Regeneração de Vitis vinifera L. e estudo do stress osmótico induzido por sorbitol, em culturas in vitro de videira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campos, Alexandre Marnoto de Oliveira
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/13438
Resumo: Este trabalho desenvolveu-se em duas partes. A primeira parte consistiu em definir metodologias de micropropagação, cultura de calli e organogénese experimental em duas castas de videira - Baga e Maria Gomes - características da região da Bairrada. A segunda parte consistiu no estudo do comportamento da casta Baga, relativamente ao stress osmótico induzido pelo osmótico sorbitol, em microrrebentos de videira em cultura In vitro. O estudo da micropropagação através da cultura de gomos axilares, permitiu seleccionar o meio MA1 (meio MS com 4.4 μM de BAP) para o desenvolvimento dos gomos axilares, e os meios MA2 (0.4 macro MS, 1 micro MS, vit. RG) e MR2 (1/2 MS com 0.1 μM de IBA) para o enraizamento dos microrrebentos e alongamento das plântulas. A aclimatação das plântulas destas duas castas foi sempre bem sucedida, com a metodologia adaptada. A indução e cultura de tecido caloso foram obtidas, utilizando como explantes primários folhas jovens de microrrebentos de videira, e os meios MC1 (1/2 MS com 1 μM de 2,4-D) e MC6 (1/2 MS com 0.44pMde BAP e 0.45 IAM de 2,4-D). A indução e cultura de tecido caloso foram ainda obtidas, através da cultura de segmentos de caule e pecíolo no meio MC9 (112 MS com 1.6 μM de BAP e 8.5 μM de IAA). O meio MC9 possibilitou as taxas de crescimento de calli mais elevadas. A organogénese experimental em folhas jovens de microrrebentos de videira, deu origem à formação de folhas adventícias nos segmentos de pecíolo não se verificando, com a metodologia utilizada, o desenvolvimento de rebentos adventícios. Este tipo de desenvolvimento só foi possível na casta Maria Gomes embora com percentagens relativamente baixas, 20% no meio MO1 (meio NN com 8.8 μM de BAP) e 6.25% no meio MO3 (meio NN com 8.8 μM de BAP e 0.1 μM de NAA). O estudo do efeito do stress osmótico no crescimento de microrrebentos de videira cv. Baga, realizou-se utilizando como tratamentos as concentrações 0.1 M, 0.2 M e 0.4 M de sorbitol. O aumento deste osmótico induziu uma redução da percentagem de enraizamento e da taxa de crescimento no genótipo Baga. Os tratamentos mais severos (0.2 M e 0.4 M de sorbitol), conduziram a uma elevada necrose dos tecidos dos microrrebentos, caracterizada por uma diminuição significativa de proteínas totais solúveis nas porções aéreas, diminuição significativa do teor em clorofilas nas folhas e diminuição significativa na acumulação dos elementos P, B, Ca, Fe, Mn, Mg e K nas porções aéreas. Este tipo de estudo é importante para a caracterização de genótipos tolerantes ao stress hídrico.
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