Adesão terapêutica em doentes com acidente vascular cerebral isquémico, previamente anticoagulados por fibrilhação auricular não valvular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Luís Diogo de Melo Faria
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82675
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Adesão terapêutica em doentes com acidente vascular cerebral isquémico, previamente anticoagulados por fibrilhação auricular não valvularTherapeutic adherence in patients with ischemic stroke, previously hypocoagulated due to non valvula atrial fibrillationacidente vascular cerebraladesão terapêuticaadministração oralanticoagulantesfibrilhação auricularadministration, oralanticoagulantsatrial fibrillationstroketreatment adherence and complianceTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Os anticoagulantes orais não anti vitamínicos K (NOAC) constituem o tratamento preconizado como primeira linha na fibrilhação auricular (FA) não valvular, limitando o uso dos antivitamínicos K (AVK) aos doentes com concomitante patologia valvular ou clearance de creatinina inferior a 30 mL/min. No entanto, há poucos dados sobre a adesão terapêutica a estes fármacos. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão terapêutica e a adequação da dosagem dos anticoagulantes em doentes que sofreram um acidente vascular cerebral (AVC) isquémico, ainda que hipocoagulados por FA. Compararam-se, ainda, AVK com NOAC e os NOAC entre si, em termos de eficácia na prevenção do AVC e adesão terapêutica.Métodos: Estudo prospetivo observacional, unicêntrico, onde foram incluídos 60 doentes consecutivos internados no serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra desde novembro de 2016 a agosto de 2017, devido a um AVC isquémico associado a FA não valvular, apesar de cronicamente medicados com anticoagulante oral. Foram aplicadas duas escalas de avaliação da adesão terapêutica, Brief Medication Questionnaire (BMQ) e Medição da Adesão ao Tratamento (MAT), devidamente validadas para português. Foram comparadas as características dos doentes consoante a classe de anticoagulante, consoante a adesão à terapêutica e consoante o número de tomas diárias de NOAC.Resultados: A média de idades era de 78,6±8,0 anos, com 51,7% dos pacientes do sexo masculino. Foram identificadas prescrições subterapêuticas em 43% dos doentes sob NOAC. Globalmente, de acordo com BMQ, a proporção de doentes com boa adesão terapêutica aos anticoagulantes foi de 63,3%. Os doentes aderentes eram mais frequentemente analfabetos (26,3% vs. 4,5, p=0,012). A proporção de doentes sob AVK com boa adesão terapêutica era significativamente superior à dos doentes sob NOAC (respetivamente, 83,3% vs. 54,8%, p=0,035 para BMQ e 5,9±0,3 vs. 5,5±0,7, p=0,044 para MAT). Entre os doentes sob NOAC,2os do regime unidiário apresentaram tendência para desenvolverem um enfarte total da circulação anterior (TACI) mais frequentemente que os doentes em regime bidiário (61,1% versus 38,9%, respetivamente, p=0,093).Conclusão: Em doentes com AVC isquémico apesar de anticoagulação com anticoagulantes orais, os doentes anticoagulados com AVK apresentam melhor adesão à terapêutica que os doentes com NOAC. Constatou-se utilização de dosagens subterapêuticas numa proporção importante de doentes anticoagulados com NOAC. No subgrupo de doentes sob NOAC, parece haver uma tendência para AVC isquémicos mais extensos no regime de uma toma unidária, ainda que a adesão terapêutica não seja inferior à dos doentes com NOAC de regime bidiário.Introduction: Novel oral anticoagulants (NOAC) are the first line treatment for non-valvular atrial fibrillation (AF), limiting the use of vitamin K antagonists (VKA) to patients with concomitant valvular disease or a creatinine clearance below 30 mL/min. However, there is low data about therapeutic adherence to these drugs. The purpose of this study was the evaluation of therapeutic adherence and dosage of anticoagulants in patients who have suffered a ischemic stroke, even though they were hypocoagulated due to AF. VKA and NOAC were also compared to each other and NOAC to itself, in terms of efficiency in preventing stroke and therapeutic adherence.Methods: Single-center observational prospective study, in which 60 consecutive patients admitted to the neurology department in Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra were included, from November 2016 to August 2017, due to ischemic stroke associated with non-valvular AF, despite being chronically medicated with an oral anticoagulant. Two scales of evaluation of therapeutic adherence were performed, Brief Medication Questionnaire (BMQ) e Medição da Adesão ao Tratamento (MAT), duly validated in Portuguese. The characteristics of the patients were compared according to the class of the anticoagulant, according to therapeutic adherence and according to the number of intakes of NOAC.Results: Mean age was 78,6±8,0 years, with 51,7% of patients being male. Subtherapeutic prescriptions were found in 43% of patients under NOAC. Globally, according to BMQ, the proportion of patients with good therapeutic adherence to anticoagulants was 63,3%. Adherent patients were more frequently analphabets (26,3% vs. 4,5%, p=0,012). The proportion of patients under VKA with good therapeutic adherence was significantly higher than patients under NOAC (respectively 83,3% vs, 54,8%, p=0,035 for BMQ and 5,9±0,3 vs. 5,5±0,7, p=0,044 for MAT). Among patients under NOAC, the ones under QD regimen showed a4tendency to develop a total anterior circulation infarction (TACI) more frequently than the ones under BID regimen (61,1% versus 38,9%, respectively, p=0,093).Conclusion: In patients with ischemic stroke, while taking oral anticoagulants, anticoagulated patients under VKA present better therapeutic adherence than patients under NOAC. We found an important proportion of patients using subtherapeutic dosage. Among the patients under NOAC, it seems to be a tendency for more severe strokes in patients under QD regimen, even though their therapeutic adherence is not lower than patients with BID regimen of NOAC.2018-01-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82675http://hdl.handle.net/10316/82675TID:202051188porFernandes, Luís Diogo de Melo Fariainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2021-11-15T09:38:42Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82675Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:34.494589Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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