A sombra do passado autoritário na Península Ibérica: os fracassos e o sucesso dos partidos populistas de direita radical
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/50103 |
Resumo: | Desde a sua transição para a democracia nos meados da década de 1970, a Espanha e Portugal foram vistos como imunes aos partidos populistas de direita radical (ppdr). No entanto, nos últimos dois anos, a chamada exceção ibérica parece ter chegado ao fim. Ambos os países foram governados durante muito tempo por regimes autoritários duradouros, mas enquanto a Espanha transitou para a democracia através de um pacto entre as elites que protegeu os representantes do regime de Franco de julgamentos e processos criminais, a democracia portuguesa resultou de um golpe iniciado pelas Forças Armadas, que evoluiu posteriormente para uma revolução social. Estas diferenças nos padrões de democratização produziram diferentes memórias coletivas do passado autoritário, com a Espanha a tentar silenciar o seu passado durante mais de duas décadas e Portugal a celebrar a revolução que pôs fim ao Estado Novo. Estas diferentes memórias coletivas podem contribuir para explicar o sucesso retumbante do Vox nas eleições de 2019, em comparação com o avanço eleitoral mais modesto, mas ainda assim significativo, do Chega em Portugal. |
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A sombra do passado autoritário na Península Ibérica: os fracassos e o sucesso dos partidos populistas de direita radicalDesde a sua transição para a democracia nos meados da década de 1970, a Espanha e Portugal foram vistos como imunes aos partidos populistas de direita radical (ppdr). No entanto, nos últimos dois anos, a chamada exceção ibérica parece ter chegado ao fim. Ambos os países foram governados durante muito tempo por regimes autoritários duradouros, mas enquanto a Espanha transitou para a democracia através de um pacto entre as elites que protegeu os representantes do regime de Franco de julgamentos e processos criminais, a democracia portuguesa resultou de um golpe iniciado pelas Forças Armadas, que evoluiu posteriormente para uma revolução social. Estas diferenças nos padrões de democratização produziram diferentes memórias coletivas do passado autoritário, com a Espanha a tentar silenciar o seu passado durante mais de duas décadas e Portugal a celebrar a revolução que pôs fim ao Estado Novo. Estas diferentes memórias coletivas podem contribuir para explicar o sucesso retumbante do Vox nas eleições de 2019, em comparação com o avanço eleitoral mais modesto, mas ainda assim significativo, do Chega em Portugal.Instituto Português de Relações InternacionaisRepositório da Universidade de LisboaManucci, Luca2021-11-08T12:43:10Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/50103porManucci, L. (2020). A sombra do passado autoritário na Península Ibérica: os fracassos e o sucesso dos partidos populistas de direita radical. Relações Internacionais, 67, 41-561645-919910.23906/ri2020.67a04info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:54:11Zoai:repositorio.ul.pt:10451/50103Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:01:37.801782Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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