Estudo comparativo entre Tratamento Cirúrgico e Conservador em hérnias discais toracolombares

• Autor(a) principal: Assunção, Maria Eduarda Padrão
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9601
• topic: Neurocirurgia; Hérnia Discal

Uma das principais patologias que afetam a medula espinhal nos cães são as hérnias discais. As hérnias discais toracolombares podem ocorrer por extrusão (Hansen tipo I) ou por protusão (Hansen tipo II) e têm incidência quer em raças condrodistróficas quer em raças não condrodistróficas. As herniações do disco intervertebral toracolombar podem restringir-se a apenas um espaço ou pode afetar vários discos intervertebrais. A manifestação neurológica pode ser bastante díspar, podendo em alguns casos manifestar apenas hiperestesia local acompanhada de ataxia ligeira e noutros casos tetraplegia com perda de nocicepção. O prognóstico também é variável, consoante os défices neurológicos apresentados, a duração dos mesmos e do tratamento aplicado. A componente prática desta dissertação reúne a análise de 74 casos de herniação do disco intervertebral toracolombar, dos quais 12 foram submetidos a um tratamento conservador e aos restantes 62 foi aplicado um tratamento cirúrgico. Os resultados obtidos nos dois grupos de tratamento foram comparados e é possível concluir que os machos inteiros foram os mais afetados (48%). A média de idades no grupo I (tratamento conservador) é de 6,5 ±3,9 anos e no grupo II (tratamento cirúrgico) é de 5,1±2,3anos. No grupo I, o espaço intervertebral mais afetado foi T11-T12 e no grupo II foi T13-L1. Após dois meses de tratamento o grupo I obteve 50% dos cães sem défices neurológicos, 8,3% com ataxia, 25% paraparésicos e 16,7% paraplégicos sem sensibilidade profunda. No grupo II, 54,8% dos cães ficaram sem défices neurológicos, 1,61% apenas manifestava hiperestesia local, 20,9% encontravam-se atáxicos, 4,8% encontravam-se paraparésicos, 6,45% paraplégicos e 11,3% permaneceram paraplégicos sem sensibilidade profunda. Embora os animais submetidos a cirurgia apresentassem um estado neurológico inicial mais grave, a abordagem cirúrgica obteve melhores resultados do que o tratamento conservador.