Etnografia como Ciência da Contemplação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/antropologicas/article/view/18105 |
Resumo: | A ideia de método como princípio é costumeiramente atropelada pela seguinte sugestão: ele é o justo oposto da teoria e, portanto, é quase uma ferramenta – é algo prático. A etnografia, concebida como método antropológico por excelência, ficou encarcerada neste mesmo estamento epistemológico; é a componente mais prática da antropologia. Nisto, perde-se aquilo que seria, possivelmente, o grande sonho de Malinowski: fundar uma “ciência da contemplação”. Esta mesma disposição, para pensar cientificamente o meditar, encontra-se como preocupação central em pensadores da filosofia portuguesa contemporânea, sobretudo na obra de José Marinho, aquele que talvez seja o último representante da “Renascença portuguesa”. |
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Etnografia como Ciência da ContemplaçãoEtnografía como ciencia de la contemplaciónEthnographie comme science de la contemplationEtnografia como Ciência da ContemplaçãoArtigo de fundoA ideia de método como princípio é costumeiramente atropelada pela seguinte sugestão: ele é o justo oposto da teoria e, portanto, é quase uma ferramenta – é algo prático. A etnografia, concebida como método antropológico por excelência, ficou encarcerada neste mesmo estamento epistemológico; é a componente mais prática da antropologia. Nisto, perde-se aquilo que seria, possivelmente, o grande sonho de Malinowski: fundar uma “ciência da contemplação”. Esta mesma disposição, para pensar cientificamente o meditar, encontra-se como preocupação central em pensadores da filosofia portuguesa contemporânea, sobretudo na obra de José Marinho, aquele que talvez seja o último representante da “Renascença portuguesa”.The idea of method as principle is usually undermined by suggestion that opposite of theory, and thus almost a tool. Ethnography, in turn, conceived as the anthropological method par excellence, ends up trapped in this same epistemological cage; ethnography has become the most practical aspect of anthropology. This situation compromises what arguably was Malinowski’s greatest dream: to establish a “science of contemplation”. This same disposition, to reflect scientifically on the act of meditation, can be found as the central concern in thinkers of contemporary Portuguese philosophy, and especially in the work of José Marinho.Fundação Fernando Pessoa/Publicações Fundação Fernando Pessoa2020-07-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/antropologicas/article/view/18105por2182-29130873-819XLima, Fabiana OliveiraSales, Thiago Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:35:11Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/18105Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:00:27.074292Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A ideia de método como princípio é costumeiramente atropelada pela seguinte sugestão: ele é o justo oposto da teoria e, portanto, é quase uma ferramenta – é algo prático. A etnografia, concebida como método antropológico por excelência, ficou encarcerada neste mesmo estamento epistemológico; é a componente mais prática da antropologia. Nisto, perde-se aquilo que seria, possivelmente, o grande sonho de Malinowski: fundar uma “ciência da contemplação”. Esta mesma disposição, para pensar cientificamente o meditar, encontra-se como preocupação central em pensadores da filosofia portuguesa contemporânea, sobretudo na obra de José Marinho, aquele que talvez seja o último representante da “Renascença portuguesa”. |
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