As primeiras eleições cartistas nos Açores em 1826
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/287 |
Resumo: | Para se compreender as eleições de 1826 nos Açores é necessário recordar algumas circunstâncias políticas das ilhas e, consequentemente, recuar pelo menos três anos. A partir de 1823, a política reformista do Conde de Subserra (que, recorde-se, era terceirense), ministro poderoso de D. João VI, havia tentado repôr a ordem no arquipélago restabelecendo a Capitania Geral e dando de novo unidade político-administrativa a esta parcela do território. A lei de 18 de Agosto de 1823, que revogara as leis vintistas, ainda que repondo a legalidade anterior, não deixava de dar resposta aos anseios de descentralização interna nas ilhas, anseios esses encarnados essencialmente pelas elites micaelense e faialense, mas em boa verdade era muito tímido nas suas propostas reformistas, pois a muitos parecia que a manutenção do capitão general com plenos poderes no governo político, militar e judicial, mesmo obrigando-o a residir alternadamente em Angra e Ponta Delgada e a criação da Comarca da Horta, ficavam aquém daquilo que esperavam os críticos do sistema, principalmente os liberais ilhéus, defensores acérrimos da descentralização municipalista. [...] |
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As primeiras eleições cartistas nos Açores em 1826Eleições (1826)História dos Açores (século XIX)Para se compreender as eleições de 1826 nos Açores é necessário recordar algumas circunstâncias políticas das ilhas e, consequentemente, recuar pelo menos três anos. A partir de 1823, a política reformista do Conde de Subserra (que, recorde-se, era terceirense), ministro poderoso de D. João VI, havia tentado repôr a ordem no arquipélago restabelecendo a Capitania Geral e dando de novo unidade político-administrativa a esta parcela do território. A lei de 18 de Agosto de 1823, que revogara as leis vintistas, ainda que repondo a legalidade anterior, não deixava de dar resposta aos anseios de descentralização interna nas ilhas, anseios esses encarnados essencialmente pelas elites micaelense e faialense, mas em boa verdade era muito tímido nas suas propostas reformistas, pois a muitos parecia que a manutenção do capitão general com plenos poderes no governo político, militar e judicial, mesmo obrigando-o a residir alternadamente em Angra e Ponta Delgada e a criação da Comarca da Horta, ficavam aquém daquilo que esperavam os críticos do sistema, principalmente os liberais ilhéus, defensores acérrimos da descentralização municipalista. [...]Universidade dos AçoresRepositório da Universidade dos AçoresLeite, José Guilherme Reis2009-09-15T10:48:44Z19991999-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/287por"ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vol. 3 (1999): 325-3790871-7664info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:27:26Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/287Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:23:15.985532Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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