Caracterização de argamassas de terra e cal para refechamento de juntas de alvenaria de pedra no Vale das Lobas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Pedro Filipe da Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/20686
Resumo: A Norte de Portugal, existem vários edifícios antigos cujas paredes são feitas em alvenaria de blocos de granito, assentes e com juntas tratadas com argamassas só de terra, de terra e cal aérea ou só de cal aérea. Particularmente as do primeiro tipo, apresentavam baixa durabilidade quando aplicadas em juntas à vista e expostas aos agentes atmosféricos. No entanto, com o uso generalizado do cimento no último século, grande parte das argamassas com estes ligantes foram substituídas por argamassas de cimento, com desvantagens para a durabilidade da pedra das alvenarias. Inicialmente as preocupações relativas à compatibilidade entre materiais e, mais recentemente, à eco-eficiência da construção (e reabilitação), tornam viável nos dias de hoje dar continuidade ao estudo e à utilização destes materiais, não só como revestimento, mas também como parte integrante da alvenaria da parede. Tendo em conta o referido, o objetivo deste trabalho foi desenvolver uma argamassa para refechamento de juntas à base de materiais, tanto quanto possível do local (terra, areia, cal aérea e/ou pozolana artificial), para a reabilitação das alvenarias de granito de um edifício antigo de alvenaria de granito, situado no distrito da Guarda, concelho de Forno de Algodres, no Vale das Lobas. Para isso foram estudadas seis formulações de argamassas variando o tipo e proporção dos materiais referidos, que foram caracterizadas no estado fresco e no estado endurecido: três de cal, terra e areia; uma só de terra e areia; duas de cal e areia, tendo uma destas a adição de resíduos cerâmicos. Os resultados mostram que, tal como esperado, as argamassas só de terra não apresentam resultados desejáveis quando submetidos a ensaios com ação da água, apresentando melhorias quando misturadas com cal. As resistências mecânicas, diminuem com o aumento da quantidade de terra. A adição de resíduos cerâmicos à argamassa de cal revelou melhorias em termos de resistências mecânicas, mas comprometeu a absorção de água a baixas pressões.
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