Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farinha, Cristina Isabel Oliveira
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/22728
Resumo: A epidemia da infeção do VIH/SIDA é um problema mundial e um dos maiores desafios alguma vez lançados ao desenvolvimento e ao progresso social. A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é reconhecida internacionalmente como uma ameaça ao desenvolvimento social e económico das populações e, como tal, em Portugal constitui uma prioridade do Plano Nacional de Saúde, sendo um dos programas prioritários definidos pelo XIX Governo Constitucional. O papel prioritário desta patologia resulta da dimensão abrangente dos determinantes da transmissão e das implicações da infeção a todos os níveis da saúde e da integração social. O estigma e a discriminação que desde cedo se associaram à SIDA obrigam a colocar o respeito pelos direitos humanos no centro da atenção às pessoas que vivem com a infeção do VIH. Embora os cuidados de saúde sejam um direito humano fundamental e apesar de mais de 100 milhões de profissionais de saúde prestarem serviços em todo o mundo, o objetivo de “saúde para todos” está longe de ser alcançado. Foram identificados obstáculos a diferentes níveis, nomeadamente na implementação de políticas de ajustamento estrutural que levam à redução da despesa pública e do emprego, falhas na gestão das políticas e nas estratégias do setor da saúde, falta de infraestruturas, de equipamentos e de recursos humanos, que deste modo, dificultam a prestação de cuidados de saúde. Entre os problemas identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a nível de recursos humanos, contam-se a quantidade e a qualidade dos profissionais de saúde, a desmoralização destes e as enormes lacunas tanto na formação inicial como na formação interna. A epidemia da infeção VIH/SIDA é mais um fator importante que está a sobrecarregar o sistema de saúde em diversos países. A sobrecarga de trabalho resultante da epidemia, o medo do contágio e a ausência de disposições adequadas sobre segurança e saúde ou formação específica no domínio da infeção VIH/SIDA colocam os profissionais de saúde sob uma enorme pressão psicológica e física. Devido ao receio do estigma associado aos profissionais de saúde, são cada vez menos as pessoas que abraçam esta profissão nos países em desenvolvimento. Esta situação vem evidenciar a incapacidade do sistema de saúde para fazer face à infeção VIH/SIDA. De acordo com a OMS, o vírus da imunodeficiência humana (VIH) é um retrovírus que infeta as células do sistema imunitário, destruindo ou prejudicando a sua função. Como a infeção progride, o sistema imunológico fica mais fraco, e a pessoa fica mais suscetível a infeções. A fase mais avançada da infeção pelo VIH é síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Em 2011, aproximadamente 34 milhões de indivíduos estavam infetados com o vírus VIH, tendo ocorrido 1.7 milhões de mortes devido a esta patologia no mesmo ano. Na Europa Ocidental, Portugal continua a apresentar elevadas incidências de infeção por VIH, apesar de existir uma tendência favorável na descida do número de novos casos (1941 diagnosticados em 2007 e 1518 diagnosticados em 2010). Nas últimas décadas, foram dados largos passos no conhecimento da patogénese do VIH. A melhor compreensão da invasão, proliferação, ligação e entrada nas células pelo vírus da imunodeficiência, bem como a compreensão da resposta imunitária induzida, conduziram às novas abordagens terapêuticas atualmente disponíveis no mercado nacional. (5) Desde o primeiro medicamento antirretroviral aprovado há 25 anos, o melhoramento da potência, tolerância, e disponibilidade da terapia antirretroviral (TARV) resultou numa redução drástica do número de doenças oportunistas e de mortes associadas a esta patologia. A compreensão progressiva da dinâmica vírica e celular e o melhor conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica e da resistência aos antirretrovirais (ARV) têm permitido avanços consideráveis no controlo clínico da imunodeficiência causada pelo VIH. Por outro lado, a emergência de eventos adversos tardios influenciou negativamente a qualidade de vida, fazendo com que a condição de viver com VIH assumisse características semelhantes a outras doenças crónico-degenerativas.
