A dor e o sofrimento e o preço oculto a pagar pela vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Rosa Maria Gonçalves de Sousa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2592
Resumo: O presente trabalho de investigação teve como objetivo conhecer as variáveis que estão associadas à dor crónica. Na primeira parte do trabalho pretendeu-se fazer uma abordagem histórica da Dor tendo em consideração os aspetos antropológicos, a fisiologia da Dor, características, formas de intervenção na Dor e o papel da relação de ajuda no acompanhamento de quem sofre de Dor crónica. O problema de investigação pretende conhecer quais as variáveis que estarão associadas à forma como a Dor é percecionada pelas pessoas que sofrem de dor crónica. Foi realizado um estudo de natureza quantitativa, de cariz exploratório e comparativo, com o objetivo de responder às questões de investigação. A amostra é constituída por um grupo de 123 participantes que sofrem de dor crónica, aos quais foi aplicado um Questionário Sociodemográfico e um Questionário de Perceção da Dor. Os resultados revelam que os homens têm tendência a sentir mais dor do que as mulheres, que as pessoas com crenças religiosas apresentam valores mais elevados na expressão da dor do que as pessoas sem crenças religiosas, que o grupo que toma medicação de forma permanente revela sentir mais dor, que as pessoas que sentem dor com mais frequência apresentam uma média de intensidade da dor superior. No que se refere à atenção por parte das instituições, verificou-se que o grupo que revela ter mais atenção institucional expressa um nível médio de dor mais elevado relativamente ao grupo que refere ter alguma atenção ou pouca atenção. Finalmente, no que se refere à forma de conciliar a vivência da dor com o desempenho profissional e o com os aspetos de ordem familiar, os resultados sugerem que quanto maior a dificuldade de conciliação maior a intensidade da dor é vivenciada. Concluímos salientando a importância do suporte social para a qualidade de vida de quem sofre de Dor crónica.
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