Pesquisa e quantificação do transcrito BCR-ABL em amostras de sangue total, neutrófilos e células CD34+: sua relação com a resposta à terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Ana Raquel da Silva Gonçalves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/22718
Resumo: Introdução: Atualmente, o tratamento da Leucemia mielóide crónica (LMC) baseia-se na utilização de inibidores tirosina-cinase que inibem a proteína oncogénica BCR-ABL. A avaliação da resposta à terapêutica é efetuada, de acordo com recomendações internacionais, através da monitorização da percentagem de transcritos BCR-ABL no sangue total. [23] Objetivos: Quantificar, num grupo de doentes com LMC, os níveis de transcritos BCR-ABL nas populações de neutrófilos e células CD34+ isoladas por cell-sorting e comparar com os resultados obtidos em amostras de sangue total. Material e métodos: Foram estudados 15 doentes com LMC, sob tratamento com imatinib, 6 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A média de idade ao diagnóstico foi de 56 anos (42-85 anos). As amostras utilizadas foram sangue total e populações de neutrófilos e células CD34+ separadas por cell-sorting. A pesquisa e quantificação dos transcritos BCR-ABL foram efetuadas por PCR Multiplex e PCR em Tempo Real Quantitativo (RQ-PCR), respetivamente. Resultados: Foram detetados transcritos BCR-ABL em 6 amostras de cDNA de sangue total. Nos neutrófilos e CD34+, apenas 2 amostras de cDNA apresentavam transcritos detetáveis. Observou-se uma ligeira correlação positiva entre o número de cópias de ABL no sangue total e neutrófilos. Não foram detetadas cópias de BCR-ABL em 6 amostras de neutrófilos e em 7 amostras de CD34+. Verificou-se uma correlação positiva estatisticamente significativa em relação ao número de cópias BCR-ABL para os valores de sangue total, neutrófilos e CD34+. A média de %BCR-ABL/ABL foi de 1,94% em sangue total, com 1 doente com uma %BCR-ABL/ABL>10%, 3 doentes entre 1-10%, 9 doentes <0,1% e num 1 doente não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nos neutrófilos, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 32,39%, 6 doentes apresentavam uma %BCR-ABL/ABL>10%, 2 doentes entre 1-10%, 1 doente <0,1% e em 6 doentes não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nas células CD34+, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 37,3625%, 5 doentes com %BCR-ABL/ABL>10%, 1 doente entre 1-10%, 2 doentes <0,1% e 7 doentes com %BCR-ABL/ABL indeterminadas. Ainda assim, observou-se uma correlação positiva entre os valores obtidos no sangue total e neutrófilos (p<0,0001, r=0,9412) e uma correlação ligeira entre os valores de neutrófilos e CD34+ (p=0,044, r=0,52). Globalmente, a %BCR-ABL/ABL determinada em sangue total foi inferior à obtida quando avaliada em neutrófilos e células CD34+. Discussão: Na quantificação do BCR-ABL, observou-se uma discrepância entre o número de cópias de ABL, sendo muito superiores nas amostras de sangue total. Estas diferenças podem ser justificadas por um rendimento significativamente inferior no processo de extração de RNA nas amostras obtidas após por separação celular, em comparação com as amostras preparadas a partir de sangue total. Em relação à %BCR-ABL/ABL, nas amostras de sangue total, os doentes com maior percentagem de transcritos nas amostras de sangue total são aqueles que apresentavam menor tempo de tratamento. Nas amostras de cell-sorting, em 8 doentes, a %BCR-ABL/ABL foi superior à obtida em sangue total. Em 3 amostras de células CD34+ e neutrófilos, de doentes com RM>4.0, verificou-se que a %BCR-ABL/ABL e o número de transcritos BCR-ABL apresentaram resultados superiores em relação às amostras de sangue total. Deste modo, revelaram-se resultados interessantes, no caso de estes doentes serem futuros candidatos a interromperem a terapêutica. Conclusão: A determinação da expressão de BCR-ABL em células CD34+ poderá ser um dado adicional importante para avaliar os doentes enquanto potenciais candidatos a paragem terapêutica. No entanto, serão necessários mais estudos para confirmar estes achados e avaliar qual a sua utilidade no diagnóstico e eventual estratégia terapêutica.
