Qualidade de vida e complicações crónicas da diabetes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Isabel
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Pais-Ribeiro, José, Cardoso, Helena, Ramos, Helena
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.14417/ap.108
Resumo: O objectivo do presente estudo é analisar o impacto da presença de complicações crónicas específicas na qualidade de vida de indivíduos com diabetes. Foi avaliada uma amostra de conveniência de 316 sujeitos com diabetes, dos quais 44,6% do sexo masculino; com idades compreendidas entre os 16 e os 84 anos (M= 48,39; DP=16,90); 41,8% (n=132) apresenta diagnóstico de diabetes tipo 1 e a duração da doença varia entre 4 meses e 43 anos (M=13,66; DP=9,32). Destes doentes, 59,8% sofre de complicações crónicas da diabetes. Os resultados sugerem que, entre os indivíduos com diabetes, aqueles que sofrem de complicações crónicas demonstram ter uma qualidade de vida inferior à dos que não sofrem de sequelas. Esta diferença verifica-se quando são analisadas especificamente a microangiopatia, catarata, macroangiopatia, neuropatia autonómica (nomeadamente, disfunção sexual), doença cardíaca coronária, antecedentes de acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e doença arterial periférica. Todavia, quando controlada a gravidade de complicações como a retinopatia e a nefropatia, constata-se que não existe uma relação linear entre a gravidade da complicação e o impacto na qualidade de vida, uma vez que, por vezes, doentes com níveis mais graves da complicação apresentam uma qualidade de vida superior à de indivíduos com níveis menos graves desta. 
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