Alunos socialmente ativos na Escola: estratégias de ação

• Autor(a) principal: Magalhães, Maria Paula Reis
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9994
• topic: Educação para a cidadania; democracia participativa

O presente trabalho de projeto insere-se no âmbito de implementação de ações estratégicas, que visem a ampliação dos espaços de participação contribuindo para o progresso da participação dos alunos na vida da escola, tornando-os socialmente mais ativos, rumo à melhoria dos resultados sociais, implementando na escola uma cultura democrática participativa. Segundo Carbonelll Sebarroja (2001, p.108), em relação ao “défice democrático na escola pública”, este refere que hoje em dia a escola é um dos espaços públicos privilegiados para levar a cabo o ideal democrático. A escola no âmbito das possibilidades previstas nos diplomas legais, ao nível da sua autonomia, terá que ser inovadora no sentido de encontrar mais espaços de participação dos alunos, de forma a promover uma maior responsabilização em termos de objetivos comuns, numa perspetiva, como refere Pereira (2009), de uma educação ‘pela’, em vez de uma educação ‘para’ a democracia. Para tal há a necessidade de construir um dispositivo de intervenção, em coerência com os documentos estruturantes da organização e de todos os seus órgãos de administração e gestão, que permita implementar ações estratégicas que visem a ampliação dos espaços de participação dos alunos na vida da escola, tornando-os socialmente mais ativos, instituindo a mudança e a inovação na cultura de trabalho como um dos aspetos chave para o sucesso organizacional. O trabalho de projeto foi realizado numa escola pública dos 2.º e 3.º ciclos e a amostra do estudo, foi composta por 411 alunos dos 2.º e 3.º ciclos e 35 professores Diretores de Turma. Os instrumentos de recolha de dados foram dois inquéritos por questionário, um para aplicar aos alunos, e outro aos Diretores de Turma, e a análise de conteúdo dos documentos orientadores da escola. Os resultados mostraram que os alunos são socialmente pouco ativos na vida social da escola, possuindo uma débil participação na vida da escola, quer ao nível dos documentos orientadores, quer na sua representação nos diferentes órgãos. No plano de ação estratégico, é apresentado um conjunto de propostas, que pretendem constituir-se como um dispositivo que permita debelar esta fragilidade.