Montagem, Colagem, Justaposição; A Poesia Concreta como meio do Cinema

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Tiago José Miranda
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/89541
Resumo: O concretismo é o derradeiro episódio do modernismo sendo no Brasil que se manifestou com maior expressividade através dos grupos paulistas Noigandres e o Ruptura, promovendo espaços como a galeria, o museu e o espaço expositivo no escopo literário. Veio promover a função e o utilitarismo aliado à pureza da forma despojando-se de subjetividade atingindo a verbivocovisualidade - simbiose entre o verbo, a voz e a componente visual. Segundo Waldemar Cordeiro, a racionalidade da arte concreta é a fundamentação da sua objectividade, indo ao encontro do diálogo “forma-conteúdo-função” promovido pelo grupo Noigandres. Os objectos artísticos concretos são metareferenciais promovendo-se intermedialmente como uma experiência (Grünald, 1964, p. 136) indo ao encontro das linguagens dos meios. Os cine, video e os clip poemas vieram introduzir o concretismo na imagem em movimento. Face a uma evidente composição que integra elementos advindos de diversos media distintos, que redunda num e thos essencialmente plástico, imagético e m óvel da poética concretista, pretendemos indagar como este movimento se relaciona com o dispositivo do cinema. Com efeito, e à semelhança do que se verifica na obra poética, as incursões concretistas no cinema vêm demonstrar um re-pensamento das funções da arte, criando, através de uma exploração do signo (que é ao mesmo tempo linguístico e gráfico), uma fusão entre a produção artística e a reflexão teórica e, na esteira do entendimento de Raymond Bellour, um cinema do dispositivo. Assim, e tendo em conta que a metalinguagem é a proposta principal do Concretismo, pretendemos verificar como esta resulta, também, num meta-cinema.
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