A estatística que engana!
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/18764 |
Resumo: | A estatística é uma área com séculos de história. Inicialmente era utilizada pelos governos para conhecer a sua população a vários níveis (militar, económico, social e político). Nos dias de hoje, a estatística é muito mais do que isso. Surge todos os dias na vida do cidadão comum: na publicidade, na comunicação social ou até numa ida ao hipermercado. É também uma ciência utilizada por outras áreas do saber na descoberta de novos conhecimentos contribuindo para a constante progressão/evolução da sociedade. No entanto, por vezes, existe um mau uso da estatística que pode ser consequência de desconhecimento. Outras vezes, o seu mau uso tem como propósito criar sensacionalismo e/ou enganar surgindo, dessa forma, falácias estatísticas, que resultam da introdução de erros na realização de um estudo. Quando os erros introduzidos não se devem ao acaso dizem-se erros sistemáticos, que podem ser subdivididos em vieses e confundimento. Os vieses são erros que podem surgir durante os processos de seleção da amostra e recolha da informação. As falácias estatísticas estão também presentes na comunicação dos resultados através de gráficos mal construídos ou nas informações estatísticas descontextualizadas, sem base de referência. A utilização de testes de hipóteses, nomeadamente o uso, por vezes abusivo, do valor p, descontextualizado pode também constituir uma falácia estatística, problema este que tem preocupado a comunidade estatística. Neste trabalho são apresentados 5 artigos publicados no Diário de Aveiro sobre estudos reais, onde se reflete sobre a eventual presença de falácias procurando alertar e sensibilizar o cidadão comum para a necessidade de se realizar uma leitura critica daquilo que nos é apresentado todos os dias pela comunicação social e assim tomar decisões de forma consciente e crítica. No entanto, para que essa leitura crítica seja efetuada é necessário um conjunto de ferramentas estatísticas que podem ser adquiridas e trabalhadas na escola, tornando-se muito importantes na preparação de indivíduos estatisticamente competentes. O estudo realizado nesta dissertação foi criado com o intuito de explorar a literacia estatística dos alunos no final da escolaridade obrigatória. Os resultados desse estudo mostram que há evidências do contributo da escola no desenvolvimento da literacia dos alunos, uma vez que o desempenho dos alunos face aos encarregados de educação foi sensivelmente melhor. Contudo, ainda existe um trabalho árduo a ser realizado pelo professor de matemática, que tem um papel central na tarefa de preparar cidadãos estatisticamente competentes, pois ainda existem algumas áreas onde os alunos apresentam mais dificuldades. Nos dias de hoje, é importante o professor refletir sobre as metodologias que adota no âmbito do ensino da estatística que, por vezes, é trabalhada de forma breve e formal, mas que é de extrema importância numa sociedade que vive mergulhada em números, estudos e informações estatísticas provenientes de vários meios como a publicidade, comunicação social, redes sociais, entre outros. |
id |
RCAP_bda74ff2eebdeb3224ce32a4fbd9815f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ria.ua.pt:10773/18764 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A estatística que engana!Matemática para professoresEnsino da matemáticaEstatística - Falácias (Lógica)Amostragem estatística - Variáveis aleatóriasA estatística é uma área com séculos de história. Inicialmente era utilizada pelos governos para conhecer a sua população a vários níveis (militar, económico, social e político). Nos dias de hoje, a estatística é muito mais do que isso. Surge todos os dias na vida do cidadão comum: na publicidade, na comunicação social ou até numa ida ao hipermercado. É também uma ciência utilizada por outras áreas do saber na descoberta de novos conhecimentos contribuindo para a constante progressão/evolução da sociedade. No entanto, por vezes, existe um mau uso da estatística que pode ser consequência de desconhecimento. Outras vezes, o seu mau uso tem como propósito criar sensacionalismo e/ou enganar surgindo, dessa forma, falácias estatísticas, que resultam da introdução de erros na realização de um estudo. Quando os erros introduzidos não se devem ao acaso dizem-se erros sistemáticos, que podem ser subdivididos em vieses e confundimento. Os vieses são erros que podem surgir durante os processos de seleção da amostra e recolha da informação. As falácias estatísticas estão também presentes na comunicação dos resultados através de gráficos mal construídos ou nas informações estatísticas descontextualizadas, sem