Formação superior e deontologia do jornalismo na legislação: representações sociais dos profissionais dessa atividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/4861 |
Resumo: | Esta pesquisa, iniciada em janeiro de 2010 e concluída em março de 2012, discorreu sobre uma análise documental e de representações sociais a respeito da deontologia da profissão de Jornalismo. Neste sentido, fizemos um levantamento histórico e de legislação na atividade, entrevistamos 20 profissionais em exercício e com maturidade jornalística e questionamos 10 unidades de trabalho em Campina Grande - PB. A pesquisa objetivou identificar e mostrar a realidade deontológica da profissão jornalística. Ela visou contribuir com a prática jornalística, tendo como base a autorregulação contida nas normas legais do Jornalismo. A atividade tem se confundido, há mais de um século, com vários ramos da Comunicação Social e provocado uma distorção de identidade, apesar da histórica evolução do ensino superior. Este problema, consequentemente, provocou abertura à inconstitucionalidade da profissão, facilitando assim a revogação da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, por determinação judicial. O trabalho identificou ainda que o imbróglio deontológico tem como força propulsora quatro partes interessadas: jornalistas formados, jornalistas não formados, empresas e Estado. Dessa colisão de interesses emerge um discurso tautológico em torno da “liberdade de expressão”, tornando visível uma lacuna entre a teoria e a prática jornalística, o interesse público e a realidade nas redações de notícias, a ética na profissão e o comportamento profissional. De acordo com o direcionamento dos sujeitos da pesquisa, há uma desconformidade das representações sociais dos jornalistas em relação ao norte do Jornalismo, o que tem atrapalhado a sua desenvoltura como atividade única. Por este motivo fica evidente a necessidade urgente de se conceber um Jornalismo como parte da Comunicação Social, retirando da sua concepção a confusão de sentidos relativa à sua nomenclatura, ofuscada por outras atividades. Para isso, necessário se faz um realinhamento na deontologia jornalística para que o seu papel social também seja redefinido, tomando por base a sua legislação, códigos, normas e leis pertinentes. Concluindo, observou-se uma desconstrução na definição do conceito sobre a profissão e, consequentemente, uma confusão deontológica na atividade ao longo da sua existência, o que tem causado desencontro e desorientação funcional. O trabalho apontou ainda para um erro de interpretação quanto ao conceito de Jornalismo. |
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Formação superior e deontologia do jornalismo na legislação: representações sociais dos profissionais dessa atividadeEDUCAÇÃOFORMAÇÃO PROFISSIONALDEONTOLOGIA PROFISSIONALJORNALISMOBRASILCAMPINA GRANDEMESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃOEDUCATIONVOCATIONAL TRAININGPROFESSIONAL DEONTOLOGYJOURNALISMBRAZILEsta pesquisa, iniciada em janeiro de 2010 e concluída em março de 2012, discorreu sobre uma análise documental e de representações sociais a respeito da deontologia da profissão de Jornalismo. Neste sentido, fizemos um levantamento histórico e de legislação na atividade, entrevistamos 20 profissionais em exercício e com maturidade jornalística e questionamos 10 unidades de trabalho em Campina Grande - PB. A pesquisa objetivou identificar e mostrar a realidade deontológica da profissão jornalística. Ela visou contribuir com a prática jornalística, tendo como base a autorregulação contida nas normas legais do Jornalismo. A atividade tem se confundido, há mais de um século, com vários ramos da Comunicação Social e provocado uma distorção de identidade, apesar da histórica evolução do ensino superior. Este problema, consequentemente, provocou abertura à inconstitucionalidade da profissão, facilitando assim a revogação da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, por determinação judicial. O trabalho identificou ainda que o imbróglio deontológico tem como força propulsora quatro partes interessadas: jornalistas formados, jornalistas não formados, empresas e Estado. Dessa colisão de interesses emerge um discurso tautológico em torno da “liberdade de expressão”, tornando visível uma lacuna entre a teoria e a prática jornalística, o interesse público e a realidade nas redações de notícias, a ética na profissão e o comportamento profissional. De acordo com o direcionamento dos sujeitos da pesquisa, há uma desconformidade das representações sociais dos jornalistas em relação ao norte do Jornalismo, o que tem atrapalhado a sua desenvoltura como atividade única. Por este motivo fica evidente a necessidade urgente de se conceber um Jornalismo como parte da Comunicação Social, retirando da sua concepção a confusão de sentidos relativa à sua nomenclatura, ofuscada por outras atividades. Para isso, necessário se faz um realinhamento na deontologia jornalística para que o seu papel social também seja redefinido, tomando por base a sua legislação, códigos, normas e leis pertinentes. Concluindo, observou-se uma desconstrução na definição do conceito sobre a profissão e, consequentemente, uma confusão deontológica na atividade ao longo da sua existência, o que tem causado desencontro e desorientação funcional. O trabalho apontou ainda para um erro de interpretação quanto ao conceito de Jornalismo.This research, initiated in January 2010 and completed in March 2012, discussed a documentary analysis and social representations about the ethics of the profession of journalism. In this sense, we did a survey and history of legislation in the activity, we interviewed 20 professionals acting with maturity and journalistic question and 10 units of work in Campina Grande - PB. The research aimed to identify and show the reality ethics of the journalistic profession, seeking correction of his practice, based on self-regulation contained in its relevant legal rules. The activity has been confused, for over a century, with various branches of the media and caused a distortion of identity, despite the historical evolution of higher education. This problem consequently led to the opening unconstitutionality of the profession, thus facilitating the repeal of the mandatory diploma in journalism for the profession, by court order. The study also identified that the ethics imbroglio has the driving force four interested parties: journalists trained, not trained journalists, companies and state. This collision of interests emerges a tautological discourse around the "freedom of expression", making a visible gap between the theory and practice of journalism, public interest and reality in newsrooms news, ethics and professional conduct in the profession. Under the direction of the research subjects, there is an incompatibility of the social representations of journalists in relation to the north of Journalism, which has hampered their resourcefulness as single activity. For this reason it is evident the urgent need to devise a Journalism as part of Social Communication, withdrawing from conception confusion of meanings on their nomenclature, overshadowed by other activities. For this, you do need a realignment in journalistic ethics for its social role is also redefined, based on its laws, codes, rules and laws. In conclusion, we observed a deconstruction in the definition of the profession and hence confusion deontological activity throughout its existence, which has caused functional divergence and disorientation. The study also pointed to a misunderstanding about the concept of Journalism.2014-05-30T15:29:09Z2013-01-01T00:00:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/4861porSilva, António Ribeiro dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:03:41Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/4861Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:11:50.823541Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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