Universidades, sistemas de inovação e coesão regional
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/13039 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objectivo contribuir para uma melhor compreensão do papel que as universidades, como agentes de desenvolvimento, podem desempenhar no reforço da capacidade competitiva dos tecidos sócio-económicos, num contexto de globalização e de rápidas mudanças tecnológicas e sociais. O trabalho assenta em quatro vertentes. A primeira, reconhece a inovação como motor do desenvolvimento no âmbito da economia do conhecimento e da aprendizagem e estabelece o quadro conceptual que sustenta a dimensão sistémica dos processos inovadores. Na segunda, elabora-se uma reflexão sobre o papel que as universidades podem desempenhar como agentes catalizadores de sistemas de inovação, abordando-se ainda as implicações que a concretização desse papel acarreta, os mecanismos de interacção e as barreiras que se levantam. A terceira vertente enfatiza a importância das universidades em contextos territoriais caracterizados pela sua fragilidade estrutural e institucional e discute o desenho de políticas de inovação e a relevância das especificidades territoriais. Finalmente, na quarta vertente, analisam-se oito casos de políticas e práticas de relacionamento entre a universidade e o tecido sócio-económico que evoluem em territórios marcados por grandes diferenças históricas, sociais, institucionais, económicas e culturais. Com base nas quatro vertentes acima enunciadas, conclui-se que a promoção de políticas de inovação que integrem apoios à relação universidade-sociedade se assumem como um meio relevante para criar um ambiente favorável à dinamização de processos de inovação social. Essas políticas podem constituir sinais evidentes de que a interacção entre as universidades e os tecidos sócio-económicos é valorizada pelo conjunto de elementos institucionais que configuram os sistemas de inovação. As conclusões do trabalho apontam também para a necessidade de envolver organismos de governo sub-nacionais, instituições públicas e privadas no desenho de políticas de inovação, visando a sua adequação às especificidades territoriais e a criação de uma visão partilhada do futuro regional. Conclui-se ainda que as políticas de apoio à relação universidade-sociedade devem fornecer orientações flexíveis que permitam às academias construir e implementar políticas e estratégias próprias. |
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Universidades, sistemas de inovação e coesão regionalPolítica de desenvolvimento regionaEsta dissertação tem por objectivo contribuir para uma melhor compreensão do papel que as universidades, como agentes de desenvolvimento, podem desempenhar no reforço da capacidade competitiva dos tecidos sócio-económicos, num contexto de globalização e de rápidas mudanças tecnológicas e sociais. O trabalho assenta em quatro vertentes. A primeira, reconhece a inovação como motor do desenvolvimento no âmbito da economia do conhecimento e da aprendizagem e estabelece o quadro conceptual que sustenta a dimensão sistémica dos processos inovadores. Na segunda, elabora-se uma reflexão sobre o papel que as universidades podem desempenhar como agentes catalizadores de sistemas de inovação, abordando-se ainda as implicações que a concretização desse papel acarreta, os mecanismos de interacção e as barreiras que se levantam. A terceira vertente enfatiza a importância das universidades em contextos territoriais caracterizados pela sua fragilidade estrutural e institucional e discute o desenho de políticas de inovação e a relevância das especificidades territoriais. Finalmente, na quarta vertente, analisam-se oito casos de políticas e práticas de relacionamento entre a universidade e o tecido sócio-económico que evoluem em territórios marcados por grandes diferenças históricas, sociais, institucionais, económicas e culturais. Com base nas quatro vertentes acima enunciadas, conclui-se que a promoção de políticas de inovação que integrem apoios à relação universidade-sociedade se assumem como um meio relevante para criar um ambiente favorável à dinamização de processos de inovação social. Essas políticas podem constituir sinais evidentes de que a interacção entre as universidades e os tecidos sócio-económicos é valorizada pelo conjunto de elementos institucionais que configuram os sistemas de inovação. As conclusões do trabalho apontam também para a necessidade de envolver organismos de governo sub-nacionais, instituições públicas e privadas no desenho de políticas de inovação, visando a sua adequação às especificidades territoriais e a criação de uma visão partilhada do futuro regional. Conclui-se ainda que as políticas de apoio à relação universidade-sociedade devem fornecer orientações flexíveis que permitam às academias construir e implementar políticas e estratégias próprias.This work aims to be a contribution for a better understanding of the role which universities, as agents of development, can play in reinforcing socio-economic competitive capacity under the pressure of globalization and rapid technological change. The work is based on four main parts: firstly, innovation is established as a motor of development in the economy of knowledge and learning. It is also developed the conceptual framework which sustains the systemic dimension of innovation. Secondly, the role that universities can play as catalysts of systems of innovation is addressed, as well as the inherent implications, mechanisms and barriers. Thirdly, the relevance of universities in territorial contexts characterised by their structural and institutional weakness is emphasised. The development of innovation policies and the need to have in mind territorial specificities is also approached. Finally, the work analyses eight case studies of policies and practices of university-society interaction, evolving in different territorial contexts. Based on this framework, the conclusion stresses the relevance of public policies to create a favourable environment for university-society relations. It is argued that these policies can emerge as signals of the high value that the set of institutions which support the systemic dimension of innovation attributes to the cooperation between universities and the socio-economic fabric. Moreover, there is the perception that sub-national government bodies and private and public institutions should be involved in the building up of these policies, in order to ensure their adequacy to territorial specificities, as well as to foster a shared view on regional futures. Finally, it is pointed out that there is scope for the design of public policies offering a guidance to universities, in a flexible way, in order to allow for the development and implementation of their own policies and strategies.Universidade de Aveiro2014-12-17T18:39:12Z2001-01-01T00:00:00Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/13039porRodrigues, Carlos Joséinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:23:51Zoai:ria.ua.pt:10773/13039Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:49:03.563064Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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