base de referência. A utilização de testes de hipóteses, nomeadamente o uso, por vezes abusivo, do valor p, descontextualizado pode também constituir uma falácia estatística, problema este que tem preocupado a comunidade estatística. Neste trabalho são apresentados 5 artigos publicados no Diário de Aveiro sobre estudos reais, onde se reflete sobre a eventual presença de falácias procurando alertar e sensibilizar o cidadão comum para a necessidade de se realizar uma leitura critica daquilo que nos é apresentado todos os dias pela comunicação social e assim tomar decisões de forma consciente e crítica. No entanto, para que essa leitura crítica seja efetuada é necessário um conjunto de ferramentas estatísticas que podem ser adquiridas e trabalhadas na escola, tornando-se muito importantes na preparação de indivíduos estatisticamente competentes. O estudo realizado nesta dissertação foi criado com o intuito de explorar a literacia estatística dos alunos no final da escolaridade obrigatória. Os resultados desse estudo mostram que há evidências do contributo da escola no desenvolvimento da literacia dos alunos, uma vez que o desempenho dos alunos face aos encarregados de educação foi sensivelmente melhor. Contudo, ainda existe um trabalho árduo a ser realizado pelo professor de matemática, que tem um papel central na tarefa de preparar cidadãos estatisticamente competentes, pois ainda existem algumas áreas onde os alunos apresentam mais dificuldades. Nos dias de hoje, é importante o professor refletir sobre as metodologias que adota no âmbito do ensino da estatística que, por vezes, é trabalhada de forma breve e formal, mas que é de extrema importância numa sociedade que vive mergulhada em números, estudos e informações estatísticas provenientes de vários meios como a publicidade, comunicação social, redes sociais, entre outros.Statistics is an area with centuries of history. Initially it was used by the governments to know its population at various levels (military, economic, social and political). Nowadays, statistics is much more than that. It comes up every day in the life of the common citizen: in advertising, in the media or even when going to the supermarket. It is also a science used by other areas of knowledge in the discovery of new contributions to the constant progression / evolution of society. However, sometimes there is a misuse of statistics that can be the result of ignorance. Other times, its misuse aims to create sensationalism and / or deceive causing statistical fallacies that result from the introduction of errors in a study. When the input errors don’t happen occasionally they are called systematic errors, which can be subdivided into biases and confounders. Biases are errors that may arise during the sample selection process and the data gathering. The statistical fallacies are also present during the communication of the results through graphics poorly built or at the decontextualized statistical information, without a reference base. The use of hypothesis testing, including, sometimes, the abusive use of the decontextualized p-value can also be a statistical fallacy, a problem that is a major concern for the statistical community. This paper presents five articles published in Diário de Aveiro on actual studies, which reflect on the presence of fallacies trying to make people aware of the need of making a critical reading of what is presented to us every day by the media communication in order to take decisions consciously and critically. However, this critical reading requires a set of statistical tools that can be acquired and worked in school, becoming highly important in the preparation of statistically competent individuals. The study in this essay was created in order to know the students' statistical literacy at the end of compulsory education. The results of this study show that there is evidence of the school's contribution to the development of students’ literacy, as the performance of the students was slightly better than their parents. However, there is still hard work to be done by the maths teachers, who have a central role in the task of preparing statistically competent citizens, since there are still some areas where students show more difficulties. Nowadays, it is important for the teacher to reflect on the methodologies adopted in the teaching of statistics that sometimes is studied in a brief and formal way, but it is extremely important in a society that lives surrounded by numbers, studies and statistical information coming from various media such as advertising, mass media, social networks, among others.Universidade de Aveiro2017-11-10T09:22:57Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/18764TID:201594854porBorges, Susana Matilde Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:36:21Zoai:ria.ua.pt:10773/18764Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:53:40.664896Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A estatística que engana! |
