Cefaleia e perturbações do sono: prevalência nas crianças e adolescentes do concelho da Covilhã

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Sandra Manuela Castro
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1042
Resumo: Introdução: A cefaleia e as alterações do sono são problemas de saúde frequentes na infância e adolescência. Devido à elevada prevalência da cefaleia e perturbações do sono na infância e adolescência, passando muitas vezes despercebida e devido à precariedade de informação epidemiológica neste âmbito em Portugal, justifica-se a realização desta investigação. Objectivos: Determinar a prevalência de cefaleia e perturbações de sono em crianças e adolescentes. Metodologia: Apresenta-se como uma investigação transversal, de cariz descritivo e com componente analítica dos dados. Para a recolha dos dados, um questionário anónimo foi entregue, nas escolas, aos estudantes para ser respondido pelos pais ou responsáveis. O questionário é constituído por três partes: 1) dados sócio-demográficos, 2) questões sobre cefaleia e 3) PSQ adaptado. Os resultados foram analisados no software estatístico SPSS ® - versão 17 para o Windows ® e consideraram-se significativos para um p < 0,05. Recorreu-se ao teste de independência do Qui-quadrado para analisar as relações entre as variáveis. Resultados: Do total de respostas recebidas (n=807), 77,4% (n=625) relataram queixa de cefaleia durante o último ano, e a sua prevalência aumenta com a idade (25% com 3-5 anos, 87,2% com ≥ 15 anos) (p < 0,05 ). Houve diferenças significativas entre o sexo masculino e feminino (p < 0,05). A prevalência global de cada parassónia foi a seguinte: sonambulismo, 9,8%; terrores nocturnos, 19,2%; somniloquia, 65,8%; enurese, 4,1%; bruxismo, 18,5% e pesadelos, 19,0%. Com excepção do sonambulismo, a prevalência das outras parassónias foi significativamente correlacionada com a idade, diminuido com a idade (p < 0,05). Os pais de 15,6% das crianças e adolescentes relataram insónia, enquanto 5,7% descreveram SDE. O percentual de crianças e adolescentes com irregularidade do horário de deitar ou acordar foi de 15,0%. A insónia foi significativamente correlacionada com a idade, pesadelos e terrores nocturnos (p < 0,05). A cefaleia foi significativamente associada à insónia, SDE e somniloquia (p < 0,05). Conclusões: Com esta investigação pode concluir-se que a cefaleia e as perturbações do sono, em crianças e adolescentes, são realmente comuns. Dessa forma, a avaliação clínica de uma criança com cefaleia deve incluir uma análise cuidadosa dos hábitos e padrões do sono, o que permitirá intervenções que certamente vão favorecer o tratamento, tanto da cefaleia quanto das eventuais perturbações do sono.
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O questionário é constituído por três partes: 1) dados sócio-demográficos, 2) questões sobre cefaleia e 3) PSQ adaptado. Os resultados foram analisados no software estatístico SPSS ® - versão 17 para o Windows ® e consideraram-se significativos para um p < 0,05. Recorreu-se ao teste de independência do Qui-quadrado para analisar as relações entre as variáveis. Resultados: Do total de respostas recebidas (n=807), 77,4% (n=625) relataram queixa de cefaleia durante o último ano, e a sua prevalência aumenta com a idade (25% com 3-5 anos, 87,2% com ≥ 15 anos) (p < 0,05 ). Houve diferenças significativas entre o sexo masculino e feminino (p < 0,05). A prevalência global de cada parassónia foi a seguinte: sonambulismo, 9,8%; terrores nocturnos, 19,2%; somniloquia, 65,8%; enurese, 4,1%; bruxismo, 18,5% e pesadelos, 19,0%. Com excepção do sonambulismo, a prevalência das outras parassónias foi significativamente correlacionada com a idade, diminuido com a idade (p < 0,05). Os pais de 15,6% das crianças e adolescentes relataram insónia, enquanto 5,7% descreveram SDE. O percentual de crianças e adolescentes com irregularidade do horário de deitar ou acordar foi de 15,0%. A insónia foi significativamente correlacionada com a idade, pesadelos e terrores nocturnos (p < 0,05). A cefaleia foi significativamente associada à insónia, SDE e somniloquia (p < 0,05). Conclusões: Com esta investigação pode concluir-se que a cefaleia e as perturbações do sono, em crianças e adolescentes, são realmente comuns. Dessa forma, a avaliação clínica de uma criança com cefaleia deve incluir uma análise cuidadosa dos hábitos e padrões do sono, o que permitirá intervenções que certamente vão favorecer o tratamento, tanto da cefaleia quanto das eventuais perturbações do sono.Introduction: Headache and sleep disturbances are frequent health problems in childhood and adolescence. Because of the high prevalence of headache and sleep disturbances in childhood and adolescence, passing many unnoticed times and due to the precariousness of epidemiological information in the scope in Portugal, justifies-itself the achievement of this investigation. Objectives: To determine the prevalence of headache and sleep disturbances in children and adolescents. Methodology: It is presented as a cross-sectional research, drafted in a descriptive and analytical component of data. To collect data, an anonymous questionnaire was handed out in schools to the schoolchildren to be answered by parents or guardians. The questionnaire consists of three parts: 1) socio-demographic data, 2) questions about headache and 3) PSQ adapted. The results were analyzed using SPSS ® software - version 17 for Windows ® and were considered significant at p < 0.05. We resorted to the test of independence Chi-square to analyze the relationships between variables. Results: From the total answered received (n=807), 77,4% (n=625) reported headache complains during the last year and the prevalence increased with age (25% at 3-5 years to 87,2% at ≥ 15 years) (p < 0,05). There were significant complaint differences between males and females (p < 0,05). The overall prevalence of each parasomnia was as follows: somnambulism, 9,8%; sleep terrors, 19,2%; somniloquy, 65,8%; enuresis, 4,1%; bruxism, 18,5% and nightmares, 19,0%. With the exception of somnambulismo, the prevalence of other parasomnias was significantly correlated with age, decreased with age (p < 0,05). The parents of 15,6% of the children and adolescents reported insomnia, while 5,7% described excessive daytime sleepiness. The percentage of children and adolescents with irregularity of bedtime or wake time was 15,0%. The insomnia was significantly correlated with age, nightmares and sleep terrors (p < 0,05). Headache was significantly associated with insomnia, excessive daytime sleepiness and somniloquy (p < 0,05). Conclusion: As can see in this research, the presence of headache and sleep disorders in children and adolescents is really common. There is a significant correlation between headache and some sleep disorders. Thus, clinical evaluation of children and adolescents with headache include a careful analysis of the sleep habits and patterns, allowing interventions that will certainly favor the treatment of both headache and sleep disturbances.Universidade da Beira InteriorRosado, Maria Luiza ConstanteuBibliorumSousa, Sandra Manuela Castro2013-03-12T09:57:03Z2011-052011-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1042porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:06:23Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1042Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:06:23Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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