Traceability of Portuguese white musts through molecular markers

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Cláudia Maria Alves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2089
Resumo: O continente Europeu reúne várias regiões vitivinícolas importantes possuindo uma longa história e tradição na área vitivinícola. Mundialmente, existem cerca de 16 000 variedades de Vitis vinifera L. Em Portugal a viticultura é extremamente rica em termos de recursos genéticos, com cerca de 300 variedades utilizadas na produção de vinho. A qualidade final de determinado vinho está intimamente correlacionada com as características intrínsecas encontradas nas variedades utilizadas na sua produção. Os vinhos monovarietais definem-se como sendo produzidos utilizando uma única variedade, no entanto, a adição de outras variedades são permitidas em percentagens definidas por lei. Este facto associado à inexistência de metodologias para detecção e quantificação varietal em mostos e vinhos podem conduzir a práticas fraudulentas. Para garantir a qualidade e autenticidade dos mostos/vinhos, é importante desenvolver metodologias adequadas para a detecção e identificação das variedades de videiras usadas na sua produção. Os objectivos deste trabalho foram desenvolver um método de extracção de ADN a partir de mostos e avaliar o uso de marcadores moleculares como os SSRs e os ISSRs na identificação varietal. Para este estudo foram escolhidas seis variedades brancas portuguesas (‘Alvarinho’, ‘Fernão Pires’, ‘Loureiro’, ‘Malvasia Fina’, ‘Moscatel Galego’ e ‘Viosinho’), considerando-se amostras de folhas e mostos monovarietais. O protocolo de extracção do ADN foi optimizado para os mostos. Os resultados mostraram que o ADN genómico obtido a partir de folhas e mostos monovarietais era amplificável utilizando marcadores moleculares do tipo SSRs e ISSRs. Foram seleccionados seis primers nucleares de SSRs, considerados como marcadores universais num projecto europeu, para a genotipagem da videira. A análise do dendrograma mostrou que todas as amostras (considerando o binómio folha/mosto) apresentavam o mesmo perfil para todos os SSRs estudados revelando uma similaridade genética de 1,00. Na totalidade, foram detectados 32 alelos, com uma média de 5,3 alelos por primer. Para as seis variedades analisadas, o marcador VVMD27 foi o mais discriminatório. Seleccionaram-se 14 primers ISSRs para caracterizar as seis variedades de videira escolhidas considerando folhas e mostos monovarietais. Os produtos amplificados foram utilizados para avaliar a reprodutibilidade e o nível de polimorfismo. Todos os primers ISSRs apresentaram bandas polimórficas. O dendrograma, obtido utilizando o coeficiente SM, apresentou dois grupos principais embora não tenha sido possível encontrar uma correspondência entre as folhas e os mostos. Ambas as metodologias utilizadas foram capazes de caracterizar as variedades estudadas, embora os resultados obtidos com os marcadores moleculares SSRs tivessem sido inequívocos quando comparados com os encontrados para os ISSRs. O presente estudo demonstrou que é possível utilizando métodos baseados no ADN (marcadores SSRs) fazer uma correcta identificação varietal e que esta metodologia poderá ser utilizada no controle de qualidade, certificação e rastreabilidade do mosto protegendo os consumidores contra falsificações e assim promover um comércio justo entre pares.
