Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntrico
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Data de Publicação: | 2023 |
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Resumo: | Resumo Introdução e objetivos: A gravidez constitui uma oportunidade para realizar aconselhamento contracetivo para o pós-parto, sendo este importante para reduzir a taxa de gravidez não desejada. Com o objetivo de conhecer as atitudes, comportamentos e preocupações dos profissionais de saúde sobre a contraceção no pós-parto foi realizado um estudo multicêntrico em Portugal. Desenho do estudo, população e metodologia: Foi elaborado um questionário para profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que foi distribuído em seis centros hospitalares. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos participantes. Procedeu-se a um estudo descritivo das respostas obtidas. Resultados: Obtiveram-se 310 respostas: 175 de médicos (56.5%) e 135 de enfermeiros (43.5%). Durante a gravidez, 35.5% (n=110) informa sempre a mulher das opções contracetivas, 36.5% (n=113) informa apenas em situações especiais e 18.1% (n=56) se a hipótese de laqueação tubária se colocar. Na alta da maternidade, a maioria (81.6%, n=253) informa e orienta sobre as opções contracetivas. Existem 45 (14.5%) profissionais que não informam a mulher sobre contraceção, apontando como razões a ‘não adequação do momento’ e a ‘falta de tempo’. A maioria dos inquiridos considera que a mulher deve ter aconselhamento contracetivo durante a gravidez (78.4%, n=243) e cerca de um quinto (21.6%, n=67) considera que não, sendo os motivos apontados: ‘esta informação deve ser remetida para a consulta de revisão puerperal’ e ‘a informação dada na alta é suficiente’. Neste grupo, 25.4% não tenciona mudar a sua atitude e 46.3% pondera modificar esta atitude. Conclusões: Na população avaliada, o aconselhamento contracetivo não é universal. A maioria dos profissionais considera importante que o aconselhamento contracetivo deve ser realizado durante a gravidez. No entanto, na prática atual o aconselhamento contracetivo é diferido para a alta da maternidade ou para a consulta de revisão puerperal. |
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Avaliação das práticas dos profissionais de saúde na contraceção após o parto - resultados de um estudo multicêntricoAconselhamentoContraceção.Resumo Introdução e objetivos: A gravidez constitui uma oportunidade para realizar aconselhamento contracetivo para o pós-parto, sendo este importante para reduzir a taxa de gravidez não desejada. Com o objetivo de conhecer as atitudes, comportamentos e preocupações dos profissionais de saúde sobre a contraceção no pós-parto foi realizado um estudo multicêntrico em Portugal. Desenho do estudo, população e metodologia: Foi elaborado um questionário para profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) que foi distribuído em seis centros hospitalares. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos participantes. Procedeu-se a um estudo descritivo das respostas obtidas. Resultados: Obtiveram-se 310 respostas: 175 de médicos (56.5%) e 135 de enfermeiros (43.5%). Durante a gravidez, 35.5% (n=110) informa sempre a mulher das opções contracetivas, 36.5% (n=113) informa apenas em situações especiais e 18.1% (n=56) se a hipótese de laqueação tubária se colocar. Na alta da maternidade, a maioria (81.6%, n=253) informa e orienta sobre as opções contracetivas. Existem 45 (14.5%) profissionais que não informam a mulher sobre contraceção, apontando como razões a ‘não adequação do momento’ e a ‘falta de tempo’. A maioria dos inquiridos considera que a mulher deve ter aconselhamento contracetivo durante a gravidez (78.4%, n=243) e cerca de um quinto (21.6%, n=67) considera que não, sendo os motivos apontados: ‘esta informação deve ser remetida para a consulta de revisão puerperal’ e ‘a informação dada na alta é suficiente’. Neste grupo, 25.4% não tenciona mudar a sua atitude e 46.3% pondera modificar esta atitude. Conclusões: Na população avaliada, o aconselhamento contracetivo não é universal. A maioria dos profissionais considera importante que o aconselhamento contracetivo deve ser realizado durante a gravidez. No entanto, na prática atual o aconselhamento contracetivo é diferido para a alta da maternidade ou para a consulta de revisão puerperal.Euromédice, Edições Médicas Lda.2023-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa v.17 n.1 2023reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302023000100019Rolha,AnaSubtil,SimoneCal,MargaridaDavid,DanielaCerqueira,LuísaCarvalho,CarolinaCoimbra,JoãoSimões,JoanaVasconcelos,RitaFlores,MariaBombas,Teresainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:21:59Zoai:scielo:S1646-58302023000100019Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:28:48.989388Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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