. Durante os anos 80 do século XVI, construíram-se duas poderosas fortificações – São João e Almirante, cujo desenho aparecia alternativa e plasticamente adaptado à topografia acidentada do local. Já em Seiscentos, a coroa portuguesa sentiu necessidade de dotar a cidade de um traçado amuralhado, acompanhado de fosso e pontuado por baluartes, que ainda hoje se pode ler, mesmo que parcialmente adulterado pelo crescimento urbano do final do século XX. Cruzando leituras cartográficas e relatos coevos com levantamentos actuais, interpretação iconográfica e análise morfológica, este artigo visa compreender a complementaridade e diálogo que as diversas estruturas militares foram articulando neste ponto da costa omanita em prol de uma visão macro-territorial de defesa de porto e cidade.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
2018-01-01T00:00:00Z
2019-04-24T13:11:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10362/67519
url http://hdl.handle.net/10362/67519
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1646-1762
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de História da Arte
publisher.none.fl_str_mv Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Instituto de História da Arte
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137968112271360