Uso de Crack: É Possível o (Re)Encantamento?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Wandekoken,Kallen Dettmann
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Siqueira,Marluce Miguel de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602013000100009
Resumo: Considerando o uso de crack enquanto um desafio ao contexto da saúde pública e mais ainda, à rede de atenção aos usuários de substâncias psicoativas, ressalta-se a velocidade da destruição da vida mental, orgânica e social do indivíduo. Nesse sentido, constata-se que, muitas vezes, há perda do encantamento - o que traz sentido à vida das pessoas - diante de várias questões do quotidiano a partir do uso de crack. Assim, este artigo tem como objetivo refletir sobre o contexto do uso do crack, a partir da possibilidade do (re) encantamento por parte dos usuários. Trata-se de uma revisão crítica considerando a epidemiologia do consumo de crack e os aspectos biológicos, sociais e psicológicos desses indivíduos, uma vez que para que haja o (re) encantamento há de se pensar em num contexto individual, como proposto por Lescher (ano). Foram descritas ainda as ações políticas, a partir de leis, decretos e portarias, realizadas a fim de constituírem um avanço para a rede de atenção aos usuários, de forma que esta seja eficaz e de qualidade para o usuário. Constatou-se que o (re) encantamento proposto é possível desde sejam consideradas questões como a motivação do usuário de crack, o tratamento holístico, individual e multiprofissional, pautado em princípios como a expressão da empatia e a criação de vínculos a partir da construção de uma aliança terapêutica e da escuta reflexiva realizada pelos profissionais. Além disso, considerando que muitas vezes há pouca motivação e aderência aos tratamentos, é imprescindível a articulação da rede de atenção, da rede social e familiar, além da busca ativa a esses usuários a fim de facilitar o acesso aos serviços. E ainda, devem ser consideradas estratégias de (re) encantamento como investimentos em educação, lazer, emprego e cultura.
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