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spelling Pesquisa e quantificação do transcrito BCR-ABL em amostras de sangue total, neutrófilos e células CD34+: sua relação com a resposta à terapêuticaLeucemia Mieloide CrónicaInibidores das tirosina-quinasesImatinibNeutrófilosCD34+Ciências MédicasIntrodução: Atualmente, o tratamento da Leucemia mielóide crónica (LMC) baseia-se na utilização de inibidores tirosina-cinase que inibem a proteína oncogénica BCR-ABL. A avaliação da resposta à terapêutica é efetuada, de acordo com recomendações internacionais, através da monitorização da percentagem de transcritos BCR-ABL no sangue total. [23] Objetivos: Quantificar, num grupo de doentes com LMC, os níveis de transcritos BCR-ABL nas populações de neutrófilos e células CD34+ isoladas por cell-sorting e comparar com os resultados obtidos em amostras de sangue total. Material e métodos: Foram estudados 15 doentes com LMC, sob tratamento com imatinib, 6 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A média de idade ao diagnóstico foi de 56 anos (42-85 anos). As amostras utilizadas foram sangue total e populações de neutrófilos e células CD34+ separadas por cell-sorting. A pesquisa e quantificação dos transcritos BCR-ABL foram efetuadas por PCR Multiplex e PCR em Tempo Real Quantitativo (RQ-PCR), respetivamente. Resultados: Foram detetados transcritos BCR-ABL em 6 amostras de cDNA de sangue total. Nos neutrófilos e CD34+, apenas 2 amostras de cDNA apresentavam transcritos detetáveis. Observou-se uma ligeira correlação positiva entre o número de cópias de ABL no sangue total e neutrófilos. Não foram detetadas cópias de BCR-ABL em 6 amostras de neutrófilos e em 7 amostras de CD34+. Verificou-se uma correlação positiva estatisticamente significativa em relação ao número de cópias BCR-ABL para os valores de sangue total, neutrófilos e CD34+. A média de %BCR-ABL/ABL foi de 1,94% em sangue total, com 1 doente com uma %BCR-ABL/ABL>10%, 3 doentes entre 1-10%, 9 doentes <0,1% e num 1 doente não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nos neutrófilos, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 32,39%, 6 doentes apresentavam uma %BCR-ABL/ABL>10%, 2 doentes entre 1-10%, 1 doente <0,1% e em 6 doentes não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nas células CD34+, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 37,3625%, 5 doentes com %BCR-ABL/ABL>10%, 1 doente entre 1-10%, 2 doentes <0,1% e 7 doentes com %BCR-ABL/ABL indeterminadas. Ainda assim, observou-se uma correlação positiva entre os valores obtidos no sangue total e neutrófilos (p<0,0001, r=0,9412) e uma correlação ligeira entre os valores de neutrófilos e CD34+ (p=0,044, r=0,52). Globalmente, a %BCR-ABL/ABL determinada em sangue total foi inferior à obtida quando avaliada em neutrófilos e células CD34+. Discussão: Na quantificação do BCR-ABL, observou-se uma discrepância entre o número de cópias de ABL, sendo muito superiores nas amostras de sangue total. Estas diferenças podem ser justificadas por um rendimento significativamente inferior no processo de extração de RNA nas amostras obtidas após por separação celular, em comparação com as amostras preparadas a partir de sangue total. Em relação à %BCR-ABL/ABL, nas amostras de sangue total, os doentes com maior percentagem de transcritos nas amostras de sangue total são aqueles que apresentavam menor tempo de tratamento. Nas amostras de cell-sorting, em 8 doentes, a %BCR-ABL/ABL foi superior à obtida em sangue total. Em 3 amostras de células CD34+ e neutrófilos, de doentes com RM>4.0, verificou-se que a %BCR-ABL/ABL e o número de transcritos BCR-ABL apresentaram resultados superiores em relação às amostras de sangue total. Deste modo, revelaram-se resultados interessantes, no caso de estes doentes serem futuros candidatos a interromperem a terapêutica. Conclusão: A determinação da expressão de BCR-ABL em células CD34+ poderá ser um dado adicional importante para avaliar os doentes enquanto potenciais candidatos a paragem terapêutica. No entanto, serão