A Madeira e o mundo: ficção e história em João França e António Loja
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.13/1874 |
Resumo: | O presente trabalho, intitulado A Madeira e o Mundo: Ficção e História em João França e António Loja, visa explorar aspetos de um imaginário insular a partir de três romances históricos, com protagonistas e cenários madeirenses, escritos por dois autores originários do arquipélago da Madeira. Para tal, constituímos o corpus com os seguintes romances: por um lado, A Ilha e o Tempo, de 1972, e António e Isabel do Arco da Calheta, lançado em 1985, do escritor João França (1908-1996), obras literárias que podemos considerar como ficções de fundação (em prol de uma identidade regional do arquipélago da Madeira); por outro, o romance Regressos, editado em 2008 e materializado em dois volumes, de António Loja (1934), cujo enredo, ambientado na época da Restauração da Independência de Portugal, pode ser entendido como a ficção da autodeterminação dos povos e, concomitantemente, a ficção do direito à felicidade a que todo o ser humano aspira. Ficando assim explicada a seleção das obras em análise, o propósito da nossa abordagem é o de pensar as relações entre História e Ficção, contribuindo não somente para o reconhecimento de épocas historicamente significativas como também para o estudo do imaginário local que dialoga com o contexto insular e universal. Num primeiro passo, procuraremos entender a narrativa histórica para melhor apreender o corpus selecionado; seguidamente, debruçar-nos-emos sobre os textos de João França de modo a destacar o cenário histórico e as suas fontes em que assenta a narrativa de ficção, por forma, também, a valorizar uma escrita que tende para uma certa modernidade, fundada numa desassombrada consciência humanista e utópica; finalmente, analisaremos o romance Regressos, de António Loja, sublinhando nos seus diversos espaços retratados não somente o contexto madeirense, lugar onde começa (descontado o cenário de Coimbra do primeiro capítulo) e termina a ação romanesca, mas, sobretudo, relevando os vários países e regiões do mundo que o protagonista vai percorrer, o que permite à ficção romanesca encenar um diálogo com outras culturas e diferentes modos de pensamento. Este corpus permitir-nos-á, pois, mostrar a relação que ambos os escritores têm com a sua terra, com os costumes, com as suas gentes, mas, de igual modo, entender a preocupação em retratar uma realidade nacional e internacional, num século distante e num período conturbado da história que abrange o final do século XV e vai sensivelmente até meados do século XVII. |
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Para tal, constituímos o corpus com os seguintes romances: por um lado, A Ilha e o Tempo, de 1972, e António e Isabel do Arco da Calheta, lançado em 1985, do escritor João França (1908-1996), obras literárias que podemos considerar como ficções de fundação (em prol de uma identidade regional do arquipélago da Madeira); por outro, o romance Regressos, editado em 2008 e materializado em dois volumes, de António Loja (1934), cujo enredo, ambientado na época da Restauração da Independência de Portugal, pode ser entendido como a ficção da autodeterminação dos povos e, concomitantemente, a ficção do direito à felicidade a que todo o ser humano aspira. Ficando assim explicada a seleção das obras em análise, o propósito da nossa abordagem é o de pensar as relações entre História e Ficção, contribuindo não somente para o reconhecimento de épocas historicamente significativas como também para o estudo do imaginário local que dialoga com o contexto insular e universal. Num primeiro passo, procuraremos entender a narrativa histórica para melhor apreender o corpus selecionado; seguidamente, debruçar-nos-emos sobre os textos de João França de modo a destacar o cenário histórico e as suas fontes em que assenta a narrativa de ficção, por forma, também, a valorizar uma escrita que tende para uma certa modernidade, fundada numa desassombrada consciência humanista e utópica; finalmente, analisaremos o romance Regressos, de António Loja, sublinhando nos seus diversos espaços retratados não somente o contexto madeirense, lugar onde começa (descontado o cenário de Coimbra do primeiro capítulo) e termina a ação romanesca, mas, sobretudo, relevando os vários países e regiões do mundo que o protagonista vai percorrer, o que permite à ficção romanesca encenar um diálogo com outras culturas e diferentes modos de pensamento. Este corpus permitir-nos-á, pois, mostrar a relação que ambos os escritores têm com a sua terra, com os costumes, com as suas gentes, mas, de igual modo, entender a preocupação em retratar uma realidade nacional e internacional, num século distante e num período conturbado da história que abrange o final do século XV e vai sensivelmente até meados do século XVII.This work, entitled Madeira and the World: Fiction and History in João França and António Loja, aims to explore aspects of an imaginary island from three historical novels, with protagonists and Madeira scenarios, written by two authors originating in Madeira. To this end, we constitute the corpus with the following novels: on the one hand, A Ilha e o Tempo, de 1972, and António e Isabel do Arco da Calheta, released in 1985, writer João França (1908-1996), literary works that can be considered as founding fictions (in favor of a regional identity of the Madeira archipelago); on the other, the novel Regressos, published in 2008 and materialized in two volumes, António loja (1934), whose plot, set during the Restoration of Independence of Portugal, it can be understood as the fiction of self-determination and, concomitantly, the fiction of the right to happiness to which every human being aspires. Thus being explained the selection of the works in question, the purpose of our approach is to think about the relationship between history and fiction, contributing not only to the recognition of historically significant eras as well as for the study of imaginary place that dialogue with the island and universal context. In a first step, we seek to understand the historical narrative to better grasp the selected corpus; then, we will focus on João França texts in order to highlight the historical setting and the sources on which the fictional narrative, in order, also, to value a writing that tends to a certain modernity, founded a fearless humanist consciousness and utopian; finally, we will analyze the novel Regressos, of António Loja, emphasizing in its various spaces portrayed not only the Madeiran context, where starts ( discounting the scenario of Coimbra the first chapter ) and ends the novelistic action, but especially emphasizing the various countries and regions of the world that the protagonist will go, allowing the novelistic fiction stage a dialogue with other cultures and different ways of thinking. This corpus allows us to show the relationship that both writers have with their land, with customs, with people, but, equally, understand the concern to portray a national and international reality in a distant century and a troubled period of history covering the end of the fifteenth century and will significantly until the mid-seventeenth century.Rodrigues, Thierry Proença dosCoelho, Leonor MartinsDigitUMaRodrigues, José André Gonçalves2018-03-27T09:36:40Z2016-12-05T00:00:00Z2016-12-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/1874201834502porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:54:36Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/1874Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:04:38.451374Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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