id RCAP_b7d1a90509282797fb40eda06a3540ae
oai_identifier_str oai:comum.rcaap.pt:10400.26/22728
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIHDensidade ósseaInfeções por VIHPacientesAntirretroviraisRadiologiaCiências MédicasA epidemia da infeção do VIH/SIDA é um problema mundial e um dos maiores desafios alguma vez lançados ao desenvolvimento e ao progresso social. A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é reconhecida internacionalmente como uma ameaça ao desenvolvimento social e económico das populações e, como tal, em Portugal constitui uma prioridade do Plano Nacional de Saúde, sendo um dos programas prioritários definidos pelo XIX Governo Constitucional. O papel prioritário desta patologia resulta da dimensão abrangente dos determinantes da transmissão e das implicações da infeção a todos os níveis da saúde e da integração social. O estigma e a discriminação que desde cedo se associaram à SIDA obrigam a colocar o respeito pelos direitos humanos no centro da atenção às pessoas que vivem com a infeção do VIH. Embora os cuidados de saúde sejam um direito humano fundamental e apesar de mais de 100 milhões de profissionais de saúde prestarem serviços em todo o mundo, o objetivo de “saúde para todos” está longe de ser alcançado. Foram identificados obstáculos a diferentes níveis, nomeadamente na implementação de políticas de ajustamento estrutural que levam à redução da despesa pública e do emprego, falhas na gestão das políticas e nas estratégias do setor da saúde, falta de infraestruturas, de equipamentos e de recursos humanos, que deste modo, dificultam a prestação de cuidados de saúde. Entre os problemas identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a nível de recursos humanos, contam-se a quantidade e a qualidade dos profissionais de saúde, a desmoralização destes e as enormes lacunas tanto na formação inicial como na formação interna. A epidemia da infeção VIH/SIDA é mais um fator importante que está a sobrecarregar o sistema de saúde em diversos países. A sobrecarga de trabalho resultante da epidemia, o medo do contágio e a ausência de disposições adequadas sobre segurança e saúde ou formação específica no domínio da infeção VIH/SIDA colocam os profissionais de saúde sob uma enorme pressão psicológica e física. Devido ao receio do estigma associado aos profissionais de saúde, são cada vez menos as pessoas que abraçam esta profissão nos países em desenvolvimento. Esta situação vem evidenciar a incapacidade do sistema de saúde para fazer face à infeção VIH/SIDA. De acordo com a OMS, o vírus da imunodeficiência humana (VIH) é um retrovírus que infeta as células do sistema imunitário, destruindo ou prejudicando a sua função. Como a infeção progride, o sistema imunológico fica mais fraco, e a pessoa fica mais suscetível a infeções. A fase mais avançada da infeção pelo VIH é síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Em 2011, aproximadamente 34 milhões de indivíduos estavam infetados com o vírus VIH, tendo ocorrido 1.7 milhões de mortes devido a esta patologia no mesmo ano. Na Europa Ocidental, Portugal continua a apresentar elevadas incidências de infeção por VIH, apesar de existir uma tendência favorável na descida do número de novos casos (1941 diagnosticados em 2007 e 1518 diagnosticados em 2010). Nas últimas décadas, foram dados largos passos no conhecimento da patogénese do VIH. A melhor compreensão da invasão, proliferação, ligação e entrada nas células pelo vírus da imunodeficiência, bem como a compreensão da resposta imunitária induzida, conduziram às novas abordagens terapêuticas atualmente disponíveis no mercado nacional. (5) Desde o primeiro medicamento antirretroviral aprovado há 25 anos, o melhoramento da potência, tolerância, e disponibilidade da terapia antirretroviral (TARV) resultou numa redução drástica do número de doenças oportunistas e de mortes associadas a esta patologia. A compreensão progressiva da dinâmica vírica e celular e o melhor conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica e da resistência aos antirretrovirais (ARV) têm permitido avanços consideráveis no controlo clínico da imunodeficiência causada pelo VIH. Por outro lado, a emergência de eventos adversos tardios influenciou negativamente a qualidade de vida, fazendo com que a condição de viver com VIH assumisse características semelhantes a outras doenças crónico-degenerativas.Tavares, Óscar Manuel da ConceiçãoRepositório ComumFarinha, Cristina Isabel Oliveira2018-05-03T14:04:23Z2013-01-01T00:00:00Z2013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/22728201487586porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T15:40:18Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/22728Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:16:06.260530Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
title Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
spellingShingle Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
Farinha, Cristina Isabel Oliveira
Densidade óssea
Infeções por VIH
Pacientes
Antirretrovirais
Radiologia
Ciências Médicas
title_short Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
title_full Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
