Os sentidos da descolonização: uma análise a partir de Moçambique
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/41839 https://doi.org/10.5216/o.v16i1.36904 |
Resumo: | Este artigo procura, a partir de uma análise multidisciplinar, problematizar os sentidos da descolonização a partir do estudo da produção de conhecimento em Moçambique, à luz das epistemologias do Sul, conceito avançado por Boaventura de Sousa Santos. O texto problematiza a dimensão epistémica do colonialismo moderno, mostrando como a imagem predominante do continente africano, parte do Sul global, é ainda reflexo de representações forjadas no centro de um saber de matriz eurocêntrica, que reforçam a permanência das perspetivas do Norte sobre o Sul. Como o artigo discute, descolonizar o conhecimento passa por uma revisão crítica de conceitos centrais, como o são o espaço e o tempo, hegemonicamente definidos pela racionalidade moderna – estrutura de saber que legitima a expansão do projeto civilizacional moderno ocidental no mundo. No campo ontológico, a descolonização passa pela renegociação das definições do ser e dos seus sentidos, aliando a democratização à descolonização. Este desafio epistémico contesta o privilégio epistémico do Norte global, abrindo o mundo a outros saberes, narrativas e lutas, contadas a múltiplas vozes. |
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Os sentidos da descolonização: uma análise a partir de MoçambiqueÁfricaDescolonizaçãoDemocratização da históriaEpistemologias do SulDiálogos interculturaisAfricaDecolonizationDemocratization of historyEpistemologies of the SouthIntercultural dialoguesEste artigo procura, a partir de uma análise multidisciplinar, problematizar os sentidos da descolonização a partir do estudo da produção de conhecimento em Moçambique, à luz das epistemologias do Sul, conceito avançado por Boaventura de Sousa Santos. O texto problematiza a dimensão epistémica do colonialismo moderno, mostrando como a imagem predominante do continente africano, parte do Sul global, é ainda reflexo de representações forjadas no centro de um saber de matriz eurocêntrica, que reforçam a permanência das perspetivas do Norte sobre o Sul. Como o artigo discute, descolonizar o conhecimento passa por uma revisão crítica de conceitos centrais, como o são o espaço e o tempo, hegemonicamente definidos pela racionalidade moderna – estrutura de saber que legitima a expansão do projeto civilizacional moderno ocidental no mundo. No campo ontológico, a descolonização passa pela renegociação das definições do ser e dos seus sentidos, aliando a democratização à descolonização. Este desafio epistémico contesta o privilégio epistémico do Norte global, abrindo o mundo a outros saberes, narrativas e lutas, contadas a múltiplas vozes.This article seeks, from a multidisciplinary perspective, to discuss the meanings of decolonization, based upon the analysis of the knowledge production system present in Mozambique, using as a methodological reference the epistemologies of the South advanced by Boaventura de Sousa Santos. The article discusses the epistemic dimension of modern colonialism, showing how the prevailing image of the African continent, part of the global South, it is still a reflection of representations forged by an Eurocentric knowledge, aimed at reinforcing the permanence of Northern perspectives about the South. As the article discusses, to decolonize knowledge requires a critical review of core concepts - such as space and time - hegemonically defined by modern rationality, a power-knowledge structure that legitimizes the expansion of modern Western civilization in the world. Ontologically speaking, decolonization involves the renegotiation of the definitions of self and of the senses, combining democratization with decolonization. This epistemic challenge of the epistemic privilege of the global North, opens up the world to other knowledge, stories and struggles, told by multiple voices.Universidade Federal de Goiás2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/41839http://hdl.handle.net/10316/41839https://doi.org/10.5216/o.v16i1.36904https://doi.org/10.5216/o.v16i1.36904por1519-32762177-5648https://www.revistas.ufg.br/Opsis/article/view/36904Meneses, Maria Paulainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2021-06-29T10:03:47Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/41839Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:50:36.450409Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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