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Para garantir a qualidade e autenticidade dos mostos/vinhos, é importante desenvolver metodologias adequadas para a detecção e identificação das variedades de videiras usadas na sua produção. Os objectivos deste trabalho foram desenvolver um método de extracção de ADN a partir de mostos e avaliar o uso de marcadores moleculares como os SSRs e os ISSRs na identificação varietal. Para este estudo foram escolhidas seis variedades brancas portuguesas (‘Alvarinho’, ‘Fernão Pires’, ‘Loureiro’, ‘Malvasia Fina’, ‘Moscatel Galego’ e ‘Viosinho’), considerando-se amostras de folhas e mostos monovarietais. O protocolo de extracção do ADN foi optimizado para os mostos. Os resultados mostraram que o ADN genómico obtido a partir de folhas e mostos monovarietais era amplificável utilizando marcadores moleculares do tipo SSRs e ISSRs. Foram seleccionados seis primers nucleares de SSRs, considerados como marcadores universais num projecto europeu, para a genotipagem da videira. A análise do dendrograma mostrou que todas as amostras (considerando o binómio folha/mosto) apresentavam o mesmo perfil para todos os SSRs estudados revelando uma similaridade genética de 1,00. Na totalidade, foram detectados 32 alelos, com uma média de 5,3 alelos por primer. Para as seis variedades analisadas, o marcador VVMD27 foi o mais discriminatório. Seleccionaram-se 14 primers ISSRs para caracterizar as seis variedades de videira escolhidas considerando folhas e mostos monovarietais. Os produtos amplificados foram utilizados para avaliar a reprodutibilidade e o nível de polimorfismo. Todos os primers ISSRs apresentaram bandas polimórficas. O dendrograma, obtido utilizando o coeficiente SM, apresentou dois grupos principais embora não tenha sido possível encontrar uma correspondência entre as folhas e os mostos. Ambas as metodologias utilizadas foram capazes de caracterizar as variedades estudadas, embora os resultados obtidos com os marcadores moleculares SSRs tivessem sido inequívocos quando comparados com os encontrados para os ISSRs. O presente estudo demonstrou que é possível utilizando métodos baseados no ADN (marcadores SSRs) fazer uma correcta identificação varietal e que esta metodologia poderá ser utilizada no controle de qualidade, certificação e rastreabilidade do mosto protegendo os consumidores contra falsificações e assim promover um comércio justo entre pares.Europe assembles several vitiviniculture important regions, with an old history and tradition in this area. Worldwide, there are about 16 000 Vitis vinifera L. varieties. Portugal’s viticulture is exceptionally rich in what concerns genetic resources, having approximately 300 varieties used in wine production. Wine quality is highly correlated with intrinsic characteristics specific of the varieties used in its production. Monovarietal wines are defined as made from a unique variety, nevertheless, the addition of other varieties is allowed under legally defined percentages. This fact associated with the nonexistence of methodologies for varietal detection and quantification in musts and wines may lead to fraudulent practices. To assure must/wine quality and authenticity it is important to develop suitable methodologies for grapevine varieties detection and identification in these matrices. The aims of this study were to develop a technique for DNA extraction from musts and to evaluate the potential use of SSRs and ISSRs markers in must varietal identification. Six Portuguese white varieties (‘Alvarinho’, ‘Fernão Pires’, ‘Loureiro’, ‘Malvasia Fina’, ‘Moscatel Galego’ and ‘Viosinho’), considering leaf and monovarietal must, were chosen for this study. A DNA extraction protocol was optimized for must. Results showed that genomic DNA obtained from leaves and monovarietal must samples was suitable for SSR and ISSR amplification. Six nuclear primers, considered as universal markers for grapevine genotyping were chosen. Dendrogram resulting from UPGMA analyses revealed that all leaf and must samples have exactly the same profile for all SSR studied revealing a genetic similarity of 1.00. A total of 32 alleles were detected, with an average of 5.3 alleles per primer. For the six varieties analyzed, the most discriminatory marker was VVMD27. Fourteen ISSR primers were selected to characterize six white grape varieties considering both leaf and monovarietal must samples. Amplified products were used to evaluate the reproducibility and the level of polymorphism. All ISSR primers showed a high number of polymorphic bands. The dendrogram obtained using SM coefficient presented two main clusters although there was not a correspondence between leaf and monovarietal must samples. Both DNA typing based methodologies were able to distinguish between the varieties studied although the results obtained with SSR molecular markers were unambiguous when compared with the ones found for ISSR markers. The current study showed that it may be possible to use DNA fingerprinting (SSR) for must varietal identification and this type of markers may be used for quality control, certification and traceability purposes protecting consumers against misleading information and promoting a fair trade.2012-09-24T09:18:01Z2009-01-01T00:00:00Z2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2089engmetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessBatista, Cláudia Maria Alvesreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:30:57Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2089Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:37.446164Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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