necessários mais estudos para confirmar estes achados e avaliar qual a sua utilidade no diagnóstico e eventual estratégia terapêutica.Introduction: Currently, CML treatment is based on the use of tyrosine kinase inhibitors that inhibit oncogenic protein BCR-ABL. Assessment of response to therapy is performed according to international recommendations by monitoring the percentage of BCR-ABL transcripts in whole blood. [23] Objectives: In a group of patients with chronic myeloid leukemia, quantify levels of BCR-ABL transcripts in neutrophil and CD34+ isolated cells by cell-sorting and compare with the results obtained in whole blood samples.Material and methods: Fifteen patients with CML under treatment with imatinib, 6 females and 9 males were studied. The average age at diagnosis was 56 years (42-85 years). The samples used were whole blood and neutrophil and CD34+ cells separated by cell-sorting. The research and quantification of the BCR-ABL transcripts were performed by PCR Multiplex and Real-time Quantitative PCR (RQ-PCR), respectively.Results: BCR-ABL transcripts were detected in 6 whole blood cDNA samples. In neutrophils and CD34 +, only 2 cDNA samples had detectable transcripts. There was a slight positive correlation between the number of copies of ABL in whole blood and neutrophils. No copies of BCR-ABL were detected in 6 neutrophil samples and in 7 CD34+ samples. There was a statistically significant positive correlation with BCR-ABL copy numbers for whole blood, neutrophil and CD34+ values. The average of %BCR-ABL/ABL was 1.94% in whole blood, with 1 patient with a %BCR-ABL/ABL>10%, 3 patients between 1-10%, 9 patients <0.1% and in respect of 1 patient it was not possible to determine the %BCR-ABL/ABL. In neutrophils, the average %BCR-ABL/ABL was 32.39%, 6 patients had a %BCR-ABL/ABL> 10%, 2 patients between 1-10%, 1 patient <0.1% and in respect of 6 patients it was not possible to determine the %BCR-ABL/ABL. In CD34+ cells, average %BCR-ABL/ABL was 37.3625%, 5 patients with a %BCR-ABL/ABL>10%, 1 patient between 1-10%, 2 patients <0.1% and 7 patients with %BCR-ABL/ABL indeterminate. Nevertheless, a positive correlation was observed between values obtained in whole blood and neutrophils (p<0,0001, r=0,9412) and a slight correlation between neutrophil and CD34+ values (p=0,044, r=0,52). Overall, the %BCR-ABL/ABL determined in whole blood was lower than that obtained when evaluated on neutrophils and CD34+ cells. Discussion: In the BCR-ABL quantification, a discrepancy between the number of ABL copies was observed, being much higher in the whole blood samples. These differences can be justified by a significant lower yield in the RNA extraction process in the samples obtained after cell separation compared to the samples prepared from whole blood. Regarding %BCR-ABL/ABL, in the whole blood samples, the patients with the highest percentage of transcripts in the whole blood samples were those with the shortest treatment time. In the cell-sorting samples, in 8 patients, %BCR-ABL/ABL was higher than that obtained in whole blood. In 3 samples of CD34+ and neutrophil cells from patients with RM>4.0, %BCR-ABL/ABL and the number of BCR-ABL transcripts were found to have superior results compared to the whole blood samples.Thus, interesting results were shown in case these patients are considered as future candidates to discontinue therapy. Conclusion: Determination of BCR-ABL expression in CD34+ cells may be an important additional data to evaluate potential patients who are candidates for stopping therapy. However, further studies will be needed to confirm these findings and to evaluate their usefulness in diagnosis and eventual therapeutic strategy.Paiva, Artur AugustoRepositório ComumCarvalho, Ana Raquel da Silva Gonçalves2018-05-03T12:07:17Z20182018-01-01T00:00:00Z2018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/22718202127141porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T15:40:18Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/22718Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:16:06.211397Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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description