A Pessoa no Pós-Internamento em Cuidados Intensivos: Um Modelo de Acompanhamento de Enfermagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/43815 |
Resumo: | Enquadramento: Após a transferência das UCIs as pessoas deparam-se com um conjunto de défices físicos, cognitivos e psicológicos a médio-longo prazo, com impacte negativo na qualidade de vida. Neste sentido, o desenvolvimento e operacionalização de CFUs potenciam a recuperação funcional a nível global da pessoa após a doença crítica, onde o EEEMC à pessoa em situação crítica, sendo detentor de competências avançadas e de elevada capacidade de tomada de decisão e de raciocínio clínico, desempenha um papel fundamental de facilitador do processo de transição saúde/doença. Objetivos: Analisar o modelo de acompanhamento de enfermagem em uso à pessoa em situação crítica no pós-internamento no SMIP e identificar as principais necessidades das pessoas no pós-internamento no SMIP na vivência do processo transição saúde/doença. Metodologia: Estudo qualitativo, retrospetivo e documental através da análise do processo clínico das pessoas no pós-internamento em Cuidados Intensivos encaminhados para a CFU no período de dezembro de 2017 a outubro de 2020. Os dados colhidos foram sujeitos a uma análise estatística descritiva e inferencial de acordo com a natureza das variáveis, com recurso ao Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 24. Resultados: A amostra foi constituída por 215 processos que revelam que as pessoas no pós-internamento em Cuidados Intensivos desenvolveram um conjunto de sequelas nos domínios físico, cognitivo e mental, consistentes com o desenvolvimento de SPICI. Em resultado emergiram um conjunto de necessidades no domínio dos processos corporais: cardiorrespiratório, onde se destaca a ventilação comprometida; neuromuscular que salienta os potenciais para melhorar a autoeficiência, a consciencialização e a capacidade para executar; gastrointestinal que foca a deglutição comprometida e o psicológico, que aponta o delírium, a alucinação, o humor depressivo e a ansiedade. A prevalência de sinais e sintomas no domínio físico e cognitivo diminuem com o decorrer do tempo, verificando-se o oposto com a dimensão mental. Conclusão: Os sobreviventes da medicina intensiva desenvolvem um conjunto de sequelas que impactam negativamente na sua qualidade de vida e bem-estar. O desenvolvimento de um modelo centrado nas suas reais necessidades, cuja intencionalidade do acompanhamento esteja intimamente relacionado com a forma como cada pessoa vivencia o seu processo de transição saúde/doença, potencia a adaptação e transformação da pessoa face à sua nova condição. |
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