Sintomatologia músculo-esquelética nos trabalhadores e a sua relação com a atividade física e qualidade de vida do trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Daniela Torres
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/17195
Resumo: As LMERT resultam de sintomas que surgem e se prolongam no tempo. Os profissionais que trabalham ao computador são alvos frequentes desses sintomas devido às posições que adotam e ao ambiente psicossocial do local de trabalho. Avaliar a frequência de sintomatologia dos indivíduos que trabalham ao computador e perceber qual a relação desta com os hábitos de atividade física e com a perceção de qualidade de vida. Estudo transversal, realizado numa população de 424 indivíduos que trabalham ao computador, sendo a amostra final de 119. O estudo realizou-se através de um inquérito online, onde foram preenchidos os questionários: Questionário Nórdico Músculo-Esquelético v Pt (QNM), Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e Questionário SF-36 (SF-36). Na análise do QNM foi utilizada a frequência para as percentagens de resposta e a média e desvio padrão para a intensidade da dor. Depois a amostra foi dividida em 2 grupos: sintomatologia presente (SP) e sintomatologia ausente (SA), para análise de IPAQ e do SF-36. No primeiro usou-se o teste de Qui-quadrado e no segundo o Teste T-student para amostras independentes, com nível de significância de 95%. A frequência de sintomatologia músculo-esquelética foi de 51,26% (=61), sendo a região lombar (26,1%), o pescoço (19,3%) e os ombros (13,4%) as regiões corporais mais afetadas. No IPAQ verificou-se que o grupo SP realizava mais atividade física do que o grupo SA (p=0,183). Na qualidade de vida, o grupo SA apresentou melhores resultados em quase todos os domínios, à exceção do desempenho físico (p=0,138), do desempenho emocional (p=0,052) e da saúde mental (p=n.s.). Os indivíduos que trabalham ao computador apresentaram uma frequência de sintomatologia de 51,26%, com maior incidência na região lombar, no pescoço e nos ombros. Verificou-se também que os indivíduos com sintomatologia tendem a praticar mais atividade física do que os indivíduos sem sintomatologia músculo-esquelética. O grupo sem sintomatologia parece ter maior qualidade de vida.
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