Introdução: Atualmente, o tratamento da Leucemia mielóide crónica (LMC) baseia-se na utilização de inibidores tirosina-cinase que inibem a proteína oncogénica BCR-ABL. A avaliação da resposta à terapêutica é efetuada, de acordo com recomendações internacionais, através da monitorização da percentagem de transcritos BCR-ABL no sangue total. [23] Objetivos: Quantificar, num grupo de doentes com LMC, os níveis de transcritos BCR-ABL nas populações de neutrófilos e células CD34+ isoladas por cell-sorting e comparar com os resultados obtidos em amostras de sangue total. Material e métodos: Foram estudados 15 doentes com LMC, sob tratamento com imatinib, 6 do sexo feminino e 9 do sexo masculino. A média de idade ao diagnóstico foi de 56 anos (42-85 anos). As amostras utilizadas foram sangue total e populações de neutrófilos e células CD34+ separadas por cell-sorting. A pesquisa e quantificação dos transcritos BCR-ABL foram efetuadas por PCR Multiplex e PCR em Tempo Real Quantitativo (RQ-PCR), respetivamente. Resultados: Foram detetados transcritos BCR-ABL em 6 amostras de cDNA de sangue total. Nos neutrófilos e CD34+, apenas 2 amostras de cDNA apresentavam transcritos detetáveis. Observou-se uma ligeira correlação positiva entre o número de cópias de ABL no sangue total e neutrófilos. Não foram detetadas cópias de BCR-ABL em 6 amostras de neutrófilos e em 7 amostras de CD34+. Verificou-se uma correlação positiva estatisticamente significativa em relação ao número de cópias BCR-ABL para os valores de sangue total, neutrófilos e CD34+. A média de %BCR-ABL/ABL foi de 1,94% em sangue total, com 1 doente com uma %BCR-ABL/ABL>10%, 3 doentes entre 1-10%, 9 doentes <0,1% e num 1 doente não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nos neutrófilos, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 32,39%, 6 doentes apresentavam uma %BCR-ABL/ABL>10%, 2 doentes entre 1-10%, 1 doente <0,1% e em 6 doentes não foi possível determinar a %BCR-ABL/ABL. Nas células CD34+, a média de %BCR-ABL/ABL foi de 37,3625%, 5 doentes com %BCR-ABL/ABL>10%, 1 doente entre 1-10%, 2 doentes <0,1% e 7 doentes com %BCR-ABL/ABL indeterminadas. Ainda assim, observou-se uma correlação positiva entre os valores obtidos no sangue total e neutrófilos (p<0,0001, r=0,9412) e uma correlação ligeira entre os valores de neutrófilos e CD34+ (p=0,044, r=0,52). Globalmente, a %BCR-ABL/ABL determinada em sangue total foi inferior à obtida quando avaliada em neutrófilos e células CD34+. Discussão: Na quantificação do BCR-ABL, observou-se uma discrepância entre o número de cópias de ABL, sendo muito superiores nas amostras de sangue total. Estas diferenças podem ser justificadas por um rendimento significativamente inferior no processo de extração de RNA nas amostras obtidas após por separação celular, em comparação com as amostras preparadas a partir de sangue total. Em relação à %BCR-ABL/ABL, nas amostras de sangue total, os doentes com maior percentagem de transcritos nas amostras de sangue total são aqueles que apresentavam menor tempo de tratamento. Nas amostras de cell-sorting, em 8 doentes, a %BCR-ABL/ABL foi superior à obtida em sangue total. Em 3 amostras de células CD34+ e neutrófilos, de doentes com RM>4.0, verificou-se que a %BCR-ABL/ABL e o número de transcritos BCR-ABL apresentaram resultados superiores em relação às amostras de sangue total. Deste modo, revelaram-se resultados interessantes, no caso de estes doentes serem futuros candidatos a interromperem a terapêutica. Conclusão: A determinação da expressão de BCR-ABL em células CD34+ poderá ser um dado adicional importante para avaliar os doentes enquanto potenciais candidatos a paragem terapêutica. No entanto, serão necessários mais estudos para confirmar estes achados e avaliar qual a sua utilidade no diagnóstico e eventual estratégia terapêutica.
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