Indicadores de Prognóstico da Carcinogénese do Colo do Útero Associada à Infeção por Vírus do Papiloma Humano
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/1772 |
Resumo: | [PT] Introdução/Objetivos: A infeção persistente pelo Vírus do Papiloma Humano de alto risco (HPVar) é considerada como a causa necessária, embora não suficiente, para o desenvolvimento do cancro do colo do útero, sugerindo que outros fatores estarão envolvidos no processo de carcinogénese. Este estudo pretendeu avaliar indicadores de prognóstico da persistência da infeção por HPV, nomeadamente o estado físico e a carga viral dos HPV 16 e 18 e a superexpressão dos transcritos do RNAm dos HPV 16, 18, 31, 33 e 45, num grupo de mulheres com ou sem sintomatologia clínica e citopatológica. Material e Métodos: Foram estudadas 378 alíquotas de células epiteliais congeladas pertencentes a utentes dos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde e de clínicas privadas, referenciadas para teste HPV, entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2010. De acordo com o diagnóstico citopatológico, foram definidos cinco grupos: normal, ASCUS, LSIL, HSIL e carcinoma invasivo do colo do útero. Para a determinação do estado físico do DNA e da carga viral dos HPV 16 e 18 foi utilizada metodologia de PCR em tempo real, e para a superexpressão dos transcritos dos oncogenes E6 e E7 o sistema comercial NucliSENS EasyQ HPV. Os indicadores foram analisados em associação com os tipos de lesão do colo do útero. Para a análise estatística foi utilizado o o programa informático SPSS versão 16.0 e o teste de Chi-Quadrado. Resultados: Os resultados mostraram ausência de associação estatisticamente significativa entre a gravidade da lesão e o estado físico do DNA dos HPV 16 e 18. A superexpressão dos transcritos do RNAm E6/E7 e a carga viral dos HPV 16 e 18 aumentaram significativamente em função do grau da lesão. Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que a determinação do estado físico do DNA dos HPV 16 e 18, isoladamente, não constitui um indicador de prognóstico para o desenvolvimento e progressão das lesões. A superexpressão dos transcritos dos oncogenes E6 e E7 está associada à progressão das lesões do colo do útero e apresenta maior especificidade no diagnóstico precoce das lesões pré-malignas. A quantificação do DNA dos HPVar pode ser um indicador promissor de prognóstico das lesões pré-neoplásicas do colo do útero. |
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Material e Métodos: Foram estudadas 378 alíquotas de células epiteliais congeladas pertencentes a utentes dos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde e de clínicas privadas, referenciadas para teste HPV, entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2010. De acordo com o diagnóstico citopatológico, foram definidos cinco grupos: normal, ASCUS, LSIL, HSIL e carcinoma invasivo do colo do útero. Para a determinação do estado físico do DNA e da carga viral dos HPV 16 e 18 foi utilizada metodologia de PCR em tempo real, e para a superexpressão dos transcritos dos oncogenes E6 e E7 o sistema comercial NucliSENS EasyQ HPV. Os indicadores foram analisados em associação com os tipos de lesão do colo do útero. Para a análise estatística foi utilizado o o programa informático SPSS versão 16.0 e o teste de Chi-Quadrado. Resultados: Os resultados mostraram ausência de associação estatisticamente significativa entre a gravidade da lesão e o estado físico do DNA dos HPV 16 e 18. A superexpressão dos transcritos do RNAm E6/E7 e a carga viral dos HPV 16 e 18 aumentaram significativamente em função do grau da lesão. Conclusões: Os resultados obtidos sugerem que a determinação do estado físico do DNA dos HPV 16 e 18, isoladamente, não constitui um indicador de prognóstico para o desenvolvimento e progressão das lesões. A superexpressão dos transcritos dos oncogenes E6 e E7 está associada à progressão das lesões do colo do útero e apresenta maior especificidade no diagnóstico precoce das lesões pré-malignas. A quantificação do DNA dos HPVar pode ser um indicador promissor de prognóstico das lesões pré-neoplásicas do colo do útero.[ENG] INTRODUCTION/OBJECTIVE: Persistent infection with high-risk human papillomavirus (HPV) types is a necessary cause for cervical cancer development. The aim of this study was to evaluate the significance of different molecular markers for cervical carcinogenesis, and to assess their association with cervical intraepithelial neoplasia. MATERIALS AND METHODS: 378 cervical samples from women attending to primary Health Clinics of the National Health Service and Gynaecological Outpatient Clinics and referred for HPV testing were analyzed between between January 2007 and December 2010. According to cytological diagnosis, five groups were defined: normal, ASCUS, LSIL, HSIL, and ICC. For the determination of viral DNA physical status was performed by using a real-time PCR methodology, over expression of E6/E7 mRNA NASBA amplification was performed with the NucliSENS EasyQ HPV assay and viral load was determined by a real-time PCR. HPV status was studied in relation to lesion severity. Statistical analysis was performed with SPSS software 16.0 and Chi-Square test. RESULTS: No significant statistical differences were found between the physical status of HPV 16 or 18 and lesion severity. Overexpression of E6/E7 mRNA increased with lesion severity. Viral load was significantly associated with the development of cervical intraepithelial lesion. CONCLUSIONS: Data suggests that viral integration for HPV 16 seems to be an early event on cervical carcinogenesis, not being suitable as a molecular marker. E6/E7 mRNA and viral load can be more valuable approaches to use as biomarkers in the prevention of cervical cancer development.Fundação Calouste Gulbenkian (Ref. 96507) e da Comissão de Fomento de Investigação em Cuidados de Saúde (Ref. 13374).Ordem dos MédicosRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeOliveira, AnaDelgado, CandidaVerdasca, NunoPista, Angela2013-10-22T12:57:43Z2013-032013-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/1772porActa Med Port. 2013 Mar-Apr;26(2):139-44. Epub 2013 May 311646-0758PMID: 23809746info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:38:53Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/1772Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:36:48.213171Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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