title |
A estatística que engana! |
spellingShingle |
A estatística que engana! Borges, Susana Matilde Silva Matemática para professores Ensino da matemática Estatística - Falácias (Lógica) Amostragem estatística - Variáveis aleatórias |
title_short |
A estatística que engana! |
title_full |
A estatística que engana! |
title_fullStr |
A estatística que engana! |
title_full_unstemmed |
A estatística que engana! |
title_sort |
A estatística que engana! |
author |
Borges, Susana Matilde Silva |
author_facet |
Borges, Susana Matilde Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Borges, Susana Matilde Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Matemática para professores Ensino da matemática Estatística - Falácias (Lógica) Amostragem estatística - Variáveis aleatórias |
topic |
Matemática para professores Ensino da matemática Estatística - Falácias (Lógica) Amostragem estatística - Variáveis aleatórias |
description |
A estatística é uma área com séculos de história. Inicialmente era utilizada pelos governos para conhecer a sua população a vários níveis (militar, económico, social e político). Nos dias de hoje, a estatística é muito mais do que isso. Surge todos os dias na vida do cidadão comum: na publicidade, na comunicação social ou até numa ida ao hipermercado. É também uma ciência utilizada por outras áreas do saber na descoberta de novos conhecimentos contribuindo para a constante progressão/evolução da sociedade. No entanto, por vezes, existe um mau uso da estatística que pode ser consequência de desconhecimento. Outras vezes, o seu mau uso tem como propósito criar sensacionalismo e/ou enganar surgindo, dessa forma, falácias estatísticas, que resultam da introdução de erros na realização de um estudo. Quando os erros introduzidos não se devem ao acaso dizem-se erros sistemáticos, que podem ser subdivididos em vieses e confundimento. Os vieses são erros que podem surgir durante os processos de seleção da amostra e recolha da informação. As falácias estatísticas estão também presentes na comunicação dos resultados através de gráficos mal construídos ou nas informações estatísticas descontextualizadas, sem base de referência. A utilização de testes de hipóteses, nomeadamente o uso, por vezes abusivo, do valor p, descontextualizado pode também constituir uma falácia estatística, problema este que tem preocupado a comunidade estatística. Neste trabalho são apresentados 5 artigos publicados no Diário de Aveiro sobre estudos reais, onde se reflete sobre a eventual presença de falácias procurando alertar e sensibilizar o cidadão comum para a necessidade de se realizar uma leitura critica daquilo que nos é apresentado todos os dias pela comunicação social e assim tomar decisões de forma consciente e crítica. No entanto, para que essa leitura crítica seja efetuada é necessário um conjunto de ferramentas estatísticas que podem ser adquiridas e trabalhadas na escola, tornando-se muito importantes na preparação de indivíduos estatisticamente competentes. O estudo realizado nesta dissertação foi criado com o intuito de explorar a literacia estatística dos alunos no final da escolaridade obrigatória. Os resultados desse estudo mostram que há evidências do contributo da escola no desenvolvimento da literacia dos alunos, uma vez que o desempenho dos alunos face aos encarregados de educação foi sensivelmente melhor. Contudo, ainda existe um trabalho árduo a ser realizado pelo professor de matemática, que tem um papel central na tarefa de preparar cidadãos estatisticamente competentes, pois ainda existem algumas áreas onde os alunos apresentam mais dificuldades. Nos dias de hoje, é importante o professor refletir sobre as metodologias que adota no âmbito do ensino da estatística que, por vezes, é trabalhada de forma breve e formal, mas que é de extrema importância numa sociedade que vive mergulhada em números, estudos e informações estatísticas provenientes de vários meios como a publicidade, comunicação social, redes sociais, entre outros. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-01-01T00:00:00Z 2016 2017-11-10T09:22:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10773/18764 TID:201594854 |
url |
http://hdl.handle.net/10773/18764 |
identifier_str_mv |
TID:201594854 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de Aveiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137587958382592 |