A autonomia dos árbitros e a relevância da lex mercatoria na arbitragem internacional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/39846 |
Resumo: | A globalização é um dos temas mais atuais e debatidos nos tempos que correm. O mundo está mais interligado do que alguma vez esteve e isso deve-se, nomeadamente, ao progresso da tecnologia, ao desenvolvimento dos meios de transporte que permite uma troca constante de mercadorias, à expansão das empresas e à criação das multinacionais. O cenário internacional caminha para a unidade. Estamos perante um “desmoronar” de fronteiras no sentido em que a comunicação, a troca de bens, serviços e capitais é cada vez mais frequente e está cada vez mais facilitada. As fronteiras não são mais do que delimitações a nível territorial, permitindo-se a comunicação constante entre os diversos países/mercados através de uma convivência global, primada pela existência de interesses comuns na satisfação das necessidades. Neste contexto, as exigências da Sociedade Internacional são cada vez maiores e a Arbitragem tem ocupado um lugar de destaque no modo de resolução de litígios decorrentes das relações comerciais internacionais. A preferência pela Arbitragem deve-se a variadíssimos fatores, mas dois dos mais importantes são sem dúvida a celeridade e a especialização dos decisores. O mercado ambiciona celeridade, tecnicidade e segurança e a Arbitragem está à altura desse desafio. Tendo em conta esta unidade do cenário internacional e a escolha maioritária da Arbitragem para a resolução de litígios emergentes de relações internacionais, a questão que se coloca e que iremos analisar é o papel dos árbitros neste contexto. Mais concretamente, até que ponto podem aplicar lex mercatoria para complementar ou ir para além da escolha das partes quanto ao Direito aplicável a um determinado litígio. A principal questão que se coloca é se o Estado está preparado para fazer face às exigências da Sociedade Internacional, tendo em conta a existência deste mercado globalizado ou, caso contrário, se devem os árbitros aplicar um Direito pensado e criado para o contexto internacional (lex mercatoria). |
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