A importância da vacinação no idoso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/31454 |
Resumo: | Atualmente assiste-se a um aumento significativo da população idosa, onde se observa uma maior frequência e severidade das doenças infeciosas. A forma mais eficaz de as prevenir é a vacinação. Todavia, a imunosenescência, que condiciona a maior suscetibilidade às infeções, é igualmente responsável pela menor resposta à vacinação evidenciada nos idosos. Deste modo, este trabalho analisou o panorama atual da vacinação na população idosa, com especial atenção à eficácia, segurança e recomendações das diferentes vacinas, sendo realizada, para isso, uma revisão da literatura dos últimos 10 anos. As três doenças infeciosas mais frequentes e mais preocupantes no idoso são, então, a gripe, a doença pneumocócica e o herpes zoster, estando recomendada a vacinação dos idosos contra estas na maioria dos países. A vacina da gripe comummente utilizada é uma vacina trivalente inativada e a sua eficácia tem sido alvo de muita controvérsia. Estudos iniciais demonstraram uma eficácia na população idosa na ordem dos 50%. Contudo, atualmente considera-se que os resultados foram sobrestimados por variáveis de confundimento e estudos mais recentes relatam uma redução da hospitalização por pneumonia e gripe na ordem dos 8,5%. As duas vacinas antipneumocócicas disponíveis são a vacina polissacárida de 23 valências (PPV23) e a vacina conjugada de 13 valências (PCV13). A PPV23 demonstrou, na maioria dos estudos, eficácia na proteção da doença invasiva, existindo ainda dúvidas da sua eficácia na prevenção da pneumonia pneumocócica. A PCV13 demonstrou uma eficácia de 45% contra pneumonia pneumocócica e 75% contra doença invasiva, mas confere proteção contra menos serotipos. Existe apenas uma vacina contra o herpes zoster aprovada, que é uma vacina viva atenuada. A eficácia da vacina na prevenção do HZ foi de 51,3% e de 66,5% na prevenção da nevralgia pós-herpética. Tem a limitação de não poder ser utilizada em indivíduos imunocomprometidos. Estão a ser desenvolvidas, para estas três vacinas, estratégias que melhorem a sua eficácia nos idosos. Por outro lado, estão a também ser estudadas novas vacinas da gripe e antipneumocócicas que permitam uma proteção independente da estirpe/serotipo. As vacinas recomendadas para a generalidade dos adultos são a vacina contra o tétano, a difteria e a tosse convulsa, e nalguns locais, a vacina contra a encefalite transmitida por carraça. As repostas imunológicas a estas vacinas já demonstraram ser menores nos idosos e os dados atuais sugerem que talvez os calendários vacinais necessitem de ser ajustados para evitar que estes fiquem por longos períodos sem níveis protetores de anticorpos. Finalmente, com o aumento do número de idosos a viajar, as vacinas do viajante ganham importância, porém existem poucos dados acerca da sua segurança e eficácia nesta faixa etária. |
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Estudos iniciais demonstraram uma eficácia na população idosa na ordem dos 50%. Contudo, atualmente considera-se que os resultados foram sobrestimados por variáveis de confundimento e estudos mais recentes relatam uma redução da hospitalização por pneumonia e gripe na ordem dos 8,5%. As duas vacinas antipneumocócicas disponíveis são a vacina polissacárida de 23 valências (PPV23) e a vacina conjugada de 13 valências (PCV13). A PPV23 demonstrou, na maioria dos estudos, eficácia na proteção da doença invasiva, existindo ainda dúvidas da sua eficácia na prevenção da pneumonia pneumocócica. A PCV13 demonstrou uma eficácia de 45% contra pneumonia pneumocócica e 75% contra doença invasiva, mas confere proteção contra menos serotipos. Existe apenas uma vacina contra o herpes zoster aprovada, que é uma vacina viva atenuada. A eficácia da vacina na prevenção do HZ foi de 51,3% e de 66,5% na prevenção da nevralgia pós-herpética. Tem a limitação de não poder ser utilizada em indivíduos imunocomprometidos. Estão a ser desenvolvidas, para estas três vacinas, estratégias que melhorem a sua eficácia nos idosos. Por outro lado, estão a também ser estudadas novas vacinas da gripe e antipneumocócicas que permitam uma proteção independente da estirpe/serotipo. As vacinas recomendadas para a generalidade dos adultos são a vacina contra o tétano, a difteria e a tosse convulsa, e nalguns locais, a vacina contra a encefalite transmitida por carraça. As repostas imunológicas a estas vacinas já demonstraram ser menores nos idosos e os dados atuais sugerem que talvez os calendários vacinais necessitem de ser ajustados para evitar que estes fiquem por longos períodos sem níveis protetores de anticorpos. Finalmente, com o aumento do número de idosos a viajar, as vacinas do viajante ganham importância, porém existem poucos dados acerca da sua segurança e eficácia nesta faixa etária.Nowadays a significant increase of the elderly population is occurring, a population in which a higher occurrence and severity of infectious diseases is observed. The most effective method of prevention is vaccination. However, immunosenescence, which determines a higher susceptibility to infections, is also responsible for the lower response to vaccination evidenced in the elderly. Thus, this paper aims to analyze the status of vaccination in the elderly population, particularly in regard to the efficacy, safety and recommendations of different vaccines, having been conducted, on that account, a review of the literature spanning the last 10 years. The three most common and worrying infections affecting the elderly are influenza, pneumococcal disease and herpes zoster. As such, vaccination of the elderly against these is recommended in most countries. The most commonly used influenza vaccine is a trivalent inactivated vaccine and its effectiveness has been the subject of much controversy. Initial studies showed an efficacy regarding the elderly population of approximately 50%. However, it is now thought that the results were overestimated because of confounding variables, and more recent studies report a reduction of hospitalization due to pneumonia and influenza of approximately 8.5%. The two available pneumococcal vaccines are the 23-valent polysaccharide vaccine (PPV23) and the 13-valent pneumococcal conjugate vaccine (PCV13). PPV23 has been shown, in most studies, to be effective regarding the protection of invasive disease, however, doubts remain about its effectiveness in preventing pneumococcal pneumonia. PCV13 has been shown to have an efficacy of 45% against pneumococcal pneumonia and 75% against invasive disease, but provides protection against a lesser number of serotypes. There is only one approved vaccine against herpes zoster, it being a live attenuated vaccine. Its efficacy in preventing HZ was shown to be of 51.3%, and 66.5% in the prevention of post-herpetic neuralgia. This vaccine has an important contraindication in immunocompromised individuals. Strategies to improve the effectiveness of the three aforementioned vaccines in the elderly are being developed. Moreover, new influenza and pneumococcal vaccines that grant protection regardless of strain/serotype are being studied. The vaccines recommended for the general adult population are those against tetanus, diphtheria and Bordetella Pertussis, and in some places, also the one against tick-borne encephalitis. The immune responses to these vaccines have been shown to be lower in the elderly, and current data suggests that the vaccination schedule should be adjusted to prevent these individuals from going for long periods of time without protective levels of antibodies. Lastly, with the increasing use of travel by the elderly, travel vaccines grow in importance, yet, there is little data on their safety and efficacy in this age group.2015-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/31454http://hdl.handle.net/10316/31454TID:201631946porReis, Sara Alexandra Araújo dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/31454Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:52.993375Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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