Cessação tabágica: um salto de acrobática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732012000500007 |
Resumo: | Introdução: A cessação tabágica é como um salto de acrobática. O médico de família tem a oportunidade de criar a pista atapetada (consulta após consulta), fornecer o trampolim (terapêutica) e, posteriormente, assistir ao salto daquele atleta (fumador) sobre a barra (dependência). Descrição do caso: Lia, 46 anos, com história de tabagismo (20 cigarros/dia). Em Fev/2010, vem à consulta de cessação tabágica. Está motivada e com Fagerström = 5 pontos. É cuidadora da mãe, doente com adenocarcinoma pulmonar, e indica o exemplo da mãe como a forte razão para cessação. Iniciou vareniclina. Perante as falhas sucessivas, marca-se uma consulta de avaliação familiar. Revela ter sido abandonada pela mãe aos 6 anos e que «sinto uma enorme culpa: não tenho compaixão pelo seu sofrimento». Realiza-se uma psicoterapia breve. Lia deixa de fumar 2 meses depois. Comentário: O caso revela o potencial diagnóstico e terapêutico de uma avaliação familiar. Consecutivas falhas fizeram suspeitar de algo naquela pista que impedia Lia de ganhar balanço. O desenrolar daquela vida criou uma pista comunicacional ansiolítica entre Lia e o seu médico. A avaliação permitiu detectar uma perturbação ansiosa latente, que dificultava o cumprimento do objectivo (o salto sobre a barra). |
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Cessação tabágica: um salto de acrobáticaCessação TabágicaAvaliação FamiliarAconselhamentoIntrodução: A cessação tabágica é como um salto de acrobática. O médico de família tem a oportunidade de criar a pista atapetada (consulta após consulta), fornecer o trampolim (terapêutica) e, posteriormente, assistir ao salto daquele atleta (fumador) sobre a barra (dependência). Descrição do caso: Lia, 46 anos, com história de tabagismo (20 cigarros/dia). Em Fev/2010, vem à consulta de cessação tabágica. Está motivada e com Fagerström = 5 pontos. É cuidadora da mãe, doente com adenocarcinoma pulmonar, e indica o exemplo da mãe como a forte razão para cessação. Iniciou vareniclina. Perante as falhas sucessivas, marca-se uma consulta de avaliação familiar. Revela ter sido abandonada pela mãe aos 6 anos e que «sinto uma enorme culpa: não tenho compaixão pelo seu sofrimento». Realiza-se uma psicoterapia breve. Lia deixa de fumar 2 meses depois. Comentário: O caso revela o potencial diagnóstico e terapêutico de uma avaliação familiar. Consecutivas falhas fizeram suspeitar de algo naquela pista que impedia Lia de ganhar balanço. O desenrolar daquela vida criou uma pista comunicacional ansiolítica entre Lia e o seu médico. A avaliação permitiu detectar uma perturbação ansiosa latente, que dificultava o cumprimento do objectivo (o salto sobre a barra).Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2012-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporttext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732012000500007Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.28 n.5 2012reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732012000500007Santos,José Agostinhoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:27:17Zoai:scielo:S2182-51732012000500007Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:32:01.830994Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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