Máscaras faciais e desenvolvimento da Linguagem:

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Cátia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/49537
Resumo: A aquisição e o desenvolvimento da linguagem começam nos primeiros anos de vida e é por esta altura que a criança, através do contacto social e da observação, vai começar a adquirir e a desenvolver a sua língua materna. Esta aquisição e desenvolvimento só são possíveis quando um bebé está exposto a uma língua durante a primeira infância e existem ambientes comunicativos com a própria criança. É a qualidade do seu input linguístico que determinará o seu sucesso nesta aquisição e desenvolvimento. A comunicação engloba duas grandes vertentes, dependentes uma da outra: a comunicação verbal e a não-verbal. Dentro da comunicação não-verbal, para esta investigação, destaca-se a expressão facial, que abrange todos os movimentos realizados pela face (sorriso, levantamento de sobrancelhas, entre outros). Durante a pandemia Covid-19 em Portugal, em 2020, surgiu a imposição da utilização de máscaras faciais em todos os locais que não a própria habitação, por parte dos adultos, criando um obstáculo visual. O principal objetivo desta investigação é então o de entender se o uso de máscaras faciais teve impacto na aquisição e desenvolvimento da linguagem das crianças em contexto de creche. Para obter os resultados deste estudo foi realizado um inquérito a 100 educadores de infância e a metodologia utilizada carateriza-se como um método misto. Os resultados desta investigação sugerem que os educadores de infância sentiram que as máscaras faciais podem ter comprometido o desenvolvimento da linguagem das crianças e que os bebés (com menos de 1 ano) tiveram alguma dificuldade em reconhecê-los. Durante o período da utilização da máscara foi também verificado um maior recurso à comunicação não-verbal, por parte dos educadores participantes. Estes resultados vão ao encontro de um estudo realizado no Japão e em França, mencionado nesta investigação.
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