title_fullStr Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
title_full_unstemmed Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
title_sort Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIH
author Farinha, Cristina Isabel Oliveira
author_facet Farinha, Cristina Isabel Oliveira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Tavares, Óscar Manuel da Conceição
Repositório Comum
dc.contributor.author.fl_str_mv Farinha, Cristina Isabel Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Densidade óssea
Infeções por VIH
Pacientes
Antirretrovirais
Radiologia
Ciências Médicas
topic Densidade óssea
Infeções por VIH
Pacientes
Antirretrovirais
Radiologia
Ciências Médicas
description A epidemia da infeção do VIH/SIDA é um problema mundial e um dos maiores desafios alguma vez lançados ao desenvolvimento e ao progresso social. A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é reconhecida internacionalmente como uma ameaça ao desenvolvimento social e económico das populações e, como tal, em Portugal constitui uma prioridade do Plano Nacional de Saúde, sendo um dos programas prioritários definidos pelo XIX Governo Constitucional. O papel prioritário desta patologia resulta da dimensão abrangente dos determinantes da transmissão e das implicações da infeção a todos os níveis da saúde e da integração social. O estigma e a discriminação que desde cedo se associaram à SIDA obrigam a colocar o respeito pelos direitos humanos no centro da atenção às pessoas que vivem com a infeção do VIH. Embora os cuidados de saúde sejam um direito humano fundamental e apesar de mais de 100 milhões de profissionais de saúde prestarem serviços em todo o mundo, o objetivo de “saúde para todos” está longe de ser alcançado. Foram identificados obstáculos a diferentes níveis, nomeadamente na implementação de políticas de ajustamento estrutural que levam à redução da despesa pública e do emprego, falhas na gestão das políticas e nas estratégias do setor da saúde, falta de infraestruturas, de equipamentos e de recursos humanos, que deste modo, dificultam a prestação de cuidados de saúde. Entre os problemas identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a nível de recursos humanos, contam-se a quantidade e a qualidade dos profissionais de saúde, a desmoralização destes e as enormes lacunas tanto na formação inicial como na formação interna. A epidemia da infeção VIH/SIDA é mais um fator importante que está a sobrecarregar o sistema de saúde em diversos países. A sobrecarga de trabalho resultante da epidemia, o medo do contágio e a ausência de disposições adequadas sobre segurança e saúde ou formação específica no domínio da infeção VIH/SIDA colocam os profissionais de saúde sob uma enorme pressão psicológica e física. Devido ao receio do estigma associado aos profissionais de saúde, são cada vez menos as pessoas que abraçam esta profissão nos países em desenvolvimento. Esta situação vem evidenciar a incapacidade do sistema de saúde para fazer face à infeção VIH/SIDA. De acordo com a OMS, o vírus da imunodeficiência humana (VIH) é um retrovírus que infeta as células do sistema imunitário, destruindo ou prejudicando a sua função. Como a infeção progride, o sistema imunológico fica mais fraco, e a pessoa fica mais suscetível a infeções. A fase mais avançada da infeção pelo VIH é síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Em 2011, aproximadamente 34 milhões de indivíduos estavam infetados com o vírus VIH, tendo ocorrido 1.7 milhões de mortes devido a esta patologia no mesmo ano. Na Europa Ocidental, Portugal continua a apresentar elevadas incidências de infeção por VIH, apesar de existir uma tendência favorável na descida do número de novos casos (1941 diagnosticados em 2007 e 1518 diagnosticados em 2010). Nas últimas décadas, foram dados largos passos no conhecimento da patogénese do VIH. A melhor compreensão da invasão, proliferação, ligação e entrada nas células pelo vírus da imunodeficiência, bem como a compreensão da resposta imunitária induzida, conduziram às novas abordagens terapêuticas atualmente disponíveis no mercado nacional. (5) Desde o primeiro medicamento antirretroviral aprovado há 25 anos, o melhoramento da potência, tolerância, e disponibilidade da terapia antirretroviral (TARV) resultou numa redução drástica do número de doenças oportunistas e de mortes associadas a esta patologia. A compreensão progressiva da dinâmica vírica e celular e o melhor conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica e da resistência aos antirretrovirais (ARV) têm permitido avanços consideráveis no controlo clínico da imunodeficiência causada pelo VIH. Por outro lado, a emergência de eventos adversos tardios influenciou negativamente a qualidade de vida, fazendo com que a condição de viver com VIH assumisse características semelhantes a outras doenças crónico-degenerativas.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-01-01T00:00:00Z
2013-01-01T00:00:00Z
2018-05-03T14:04:23Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.26/22728
201487586
url http://hdl.handle.net/10400.26/22728
identifier_str_mv 201487586
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130025217228800