Parasitoses Sistémicas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5275 |
Resumo: | Introdução: As parasitoses sistémicas (PS) são ainda uma causa frequente de hospitalização em África e nalguns países mediterrânicos. O nosso Serviço reúne estas duas características, uma vez que recebe numerosas crianças oriundas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e se insere numa área onde residem comunidades imigrantes com necessidades de saúde especiais. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos internamentos por PS no Serviço de Pediatria do HSFX de 1989 a 2000 (12 anos). Foram analisados dados epidemiológicos, clínicos, serológicos e terapêuticos. Resultados: Num total de 72 internamentos, os diagnósticos foram: malária (20), kala-azar (18), larva migrans visceral (12), neurocisticercose (11), schistosomíase (5) fasciolíase (3), poliparasitismo hepático (2), toxoplasmose adquirida (1). Trinta e nove (54%) crianças vieram dos PALOP e as restantes residiam na área de Lisboa. Predominou a raça negra (81%) e o baixo estrato socioeconómico (58%). Doze (17%) crianças tinham idade inferior a 1 ano. As manifestações clínicas predominantes foram febre, hepatospleno-megalia, palidez, convulsões e má nutrição. Anemia (35 casos), eosinofilia (19), trombocitopenia (7) e pancitopenia (4) foram as principais alterações hematológicas. Os doentes foram tratados segundo protocolos específicos, sendo de realçar a terapêutica de um caso de fasciolíase hepática com bithionol. A duração média de internamento foi de 19,7 dias e 32 crianças (44%) necessitaram de hospitalizações múltiplas para completar a terapêutica. Conclusões: A admissão de doentes transferidos dos PALOP e a presença de uma população imigrante significativa obriga a que os Pediatras portugueses estejam actualizados no diagnóstico e terapêutica das PS. Os autores revêm os protocolos de diagnóstico e terapêutica destas situações em Pediatria. |
id |
RCAP_bd73cb674f7a90a309b58ad4c05fd58a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5275 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Parasitoses SistémicasOriginal articlesIntrodução: As parasitoses sistémicas (PS) são ainda uma causa frequente de hospitalização em África e nalguns países mediterrânicos. O nosso Serviço reúne estas duas características, uma vez que recebe numerosas crianças oriundas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e se insere numa área onde residem comunidades imigrantes com necessidades de saúde especiais. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos internamentos por PS no Serviço de Pediatria do HSFX de 1989 a 2000 (12 anos). Foram analisados dados epidemiológicos, clínicos, serológicos e terapêuticos. Resultados: Num total de 72 internamentos, os diagnósticos foram: malária (20), kala-azar (18), larva migrans visceral (12), neurocisticercose (11), schistosomíase (5) fasciolíase (3), poliparasitismo hepático (2), toxoplasmose adquirida (1). Trinta e nove (54%) crianças vieram dos PALOP e as restantes residiam na área de Lisboa. Predominou a raça negra (81%) e o baixo estrato socioeconómico (58%). Doze (17%) crianças tinham idade inferior a 1 ano. As manifestações clínicas predominantes foram febre, hepatospleno-megalia, palidez, convulsões e má nutrição. Anemia (35 casos), eosinofilia (19), trombocitopenia (7) e pancitopenia (4) foram as principais alterações hematológicas. Os doentes foram tratados segundo protocolos específicos, sendo de realçar a terapêutica de um caso de fasciolíase hepática com bithionol. A duração média de internamento foi de 19,7 dias e 32 crianças (44%) necessitaram de hospitalizações múltiplas para completar a terapêutica. Conclusões: A admissão de doentes transferidos dos PALOP e a presença de uma população imigrante significativa obriga a que os Pediatras portugueses estejam actualizados no diagnóstico e terapêutica das PS. Os autores revêm os protocolos de diagnóstico e terapêutica destas situações em Pediatria.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-09-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2001.5275por2184-44532184-3333Flores, PedroNeto, Ana SerrãoXavier, M. JoãoDurães, FernandoMartins Palminha, J. M.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:55:46Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5275Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:46.980832Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Parasitoses Sistémicas |
title |
Parasitoses Sistémicas |
spellingShingle |
Parasitoses Sistémicas Flores, Pedro Original articles |
title_short |
Parasitoses Sistémicas |
title_full |
Parasitoses Sistémicas |
title_fullStr |
Parasitoses Sistémicas |
title_full_unstemmed |
Parasitoses Sistémicas |
title_sort |
Parasitoses Sistémicas |
author |
Flores, Pedro |
author_facet |
Flores, Pedro Neto, Ana Serrão Xavier, M. João Durães, Fernando Martins Palminha, J. M. |
author_role |
author |
author2 |
Neto, Ana Serrão Xavier, M. João Durães, Fernando Martins Palminha, J. M. |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Flores, Pedro Neto, Ana Serrão Xavier, M. João Durães, Fernando Martins Palminha, J. M. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original articles |
topic |
Original articles |
description |
Introdução: As parasitoses sistémicas (PS) são ainda uma causa frequente de hospitalização em África e nalguns países mediterrânicos. O nosso Serviço reúne estas duas características, uma vez que recebe numerosas crianças oriundas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e se insere numa área onde residem comunidades imigrantes com necessidades de saúde especiais. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos internamentos por PS no Serviço de Pediatria do HSFX de 1989 a 2000 (12 anos). Foram analisados dados epidemiológicos, clínicos, serológicos e terapêuticos. Resultados: Num total de 72 internamentos, os diagnósticos foram: malária (20), kala-azar (18), larva migrans visceral (12), neurocisticercose (11), schistosomíase (5) fasciolíase (3), poliparasitismo hepático (2), toxoplasmose adquirida (1). Trinta e nove (54%) crianças vieram dos PALOP e as restantes residiam na área de Lisboa. Predominou a raça negra (81%) e o baixo estrato socioeconómico (58%). Doze (17%) crianças tinham idade inferior a 1 ano. As manifestações clínicas predominantes foram febre, hepatospleno-megalia, palidez, convulsões e má nutrição. Anemia (35 casos), eosinofilia (19), trombocitopenia (7) e pancitopenia (4) foram as principais alterações hematológicas. Os doentes foram tratados segundo protocolos específicos, sendo de realçar a terapêutica de um caso de fasciolíase hepática com bithionol. A duração média de internamento foi de 19,7 dias e 32 crianças (44%) necessitaram de hospitalizações múltiplas para completar a terapêutica. Conclusões: A admissão de doentes transferidos dos PALOP e a presença de uma população imigrante significativa obriga a que os Pediatras portugueses estejam actualizados no diagnóstico e terapêutica das PS. Os autores revêm os protocolos de diagnóstico e terapêutica destas situações em Pediatria. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-09-21 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5275 |
url |
https://doi.org/10.25754/pjp.2001.5275 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2184-4453 2184-3333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133518620524544 |