Para além da bula: Prescrição off-label na patologia alergológica em idade pré-escolar
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212013000100002 |
Resumo: | Introdução: Diversos estudos têm demonstrado que a utilização off -label de fármacos é habitual em crianças com patologia alergológica. Em Portugal, existem poucos estudos referentes a esta temática e nenhum específico de fármacos para tratamento de doenças alérgicas. Objectivos: Caracterização da prescrição off-label de fármacos para asma, rinite alérgica e eczema atópico em crianças em idade pré-escolar observadas num ambulatório diferenciado de Imunoalergologia. Métodos: Revisão de processos clínicos de crianças com idade igual ou inferior a 6 anos seguidas na consulta de Imunoalergologia, com fenótipos de asma e/ou rinite alérgica e/ou eczema atópico num total de 500 doentes observados consecutivamente de Janeiro a Junho de 2012. Os dados colhidos incluíam género, idade, diagnóstico e fármacos prescritos com as respectivas doses. Resultados: Obtiveram-se um total de 1224 prescrições. Os fármacos mais prescritos foram os anti -histamínicos orais (34,6%) seguidos dos anti-leucotrienos (22,6%), dos corticóides tópicos nasais (20,3%) e dos corticóides inalados (17,7%). Do total de prescrições, 422 (34,5%) foram consideradas off -label, para a idade (62,6%), a dose (31,7%) ou a indicação (5,7%), sendo a mometasona, a fluticasona e a levocetirizina os fármacos mais prescritos nesta condição. A utilização off-label foi mais frequente nas crianças com menos de 2 anos, com 73,5% das prescrições. Conclusões: O uso off-label de fármacos anti-alérgicos em idade pediátrica para o tratamento da asma, da rinite alérgica e do eczema atópico é elevado por falta de ensaios clínicos. Isto pode dever-se a vários factores, nomeadamente pelo baixo interesse financeiro da indústria farmacêutica, a necessidade de técnicas e equipamentos apropriados e a existência de implicações éticas. Porém, a administração off-label não é necessariamente incorrecta, estando contemplada em várias recomendações terapêuticas. Os estudos controlados randomizados são limitados por dificuldades metodológicas, daí a necessidade de mais estudos observacionais para a avaliação da segurança e eficácia dos fármacos usados em idade pediátrica. |
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