A emergência de Candida auris como agente patogénico multirresistente responsável por surtos de infeção nosocomial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/43394 |
Resumo: | Trabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019 |
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A emergência de Candida auris como agente patogénico multirresistente responsável por surtos de infeção nosocomialCandida aurisInfeções nosocomiaisFungemiaDisseminaçãoMultirresistência.Mestrado Integrado - 2019Ciências da SaúdeTrabalho Final de Mestrado Integrado, Ciências Farmacêuticas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2019A levedura Candida albicans continua a ser o agente de infeção fúngica mais isolado, no entanto têm surgido dados que indicam uma modificação da epidemiologia que dá conta de um peso crescente das espécies não-albicans. A espécie Candida auris, que tem tem ganho protagonismo a nível mundial dada a sua implicação crescente em surtos graves de infeção nosocomial. É uma levedura com capacidade de colonizar a pele e persistir nos ambientes de cuidados de saúde, permitindo a sua fácil transmissão entre doentes. C. auris foi isolada pela primeira vez de um doente em 2009, no Japão, mas rapidamente se disseminou pelos 5 continentes causando infeções invasivas graves tais como candidemia, pericardite, infeções do trato urinário e pneumonia. Estas complicações têm particular incidência nas unidades de cuidados intensivos, onde ganham maior destaque. Fatores inerentes a estas unidades tais como ventilação mecânica, intervenções cirúrgicas, nutrição parentérica total e tratamento prolongado com antibióticos são algumas das condições predisponentes à infeção por C. auris, afetando maioritariamente doentes imunodeprimidos. A mortalidade associada a esta infeção fúngica é alta e o controle da infeção tem sido difícil uma vez que a colonização e a contaminação ambiental são extensas. A capacidade de C. auris de originar surtos hospitalares está relacionada com algumas características desta espécie que não são tao comummente observadas noutras leveduras tais como a difícil identificação, a elevada taxa de transmissão entre os doentes e as superfícies hospitalares, a longa persistência nos mesmos e a resistência a vários agentes antifúngicos e compostos desinfetantes. As opções terapêuticas são limitadas devido à suscetibilidade diminuída dos isolados a pelo menos uma das classes de antifúngicos disponíveis, o que origina falha terapêutica e permite o avançar da infeção. O investimento na implementação de medidas preventivas é importante dado que muitas das infeções ocorrem por falhas a nível dos dispositivos médicos e dos profissionais de saúde. As entidades governamentais e a sua colaboração com as instituições de saúde são fundamentais para garantir uma resposta adequada à infeção por C. auris, para conter a disseminação e prevenir infeções futuras.The yeast Candida albicans remains the most frequently isolated agente of fungal infections, but data have been indicating a change in epidemiology that points to na increasing importance of non-albicans species. The species Candida auris has been generating major concern worldwide as causative agent of serious nosocomial outbreaks. This yeast can colonize the skin and persist in the healthcare settings, allowing eficiente transmission between patients. C. auris was isolated for the first time from a patient in 2009, in Japan, but quickly spread across the 5 continents causing serious invasive infections such as candidemia, pericarditis, urinary tract infections and pneumonia. These complications are particularly prevalent in intensive care units, where they are most prominent. Factors inherent to these units such as mechanical ventilation, surgical interventions, total parenteral nutrition and prolonged antibiotic treatment are some of the predisposing conditions for C. auris infection, affecting mostly immunosuppressed patients. Mortality associated with this fungus is high and infection control has been difficult since colonization and environmental contamination are extensive. The ability of C. auris to cause hospital outbreaks is related to some characteristics of this species that are not commonly observed in other yeasts such as difficult identification, high transmission rate between patients and hospital surfaces, long persistence in those and resistance to various antifungal agents and disinfectant compounds. Therapeutic options are limited due to the reduced susceptibility of isolates to at least one of the available antifungal classes leading to therapeutic failure and progression of infection. Investing in the implementation of preventive measures is important as many infections occur due to failures in medical devices and healthcare professionals. Government health entities and their collaboration with healthcare institutions are key factors to ensure an adequate response to C. auris infection, to control it’s spread and prevent future infections.José, Carlos Jorge Sousa de SãoRepositório da Universidade de LisboaSamora, Marta Alexandra Oliveira2020-05-04T22:58:53Z2019-10-152019-09-132019-10-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/43394TID:202475140porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:43:50Zoai:repositorio.ul.pt:10451/43394Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:56:12.770307Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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