A inteligência emocional e o otimismo como fatores protetores da ideação suicida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alfares, Gabriela Simão Valentim Costa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/20490
Resumo: Face ao elevado número de problemas de saúde mental e comportamentos suicidários em jovens universitários torna-se necessário intervenções que fomentem a prevenção da ideação suicida e promovam a sua saúde mental. A literatura temática temse focado nos fatores de risco, porém torna-se também pertinente um investimento nos fatores protetores que aumentem a capacidade de superarem adversidades, ajudando a prevenir o surgimento de cognições e comportamentos desadaptativos. Dois desses fatores protetores, que serão abordados na presente investigação, são o otimismo e a inteligência emocional. Este estudo teve o objetivo de avaliar o papel protetor que o otimismo e a inteligência emocional poderão ter na ideação suicida e avaliar a eficácia de um programa de promoção do bem-estar psicológico nos níveis de otimismo nos estudantes universitários. Para a primeira fase – estudo descritivo-correlacional – foi utilizada uma amostra total constituída por 217 alunos do ensino superior, com uma média de 21.15 (DP = 2.96) (18-35 anos). Para a segunda fase – estudo quasi-experimental – foi utilizada uma amostra de 20 alunos, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, uniformemente divididos entre o grupo de intervenção (M = 20.70, DP = 3.37) e o grupo de controlo (M = 20.90, DP = 1.97). Em ambos os estudos, os participantes preencheram instrumentos que avaliavam a inteligência emocional, o otimismo e a ideação suicida. Os resultados indicam que a inteligência emocional e o otimismo se relacionam de forma negativa e significativa com a ideação suicida. Verificou-se também que a relação entre o otimismo e a ideação suicida é parcialmente mediada pela inteligência emocional. Foi ainda possível comprovar a eficácia do programa no aumento dos níveis de otimismo, tendo-se verificado diferenças significativas no grupo de intervenção entre o Momento pré e pós-intervenção. Conclui-se que a inteligência emocional e o otimismo poderão ser considerados como bons protetores no surgimento da ideação suicida, sendo necessário uma aposta na implementação de programas em contexto universitário, articulando vários fatores protetores de forma a promover a saúde mental.
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