Para cozinhar...: as panelas da cerâmica paulista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/46598 |
Resumo: | A panela da Cerâmica Paulista foi produzida e preservada por mulheres durante cinco séculos, como uma opção significativa de transmissão do conhecimento e autonomia. Trata-se de uma manifestação criada e transformada por diferentes mulheres que conectaram conhecimentos e ontologias de tempos e lugares diferentes. Os elementos para a sua definição são apresentados, aplicando alguns fundamentos do método desenvolvido por José Brochado para investigar morfologia e função, visando estabelecer parâmetros métricos para reconstrução gráfica do perfil a partir de fragmentos de vasilhas cerâmicas. Foram analisados os atributos de 71 peças, incluindo inteiras e semi-inteiras, além de fotos, desenhos e croquis publicados. A conclusão é que a maioria das panelas encontradas no sudeste de São Paulo e nordeste do Paraná não são cópias, mas variações morfológicas de uma forma elipsoidal restringida. Tanto a morfologia, como os tratamentos de superfície, sugerem que a Cerâmica Paulista resultou da transformação de tecnologias da cerâmica comum portuguesa pelas mulheres Tupiniquim e, posteriormente, por outras pessoas, articulando continuamente elementos e ressignificando as práticas, o que permitiu a sua persistência até o presente. |
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Para cozinhar...: as panelas da cerâmica paulistaTo cook...: the pots of PaulistawareCerâmicaIndígenasPaneleirasColonialPersistênciaArqueologiaReconstrução gráficaPotteryIndigenousCeramicistsPersistenceArchaeologyGraphic reconstructionA panela da Cerâmica Paulista foi produzida e preservada por mulheres durante cinco séculos, como uma opção significativa de transmissão do conhecimento e autonomia. Trata-se de uma manifestação criada e transformada por diferentes mulheres que conectaram conhecimentos e ontologias de tempos e lugares diferentes. Os elementos para a sua definição são apresentados, aplicando alguns fundamentos do método desenvolvido por José Brochado para investigar morfologia e função, visando estabelecer parâmetros métricos para reconstrução gráfica do perfil a partir de fragmentos de vasilhas cerâmicas. Foram analisados os atributos de 71 peças, incluindo inteiras e semi-inteiras, além de fotos, desenhos e croquis publicados. A conclusão é que a maioria das panelas encontradas no sudeste de São Paulo e nordeste do Paraná não são cópias, mas variações morfológicas de uma forma elipsoidal restringida. Tanto a morfologia, como os tratamentos de superfície, sugerem que a Cerâmica Paulista resultou da transformação de tecnologias da cerâmica comum portuguesa pelas mulheres Tupiniquim e, posteriormente, por outras pessoas, articulando continuamente elementos e ressignificando as práticas, o que permitiu a sua persistência até o presente.The Paulistaware was produced and preserved by women for ve centuries, as a signifcant option for transmitting knowledge and autonomy. It is a manifestation created and transformed by women who connected knowledge and ontologies from different times and places. The elements for its definition are presented, applying some fundamentals of the method developed by José Brochado to investigate morphology and function, in order to establish metric parameters for graphical reconstruction of the profile from fragments of ceramic vessels. The attributes of 71 pots were analyzed, including whole and semiwhole pieces, as well as published photos, drawings and sketches. The conclusion is that most of the pots found in southeastern São Paulo and northeast Paraná are not copies, but indeed morphological variations of a restricted ellipsoidal shape. Both the morphology and surface treatments suggest that São Paulo Ceramic resulted from the appropriation and transformation of common portuguese ceramic technologies by the Tupiniquim women and, later, by other people, continuously articulating elements and giving new meaning to their practices, which allowed their persistence to present days.Editora da PUC GoiásRepositório da Universidade de LisboaNoelli, Francisco SilvaSallum, Marianne2021-03-02T08:52:58Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/46598porNoelli, F. S., & Sallum, M. (2020). Para cozinhar...: as panelas da cerâmica paulista. [To cook...: the pots of Paulistaware]. Habitus, 18(2) 501-538. doi: 10.18224/hab.v18i2.84361983-7798http://dx.doi.org/10.18224/hab.v18i2.8436info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:48:59Zoai:repositorio.ul.pt:10451/46598Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:58:45.057700Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A panela da Cerâmica Paulista foi produzida e preservada por mulheres durante cinco séculos, como uma opção significativa de transmissão do conhecimento e autonomia. Trata-se de uma manifestação criada e transformada por diferentes mulheres que conectaram conhecimentos e ontologias de tempos e lugares diferentes. Os elementos para a sua definição são apresentados, aplicando alguns fundamentos do método desenvolvido por José Brochado para investigar morfologia e função, visando estabelecer parâmetros métricos para reconstrução gráfica do perfil a partir de fragmentos de vasilhas cerâmicas. Foram analisados os atributos de 71 peças, incluindo inteiras e semi-inteiras, além de fotos, desenhos e croquis publicados. A conclusão é que a maioria das panelas encontradas no sudeste de São Paulo e nordeste do Paraná não são cópias, mas variações morfológicas de uma forma elipsoidal restringida. Tanto a morfologia, como os tratamentos de superfície, sugerem que a Cerâmica Paulista resultou da transformação de tecnologias da cerâmica comum portuguesa pelas mulheres Tupiniquim e, posteriormente, por outras pessoas, articulando continuamente elementos e ressignificando as práticas, o que permitiu a sua persistência até o presente. |
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