Hipertensão secundária: abordagem nos cuidados de saúde primários
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732021000600535 |
Resumo: | Resumo Objetivos: Identificar situações sugestivas de hipertensão secundária (HS). Rever a fisiopatologia, manifestações clínicas e/ou laboratoriais, diagnóstico e tratamento das principais formas de HS, bem como estabelecer o papel do médico de família na sua abordagem à luz da evidência mais recente. Fontes de dados: MEDLINE/PubMed, The Cochrane Library, UpToDate, U.S. Preventive Services Task Force e normas de orientação clínica da Direção-Geral da Saúde. Métodos: Foi realizada a pesquisa de artigos científicos em plataformas online de medicina baseada em evidência utilizando as palavras-chave Secondary Hypertension e Primary Health Care. A pesquisa foi realizada em julho de 2019, sendo a seleção dos artigos feita com base no título, conteúdo do resumo e data de publicação. Foram também consultadas normas de orientação clínica e guidelines. Resultados: A HS deve ser suspeita em contexto de hipertensão resistente, início de hipertensão antes dos 30 anos num utente sem fatores de risco, elevação súbita ou instabilidade da pressão arterial basal, hipertensão maligna ou acelerada, início de hipertensão diastólica em idosos, hipertensão associada a distúrbios hidro-eletrolíticos ou hipertensão associada a clínica sugestiva de determinada etiologia específica. Em crianças e adolescentes, as principais causas de HS são as doenças do parênquima renal, ao passo que nos adultos as etiologias mais comuns incluem a síndroma da apneia obstrutiva do sono, doenças do parênquima renal, estenose da artéria renal, hiperaldosteronismo primário e o feocromocitoma. O reconhecimento de manifestações clínicas e/ou laboratoriais sugestivas da etiologia da HS deve orientar a realização dos testes de rastreio para posterior tratamento ou referenciação. Conclusão: Avaliar em todos os utentes hipertensos a existência de causas secundárias não é custo-efetivo, pelo que apenas devem ser estudados os utentes com características sugestivas de HS. A realização e interpretação dos testes de rastreio de forma adequada é fundamental para a referenciação e tratamento dos utentes com HS. |
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Hipertensão secundária: abordagem nos cuidados de saúde primáriosHipertensão secundáriaCuidados de saúde primáriosApneia obstrutiva do sonoDoenças do parênquima renalHipertensão renovascularHiperaldosteronismo primário.Resumo Objetivos: Identificar situações sugestivas de hipertensão secundária (HS). Rever a fisiopatologia, manifestações clínicas e/ou laboratoriais, diagnóstico e tratamento das principais formas de HS, bem como estabelecer o papel do médico de família na sua abordagem à luz da evidência mais recente. Fontes de dados: MEDLINE/PubMed, The Cochrane Library, UpToDate, U.S. Preventive Services Task Force e normas de orientação clínica da Direção-Geral da Saúde. Métodos: Foi realizada a pesquisa de artigos científicos em plataformas online de medicina baseada em evidência utilizando as palavras-chave Secondary Hypertension e Primary Health Care. A pesquisa foi realizada em julho de 2019, sendo a seleção dos artigos feita com base no título, conteúdo do resumo e data de publicação. Foram também consultadas normas de orientação clínica e guidelines. Resultados: A HS deve ser suspeita em contexto de hipertensão resistente, início de hipertensão antes dos 30 anos num utente sem fatores de risco, elevação súbita ou instabilidade da pressão arterial basal, hipertensão maligna ou acelerada, início de hipertensão diastólica em idosos, hipertensão associada a distúrbios hidro-eletrolíticos ou hipertensão associada a clínica sugestiva de determinada etiologia específica. Em crianças e adolescentes, as principais causas de HS são as doenças do parênquima renal, ao passo que nos adultos as etiologias mais comuns incluem a síndroma da apneia obstrutiva do sono, doenças do parênquima renal, estenose da artéria renal, hiperaldosteronismo primário e o feocromocitoma. O reconhecimento de manifestações clínicas e/ou laboratoriais sugestivas da etiologia da HS deve orientar a realização dos testes de rastreio para posterior tratamento ou referenciação. Conclusão: Avaliar em todos os utentes hipertensos a existência de causas secundárias não é custo-efetivo, pelo que apenas devem ser estudados os utentes com características sugestivas de HS. A realização e interpretação dos testes de rastreio de forma adequada é fundamental para a referenciação e tratamento dos utentes com HS.Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2021-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732021000600535Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar v.37 n.6 2021reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732021000600535Costa,Tiago Francisco da CunhaLeitão,Diana Catarina Coelho Bernardoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:28:07Zoai:scielo:S2182-51732021000600535Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:32:33.014725Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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